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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Todo católico que se vale da ética protestante no tocante à economia é um herege e cismático

1.1) Todo aquele que se diz católico da boca para fora é no mínimo incoerente, ao se dizer católico e defender uma cultura econômica que decorre do fato de a riqueza ser vista como um sinal de salvação, a ponto de a liberdade de servir ser voltada para o nada.

1.2) Afinal, não dá para ser católico nos costumes e valer-se da ética protestante na economia, uma vez que o espírito do capitalismo é o espírito da riqueza como um sinal de salvação, em que o mundo é dividido de antemão entre eleitos e condenados, em que o objetivo do forte é destruir o fraco e não fundir-se com ele - o que é fora do que a Santa Madre Igreja ensina.

2.1) Todo aquele que vive a vida em conformidade com o todo que vem de Deus deve fazer da sua atividade profissional um apostolado - e esse apostolado deve ser feito de modo que todas as coisas apontem para Deus. E isso é ser Cristão no sentido verdadeiro da palavra.

2.2) Se ele realiza atividade organizada de modo a empregar gente que colabore com ele nesse sentido, então ele deve recrutar gente que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E isso faz da oferta de emprego um tipo de evangelização.

2.3) Afinal, os que estão sujeitos à sua proteção e autoridade são seus amigos e, de certo modo, são como seus filhos. E isso faz da empresa um tipo de família ampliada, um segundo lar.

3.1) Um bom patrão não demite bons empregados, da mesma forma que um pai não nega a paternidade de seus filhos, quando estes pecam miseravelmente contra ele. Na verdade, o que esse bom patrão dá a eles é a liberdade para que possam criar uma empresa afiliada a dele de modo a atuar em outros ramos de atividade, para estes que sejam ocupados. experimentados e explorados, complementando a atividade principal do patrão, uma vez que este, por não ser Deus, não pode dar conta de tudo.

3.2) Por força disso, uma guilda se compõe de empresas associadas por gente do mesmo ramo ou de ramos conexos. E o princípio dessa associação, dessa união se dá por força da amizade, por conta de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento sistematicamente, visto que a riqueza é essencial para se construir um bem comum de modo que o país seja tomado como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2018.

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