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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Um povo excelente se mede pela lei de Deus que se dá na carne de cada indivíduo, sistematicamente falando. Resumindo: ele se mede pelas obrigações morais e nunca pelos direitos fundados em lei humana dissociada de Deus

1.1) Um povo excelente se mede pela lei de Deus dentro da carne de cada indivíduo, já que por meio da santa eucaristia Deus faz morada no coração da cada pessoa a ponto de converter um coração de pedra - fundado no de si até o desprezo de Deus - em um coração de carne, conforme o Todo que vem de Deus. Afinal, Deus opera todas as coisas em todos o tempo todo, agindo sistematicamente.

1.2) Essa lei, por meio da evangelização, é distribuída sistematicamente a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de uma comunidade inteira tomar o país como um lar em Cristo, uma vez que Ele se torna primeiro cidadão (príncipe) sistemático de cidades inteiras, a ponto de se tornar Rei de um país inteiro, tal como ocorre na Polônia - ou no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, como aconteceu um dia.

2.1) Essa lei que se dá na carne gera obrigações. E uma dessas obrigações é dar ao irmão o que se pede, a tal ponto de este ser tomado como um irmão na comunidade dos que vão para a pátria definitiva, que se dá no Céu, e fazer parte da herança que antes foi destinada aos judeus, pois Deus é nosso pai também.

2.2) A cidade dos homens que imita as virtudes da cidade de Deus tem por base essas obrigações morais. E a lei positiva protege a lei moral -  com base na lei positiva, o processo passa a ser visto como um exercício da legítima defesa de tal modo a punir aquele que conserva o que é conveniente e dissociado, evitando assim que ele prejudique a todos, ao começar a prejudicar uma só pessoa por meio de ações egoísticas, contrárias ao bom direito. Desta forma, as obrigações civis decorrem das obrigações morais.

2.3.1) As obrigações civis descumpridas levam à condenação daquele que age contra o direito, uma vez que o descumprimento é como um prédio sendo consumido pelas chamas - e essas chamas precisam ser apagadas, antes que tudo vire ruínas.

2.3.2) Quando tudo virar cinza, por força da prescrição, a única maneira de se recuperar o que é devido é por meio do apelo à boa razão, seja por meio da conciliação ou por meio da educação, uma vez que as ruínas falarão da dívida prescrita falarão por si mesmas - e isso só pode ser feito a partir da geração seguinte, já que o ancestral era rico em má consciência a ponto de se tornar irrecuperável, por estar fechado para se Deus. Se a geração decorrente do pecador for bem educada na virtude os pecados da geração anterior serão apagados na geração seguinte.

2.3.3) Se devemos educar os meninos de modo a não punirmos gravemente os homens, então as dívidas prescritas, as dívidas históricas, começarão a ser pagas por meio da educação das futuras gerações na virtude.

2.3.4) O pagamento dessas dívidas históricas por força da educação virtuosa gera uma poderosa forma de capitalização moral, que é feita de tal maneira que o pecador ancestral, já falecido, é readmitido à comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que isso se dê postumamente. Não é à toa que as chamas do purgatório são chamas de amor, uma vez que a pessoa morta no pecado começa a ser recuperada pelo bom exemplo da geração seguinte, corrigiu os erros da geração anterior, rica no amor de si até o desprezo de Deus, causa de má consciência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2017 (data da postagem original). 

Postagem relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/01/a-realidade-e-transcendente-e-eterna-ou.html

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