Pesquisar este blog

domingo, 14 de janeiro de 2018

Notas sobre uma conversa que tive com o Marcelo Dantas e com o Felipe Marcellino

José Octavio Dettmann:

1) Eu estava assistindo a um vídeo do Rodrigo Jungmann e ele indicou um livro que trata da necessidade da triangulação dos temas políticos em campanhas majoritárias. Eu comprei o livro do Dick Morris no Alibris, por força da indicação.

2) No mesmo dia de ontem em que assisti ao vídeo do Jungmann, Allan, no Boletim da Manhã do Canal Terça Livre, disse que a comunidade política é a continuação da comunidade da trindade. O autor que disse isso é Jorge Martinez Barrera, no livro A Política em Aristóteles e Santo Tomás - este era o livro que ele estava citando no programa.

3) Vou tentar juntar as duas coisas. Digitalizarei os dois livros assim que puder e começarei a eu mesmo estudar o tema.

Marcelo Dantas:

1) Desejo a você um bom estudo, Dettmann, pois é interessante essa visão que você escreveu sobre a triangulação.
(http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/01/notas-sobre-politica-da-triangulacao.html)

2) Quanto aos livros do Professor Rodrigo Jungmann, há um porém, apesar de eu ter um imenso carinho pela pessoa: a formação conservadora é de cerne angloamericano, embora o que ele recomenda seja válido.

José Octavio Dettmann:

1) Sim, Dantas, você tem razão, mas o fato é que o país, por conta da falsa alegação de que foi colônia de Portugal, acabou sendo mergulhando num governo de facção, a ponto de haver uma divisão entre o Partido Brasileiro e o Partido Português - e isso é característica de República Maçônica. Se Bastiat disse que devemos ver o que não se vê, então é isto que não está sendo visto. Cheguei a escrever um artigo sobre isso, inclusive. E claro, fiz à luz daquela realidade que foi jogada no lixo: a de Ourique.

2.1) Se pararmos pra pensar, há uma hegemonia do partido Brasileiro desde 1822 - luzias, saquaremas, partidos esquerdistas, trabalhistas, nacionalistas, fabianos, tudo isso não passa de costelinha do Partido Brasileiro (ou da alegação salvacionista de que "meu partido é o Brasil", que foi a temática das revoltas de 2014).

2.2) Considerando o Brasil uma invenção feita por conta da alegação de que foi colônia de Portugal, todos são apátridas, a tal ponto que o caráter nacional, posto na carta de 1988, é uma falácia. E isso falei em outro artigo, o qual compartilhei recentemente no facebook.
(https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com.br/2016/06/notas-sobre-o-verdadeiro-carater.html)

2.3.1) Se pararmos ainda mais para pensar, o que temos é uma hegemonia dentro da hegemonia. O pensamento de Gramsci deu certo porque certas coisas já tinham sido implementadas antes (basta ver o que o Loryel fala da obra de von Martius sobre como se deve escrever História do Brasil). 

2.3.2) Estamos num movimento de tudo ou nada: ou teremos a hegemonia do Partido Brasileiro, em que o Estado será tomado como se fosse religião do ponto de vista verde e amarelo, ou o Estado será tomado como se fosse religião do ponto de vista vermelho, comunista. Trata-se de uma luta entre nacionalistas e internacionalistas. E aqui neste ponto, o malminorismo, como bem apontou a minha Sara Rozante, não é solução, pois não há solução fácil.

2.4) O Olavo disse para estudarmos a realidade. Pelo que estou observando, a realidade não é tão evidente, pois não é possível percebê-la de maneira imediata - é preciso estudar a História do Brasil e reconstituir os fatos até a conseqüente secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, de modo a poder compreender tudo isso. Não se pode ignorar a documentação portuguesa; do contrário, o estudo da História do Brasil se reduz a discurso ideológico.

Felipe Marcellino: Hoje mesmo vi uma publicação do Terça Livre sobre o José Bonifácio e me perguntei porque é que estão a ignorar o que o Loryel Rocha mostra nos seus vídeos. Parece que a realidade está sendo posta de lado, às vezes. Acho que isso não vai acontecer, mas seria bom que houvesse um hangout entre essas partes que vivem no mundo da lua e o Loryel Rocha. Acho que ficariam sem chão.

José Octavio Dettmann: Exatamente, Felipe. O Terça Livre pôs a realidade de lado (ele ficaram, como o Conde, acusando o Loryel de heresia, a ponto de que terminaram bloqueados por ele por força disso).

Felipe Marcellino: Como não querem negar que estão quase a idolatrar o José Bonifácio, então não devem aceitar o diálogo com quem diz o contrário.

José Octavio Dettmann: Como disse, as costelinhas estão caindo e o Partido Brasileiro, como partido único, está se reafirmando. Afinal, já há partido único de fato - só não há uma cara institucional, uma faceta formal ainda.

Felipe Marcellino: Ele está se impondo de forma escancarada. O maior foco de resistência está cedendo.

Felipe Marcellino: É preciso que seja formado um grupo que atue e que forme o partido da realidade, como você disse no artigo. Esse Partido Brasileiro é o partido da ruptura, é maçónico até à alma. O partido português é o partido real por excelência porque foi fundado na Verdade, tal como Cristo quis e mostrou em Ourique. Nem poderia ser viável permitir a existência de um partido que queira impor a mentira por meios formais.

José Octavio Dettmann: Sim. Por isso que esquerda e direita não fazem sentido, pois são termos nominais, já que a política aqui praticada não passa de um simulacro da França Revolucionária. Trata-se de um arremedo de política, pois isso tudo decorre de uma cultura viciada.

Felipe Marcellino: Aqui em Portugal a política está dominada por esse mesmo tipo de gentalha.

José Octavio Dettmann: Tiveram que passar pelo cadáver do rei para fazer isso. E a república lá surgiu por força do que houve no Brasil.

Felipe Marcellino: O partido português tem que renascer num dos dois continentes. Não o vejo em lado nenhum.

José Octavio Dettmann: A hecatombe se deu aqui. Por isso, o Partido Português tem que ser fundado aqui.

Felipe Marcellino: Se Deus quiser, isso vai recomeçar em breve. Você vê algum indício disso na sua rede de contatos?

José Octavio Dettmann: Tirando o que o Loryel e eu falamos, até agora não vejo um movimento nessa direção. Isso pede para estudarmos mais a História de Portugal. Por isso que preciso de você.

Felipe Marcellino: Concretamente, como eu posso te ajudar?

José Octavio Dettmann: Como você sempre me ajudou: me mandando livros.

Felipe Marcellino: Você já tem alguma lista com títulos de que precisa?

José Octavio Dettmann: O Loryel tem indicado uns livros em seus vídeos e posts. Depois, eu faço a lista.

Felipe Marcellino: Certo. Quando tiver essa lista, pode-me enviar pelo Messenger mesmo. Fico feliz de poder ajudar de alguma forma. Mesmo que sejam livros revolucionários, de modo a a estar a par do que os apátridas andam a discutir por aqui, em Portugal.

José Octavio Dettmann: O que você me enviou me ajudou e muito.

Felipe Marcellino: Quais foram os livros que enviei? Só me recordo do livro de Sta. Teresa.

José Octavio Dettmann: Além desse, você me enviou um livro que trata de um padre que foi vítima da república regicida portuguesa, em 1910. E você ficou de ver outros livros, mas depois nos desencontramos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário