1) Há protestantes que costumam dizer que Constantino fundou a Igreja Católica.
2.1) Ad hoc signum vinces (com este sinal vencerás), tanto em Constantino quanto em Ourique. Se o mito de Ourique é repetição do que houve com Constantino, então eles certamente alegarão que foi o regime do padroado que fundou a Igreja Católica no Brasil. Logo, eles serão tão antimonarquistas quanto anticatólicos e antilusitanos.
2.2) Ou seja, eles atentarão contra as fundações lógicas da pátria ao conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, se considerarmos a História do Brasil restaurada na suas verdadeiras fundações.
3.1) Não é à toa que o Brasil criado a partir da secessão de Portugal os beneficia, pois este Brasil desligado daquilo que se fundou em Ourique é anticristão. Como o Estado é tomado como se fosse religião e tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, então o protestantismo depende do liberalismo do Estado, da liberdade voltada para o nada sistematicamente para poder existir.
3.2) Se o nacionalismo é tomar o país como se fosse religião, a ponto de o conservantismo ser norma pública entre nós, então o protestante é necessariamente nacionalista, posto que o Brasil de 1822 é a República Imperial maçônica fundada na mentira. Meu colega Carlos Cipriano de Aquino tem razão neste fundamento.
3.3) Os protestantes acusam Constantino de fundar a Igreja Católica - e não iria demorar muito para acusarem a Igreja Católica no Brasil de ser cria do padroado português. Logo, todo protestante seria necessariamente anticatólico, antimonáquico e antilusitano - ou seja, estarão a querer as mesmas coisas que os maçons querem - o que seria anticristão e apátrida, se imaginarmos a restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como uma realidade política possível.
3.4.1) O protestantismo é, pois, esvaziamento do senso de se tomar o país como um lar em Cristo. E o esvaziamento se funda naquilo que Nietzsche disse: só se destrói aquilo que pode ser substituído.
3.4.2) Com o protestantismo vem a cosmovisão de que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados, de tal maneira que Deus predestina os eleitos com a riqueza, uma vez que os eleitos (os fortes) não podem se fundir com os condenados (os fracos). Eis o fascismo, pois tudo estará no Estado e nada estará fora do Estado - e o objetivo do forte é destruir o fraco e não fundir-se com o fraco.
3.4.3) Se o Estado é tomado como se fosse Deus, a ponto de o povo seguir a religião de seu príncipe - uma vez que ele tem o corpo espiritual e temporal da nação, a ponto de ser um Deus vivo, um descendente do Faraó do Antigo Egito -, então o Deus verdadeiro está morto. Se o Deus verdadeiro está morto, então o sacrifício de Jesus foi em vão - e se isso foi em vão, então não existe verdade, pois o que temos é conservação sistemática daquilo que é conveniente por força do amor de si até o desprezo de Deus - ou seja, conservantismo de aparência, uma verdadeira hipocrisia. E isso cria uma solidariedade mecânica, forçada - a base de toda e qualquer tirania.
3.3) Os protestantes acusam Constantino de fundar a Igreja Católica - e não iria demorar muito para acusarem a Igreja Católica no Brasil de ser cria do padroado português. Logo, todo protestante seria necessariamente anticatólico, antimonáquico e antilusitano - ou seja, estarão a querer as mesmas coisas que os maçons querem - o que seria anticristão e apátrida, se imaginarmos a restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como uma realidade política possível.
3.4.1) O protestantismo é, pois, esvaziamento do senso de se tomar o país como um lar em Cristo. E o esvaziamento se funda naquilo que Nietzsche disse: só se destrói aquilo que pode ser substituído.
3.4.2) Com o protestantismo vem a cosmovisão de que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados, de tal maneira que Deus predestina os eleitos com a riqueza, uma vez que os eleitos (os fortes) não podem se fundir com os condenados (os fracos). Eis o fascismo, pois tudo estará no Estado e nada estará fora do Estado - e o objetivo do forte é destruir o fraco e não fundir-se com o fraco.
