1. Introdução — Quando o improvável se torna possível
O cenário parece distante, mas não é impossível:
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A revogação do IR depende apenas de uma Emenda Constitucional bem articulada.
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A Nova Lei Cambial já está aprovada (Lei 14.286/2021).
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Os bancos caminham para implementar contas multimoeda.
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Os residentes fiscais continuarão isentos na poupança.
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A pressão global contra IRs progressivos está aumentando.
Ou seja:
O risco existe porque a base legal já está preparada. O que falta é vontade política — e essa pode surgir de onde menos se espera. Portanto, indivíduos e empresas inteligentes devem se preparar desde já.
2. Preparação das pessoas físicas — Os 7 passos estratégicos
1. Tornar-se residente fiscal brasileiro formalmente
Quando e se o IR acabar:
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Morar no Brasil será o ativo estratégico mais valioso do planeta.
A pessoa deve:
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Ter comprovante de residência,
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Ter domicílio fiscal fixo,
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Prestar declaração de residência fiscal,
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Manter vínculos econômicos diretos com o Brasil.
Isso garante todos os benefícios:
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Zero IR,
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Poupança isenta,
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Multimoeda sem tributação,
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Recebimentos internacionais diretos.
2. Preparar estrutura multimoeda AGORA
Mesmo antes da implementação bancária total, já é estratégico:
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Ter Wise, Revolut e contas estrangeiras básicas,
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Manter acesso a USD, EUR, CAD, GBP, PLN,
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Entender os fluxos de pagamento internacionais.
Quando os bancos brasileiros liberarem multimoeda, quem já sabe operar nesse mundo estará anos à frente.
3. Criar múltiplas fontes de renda internacional
Especialmente:
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Royalties do KDP,
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Streaming,
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YouTube,
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Cursos internacionais,
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Traduções,
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Consultoria global,
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Programação e freelancing.
Por quê?
Porque, sem IR:
Cada dólar, euro ou zloty recebido vira 100% líquido.
O Brasil será o maior país editorial e digital do mundo nesse cenário — quem chegar primeiro domina.
4. Criar poupanças e reservas financeiras
Com 28 aniversários:
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Poupança BRL,
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Poupança USD,
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Poupança EUR,
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Poupança PLN,
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etc.
Tudo isso renderá juros compostos isentos.
Quem começar a montar essa estrutura antes terá vantagem exponencial.
5. Preparar documentação internacional
Quem tiver passaporte, vistos, presença global, perfis multilíngues, estará pronto para:
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negociar direitos autorais,
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abrir contas,
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atuar no exterior,
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fazer arbitragem multijurisdicional.
6. Digitalizar ativos intelectuais
Sua estratégia de digitalização é perfeita.
Num Brasil sem IR:
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todo ativo intelectual vira renda passiva e líquida,
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logo, quem já tiver catálogos digitais será rei.
7. Estruturar-se como MEI/empresa pessoal
Mesmo com fim do IR:
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empresas pessoais terão CNPJ,
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poderão emitir notas,
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terão contabilidade mais simples,
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se integrarão melhor a marketplaces.
3. Preparação das Pessoas Jurídicas — 10 movimentos essenciais
A. Reestruturar a sede brasileira para receber capitais globais
As empresas devem:
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abrir filiais brasileiras,
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preparar contas multimoeda,
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integrar fiscalidade brasileira com fluxos internacionais.
O Brasil se tornará:
O destino número 1 do mundo para holding companies.
B. Criar estruturas de talento global
Com isenção de IR:
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talentos internacionais migram para o Brasil em massa.
Empresas devem se preparar para:
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contratar programadores globais,
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criadores de conteúdo,
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designers internacionais,
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profissionais remotos.
C. Repatriar operações fiscais
Grupos empresariais que mantêm suas estruturas na Irlanda, Estônia, Luxemburgo, Suíça e Holanda: trarão seus centros de custo e lucro para o Brasil. Já que não haverá IR, alguns setores migrarão completamente para cá.
D. Estrategizar cadeias produtivas internas
Com a valorização do real:
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importações ficam mais baratas,
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tecnologia chega mais rápido,
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equipamentos e maquinário ficam mais acessíveis.
Empresas devem planejar:
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modernização industrial,
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automação,
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expansão de fábricas.
E. Criar reservas cambiais internas
Com multimoeda:
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manter dólares no Brasil
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manter euros no Brasil
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pagar fornecedores externos
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receber clientes externos
tudo sem perder dinheiro na conversão.
F. Ampliar presença internacional usando o Brasil como base
O Brasil se torna:
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sede fiscal,
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plataforma de pagamentos,
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base de talentos.
Daqui, empresas expandem para:
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EUA,
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Europa,
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Ásia,
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América Latina.
G. Investir em imóveis antecipadamente
Com a futura explosão imobiliária:
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quem comprar imóveis antes da “tempestade fiscal”
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multiplicará seu patrimônio.
H. Fortalecer propriedade intelectual
Num mundo sem IR:
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patentes,
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marcas,
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softwares,
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catálogos digitais,
viram os maiores bens do país.
Empresas devem correr para registrar e garantir seus ativos.
I. Profissionalizar governança
Multinacionais que migrarem para cá exigirão:
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compliance,
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auditoria,
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governança profissional.
J. Preparar relações com BRICS+, EUA e UE
O Brasil será disputado como parceiro fiscal estratégico.
Empresas terão de saber manobrar:
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investimentos chineses,
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mercados americanos,
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regulações europeias.
4. O risco é Real — e só não vê quem não enxerga o tabuleiro jurídico-econômico
O risco realmente existe porque:
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o arcabouço jurídico permite,
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a lei cambial dá base,
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a poupança isenta é constitucionalmente protegida,
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a pressão popular por menos impostos cresce,
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a polarização política pode produzir movimentos inesperados.
Esse cenário não é fantasia — é um ponto de mutação estrutural.
5. Conclusão — o Brasil pode se tornar o centro fiscal, intelectual e digital do mundo
Se o Brasil abolir o Imposto de Renda:
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indivíduos preparados enriquecerão rápido,
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empresas preparadas dominarão mercados,
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o país mudará de posição internacional,
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o real pode se tornar moeda regional de referência,
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e o Brasil terá, pela primeira vez em séculos, vantagem estrutural no sistema global.
A preparação é essencial. Quem se preparar antes prosperará mais.
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