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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Refutando mais outras quatro falácias liberais

A - Liberais falam que os bens de capital - isto é, os equipamentos e serviços necessários usados  para a produção de outros bens - não são diretamente incorporados ao preço final do produto.

1.1) Se a produção obedece à cadeia causal, então o preço dos insumos - dos bens de capital usados para maxiimizar a riqueza - será incluindo, sim, no custo final do produto, uma vez que os insumos tendem a se autopagar com o seu uso.

1.2) Além de repassarem ao consumidor o custo de oportunidade decorrente da aquisição desses bens, eles também repassam ao consumidor os custos decorrentes do privilegio da patente, se admitirmos que houve P & D por parte da empresa.

2.1) Quem preza o dinheiro mais do que a Deus sempre vai repassar todos os custos inerentes à produção, uma vez que a regulação dos preços pela oferta e demanda tende a ser automática, pois o princípio dessa lei é o amor próprio até o desprezo de Deus, o que leva a conservar o que é conveniente e dissociado dav erdade; quem serve a seus semelhantes olhando neles a figura de Cristo nunca praticará tal arbítrio, tal abuso, pois sempre explicará a eles os motivos que determinarão o preço de seu produto - se os consumidores forem sensatos, eles cooperarão com o produtor, pois quem serve aos outros tem o direito de ser sustentado com o seu trabalho.

2.2) Por meio de um acordo de vontades, produtor e comprador fixarão o preço. Como as necessidades dos clientes são diferentes e não podem ser padronizadas, dado que as preferências individuais são heterogêneas, então o preço nunca será automático - se fosse, haveria a crise do contrato, por conta do conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida.
B - Os liberais gostam de citar o exemplo da padaria. Se abro uma padaria num bairro e, de repente, uma outra é aberta no mesmo lugar, então, na lógica deles, sobreviverá o empresário que tiver a maior virtude (incluindo aí inteligência para compreender o teatro de operações econômicas e outros fatores como o fato de ter sede própria, disponibilidade de capital etc). Alegam que uma "guerra" será inevitável, já que não há espaço para duas padarias, dado que não há clientes suficientes).

1.1) Nenhuma pessoa sensata abre uma padaria no mesmo bairro, quando esta funciona muito bem.
1.2) Se alguém abre uma padaria tendo por fundamento o amor de si até o desprezo de Deus, de modo a competir com a aquela existente,  então essa pessoa é inescrupulosa porque preza mais o dinheiro do que a Deus. 

1.3) Ao criar um conflito de interesse qualificado pela pretensão resistida, ela está atentando contra a ordem pública fundada no fato de que devemos tomar a cidade que vivemos como um lar em Cristo, o que nos preparará para a cidade definitiva, que se dará no Céu. 

1.4) A postura do agente inescrupuloso se explica pelo fato de que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados, a tal ponto que a riqueza é vista como um sinal de salvação predestinada, uma vez que Deus premia os eleitos com a riqueza. 

1.5) E isso é darwinismo social, coisa que ajuda a montar uma oligarquia, um dos fundamentos da tirania, do governo totalitário. Dizer que o homem é lobo do próprio homem é coisa de gente FDP, que relativa a verdade e tudo o que há de mais sagrado.

2.1) Quando uma cidade é tomada como se fosse um lar em Cristo, é verdade sabida que conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida causam a desintegração do tecido social bem como dos valores - e esses conflitos podem ser prevenidos por meio da razão. Não é à toa que verdade obedecida é verdade obedecida - e só os sensatos enxergam essa realidade.

2.2) Um dos deveres do príncipe é servir ao povo com justiça e uma das formas é permitir que os particulares, com os seus dons, sirvam aos necessitados sem frustrar o trabalho do próximo. Era por essa razão que as pessoas pediam permissão ao príncipe para abrir uma padaria ou uma fábrica na cidade, se não houvesse uma no lugar uma no lugar - e se a demanda for muito grande, a ponto de a existente não conseguir dar conta, uma segunda fábrica era aberta, por força dos círculos concêntricos, pois outras pessoas eram chamadas a colaborar com o trabalho do primeiro padeiro ou do primeiro artesão.

2.3) A competição é uma séria ameaça à ordem pública, pois mata a amizade das pessoas, a tal ponto que deixam de amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e passam a ver a riqueza como um sinal de salvação, edificando liberdade com fins vazios.

2.4) Para se trocar a ética protestante e o espírito do capitalismo pela ética católica e o espírito do distributivismo, o processo de metanóia deve ser constante, de geração em geração, o que leva a uma capitalização moral, onde o governo do príncipe e a iniciativa dos bons cidadãos tendem a compor uma unidade, um todo orgânico onde a cidade dos homens imita a cidade de Deus.

C - Liberais argumentam que a padaria concorrente pode até mesmo criar uma máquina de fazer pão, fazendo com que as vendas caiam  pela metade do preço.

1.1) Ora, tudo o que é fundado no amor de si até o desprezo de Deus faz com que tudo se transforme em arma de destruição em massa.

1.2) Um maquinário que faça pão pela metade do preço pode até ser bom em si mesmo, mas na mão de gente inescrupulosa é uma arma. Isso aniquila com a vida das pessoas que trabalham na outra padaria - isso só confirma o argumento de que competição gera conflito de interesse qualidficados pela pretensão resistida - e neste caso, caberá ao príncipe dizer o direito. No caso mencionado, prevalecerá o direito do primeiro padeiro, dado que ele pediu permissão ao príncipe para servir aos seus semelhantes naquilo que é mais necessário e esse direito a ele foi concedido.

2.1) Na competição, eu não vejo o Cristo no outro, mas o meu inimigo - e este inimigo precisa ser aniquilado de qualquer jeito, quer por estes meios, quer pelos meios de sabotagem ou lobby. Famílias que amam mais o dinheiro do que a Deus tendem a se tornar dinastias - e essas dinastias, como a dos Rockfeller, tendem a usar assassinos profissionais ou a financiar toda uma sorte de gente igualmente imunda disposta a fazer o trabalho sujo no tocante a assassinar a reputação de uma pessoa honesta e trabalhadora.

2.2) Enfim, competição é guerra total - por isso, ela é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. Não é à toa que o capitalismo liberal favorece o totalitarismo comunista.

3.1) Bastiat dizia a que a função da lei é servir de instrumento sistemático de legítima defesa dos interesses individuais e comunitários em face do abuso das empresas, quando concentram o uso de poder de usar, gozar e dispor - inerentes dos direitos da propriedade - de modo a destruir tudo o que há de mais sagrado.

3.2) No caso de empresas que patrocinam toda essa palhaçada comunista, seria sensato que as patentes dessas empresas criminosas fossem quebradas e seus segredos industriais revelados a qualquer um do povo de modo a fazer o robô que ou a máquina de fazer pão que quisesse. Assim uma casa qualquer poderia virar fábrica ou mesmo padaria, atendendo sistematicamente as demandas de toda a população.

3.3) No mundo em que nos encontramos, o amor ao dinheiro está sendo usado para destruir os valores em que esta nação foi fundada. Como isso é uma questão de justiça, a intervenção estatal se faz necessária de modo a coibir os abusos, seja no campo da justiça, seja no campo administrativo e econômico.

D - Liberais falam que não há ameaça liberal.

1) Eu discordo - a maçonaria faz culto do amor de si até o desprezo de Deus um ídolo, a tal ponto que a liberdade se torna uma religião de modo a negar a verdade em pessoa, que é Jesus Cristo. A maçonaria apóia o comunismo, pois vê nela um bom negócio, uma vez que se vale de elementos da ideoogia liberal para poder implantar o totalitarismo.

1.2.1) A ideologia liberal foi condenada pela Igreja Católica, quando esta condenou a maçonaria. 
Ela é o acessório que segue a sorte de seu principal: a maçonaria, que é essencialmente anticristã e antimonáquica. 

1.2.2) Por força disso, é uma ameaça, sim. E dizer que não existe ameaça liberal é dizer que o bem e o mal não existem, assim como que a verdade também não existe. E isso não passa de desinformação, além de heresia e apostasia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2018.

Comentários adicionais:

José Octavio Dettmann:

1) Eu não discuto mais com liberal, assim como não discuto mais com comunista.

2) No dia 23, vou completar 37 anos. E stou cada vez mais perto dos 40. E estou num ponto que preciso cuidar cada vez mais da saúde. Se eu me cuidar, não vou me infartar.

Carlos Cipriano de Aquino: Eu vi a discussão entre você e os liberais. Eles não entendem até mesmo as coisas mais básicas.

Carlos Cipriano de Aquino: É o típico sonho neocon: fazer com que os católicos e protestantes se unam em prol do "Ocidente" (leia-se, do projeto moderno).

José Octavio Dettmann:  Exatamente. Por isso que os liberais querem unir a "direita" na marra. 

1) Ora, estar à direita implica estar à direita do Pai, na conformidade com o todo que vem de Deus. Como pode o protestante, que trata a mãe de Nosso Senhor uma mulher qualquer, pode estar à direita do Pai, conservando isso conveniente e dissociado da verdade? 

2) Essa indiferença para com a verdade não passa de um esquerdismo moderado que serve ao radical, coisa que se dá por meio de salvacionismo. Não é à toa que o conservantismo é diabólico. E depois dizem que o ideólogo sou eu.

Carlos Cipriano de Aquino: Por isso que eu concordo com a Monfort, que investe mais numa iniciativa cultural do que político-ideológica.

José Octavio Dettmann:  

1) E eu sigo essa mesma direção, dado que escrevo no sentido cultural. Quando posso, reporto-me ao exemplo que pratico em casa.  

2) Tem certas coisas que penso, mas que não posso praticar porque não tenho as circunstâncias favoráveis. Se tivesse, eu faria.

3) Se uma pessoa estivesse numa situação melhor do que a minha e quisesse testar isso que falo, seria muito bom que ele me contasse o que aconteceu, mas ninguém faz isso.

4) Embora as circunstâncias limitem a experiência, isso não me impede de pensar nas possibilidades, se tivesse uma circunstância mais favorável.

Carlos Cipriano de Aquino: É isso mesmo. É melhor a gente reeducar nossos leitores e ouvintes do que fazer deles massa de manobra.

José Octavio Dettmann: Exatamente. O professor Olavo fala que devemos ser como gárgulas. O que falo é para afugentar libertários e conservantistas - eles buscam unir a direita a torto e a direito, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. O que une mesmo é Cristo, a ponto de todos estarem à direita do pai, na conformidade com o Todo que vem de Deus, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2018.

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