3.4.3) Se o Estado é tomado como se fosse Deus, a ponto de o povo seguir a religião de seu príncipe - uma vez que ele tem o corpo espiritual e temporal da nação, a ponto de ser um Deus vivo, um descendente do Faraó do Antigo Egito -, então o Deus verdadeiro está morto. Se o Deus verdadeiro está morto, então o sacrifício de Jesus foi em vão - e se isso foi em vão, então não existe verdade, pois o que temos é conservação sistemática daquilo que é conveniente por força do amor de si até o desprezo de Deus - ou seja, conservantismo de aparência, uma verdadeira hipocrisia. E isso cria uma solidariedade mecânica, forçada - a base de toda e qualquer tirania.
4.1) O que pensei neste artigo é uma possibilidade, pois já tive a oportunidade de lidar com protestantes que falavam que a Igreja Católica foi fundada por Constantino.
4.2) E pelo que pude perceber, a restauração da nossa verdadeira História deve vir junto com a evangelização, pois o protestantismo é o esvaziamento do senso de se tomar o país como um lar em Cristo, por força da missão que recebemos em Ourique. Se não houver homens cultivados na verdade, como serviremos a Cristo em terras distantes? E é este tipo de coisas que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu - eis a razão de ser que constitui todas as coisas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2018.
Comentários: adicionais:
Carlos Cipriano de Aquino:
1) Os protestantes precisam se recordar melhor de quem realmente foi o seu patriarca.
2) Martinho Lutero nem tinha o desejo de que sua religião se tornasse universal, pois a meta dele era livrar a Alemanha do domínio estrangeiro, a começar pelo domínio da Igreja Católica.
3) Era uma religião feita exclusivamente aos alemães, não aos estrangeiros. Isso sem contar os laivos de supremacismo germânico e do homem do norte da Europa, que sempre estiveram atrelados ao protestantismo.
José Octavio Dettmann: Exatamente! Trata-se de nação tomada como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.
Carlos Cipriano de Aquino:
1) Um resquício próximo da gente ainda pode ser averiguado: a famosa empáfia e racismo típico dos teuto-brasileiros, da nossa região sul. Eu pesquisei com os meus amigos de lá e notei que boa parte dos alemães do sul do Brasil são descendentes de puritanos.
2) Precisamos ensinar o catolicismo com filosofia e muito embasamento histórico, tal como os doutores da Igreja - como fez o finado Fedeli. Muitos se converteram com o discurso dele, sabia? Se o catolicismo brasileiro ainda é tosco, então devíamos fazer como a Monfort e o Nougué: fazem melhorá-lo, ao invés de abandoná-lo.
Carlos Cipriano de Aquino:
1) Os protestantes se baseiam em gritarias, em apelos filológicos e puro subjetivismo espiritual.
2) A questão da origem do cristianismo é um tanto complicada. Porque, pelo que eu estudei, os primeiros cristãos eram o que hoje seriam considerados hereges, correto? Porque eram gnósticos, pois pregavam uma busca por Deus na imanência. Tenho que pesquisar mais sobre isso para falar com propriedade.
3) Historicamente, os protestantes deviam é ter a humildade de reconhecer que eles jamais teriam acesso aos textos sacros se não fosse o trabalho da Igreja. Creio que a melhor postura que eles podiam ter com relação a Igreja era: "agradecemos ao trabalho deles, todavia, decidimos seguir por outro caminho" - e ponto final. Nada de ficar inventando argumentos pífios contra a fé católica.
4.1) A adesão sistemática dos brasileiros ao protestantismo é uma negação à espinha dorsal da nossas raízes latinas. E neste ponto concordo contigo, Dettmann. Já tentei explicar isso para uma infinidade deles, mas pouco se importam. Eles estão ajudando no processo de colonização yankee no Brasil.
4.2) Acho que você devia explorar este ponto: mostrar a impossibilidade de se ser conservador e patriota, sendo protestante nascido e criado aqui. Isso se deve ao simples fato de que, para se conservar uma tradição, devemos conservar não só as suas idiossincrasias culturais, mas também as religiosas. Logo, se renegamos o catolicismo, então estamos contribuindo para a ruptura dessa tradição.
José Octavio Dettmann: Eu falo sobre isso em minhas postagens.
Comentários: adicionais:
Carlos Cipriano de Aquino:
1) Os protestantes precisam se recordar melhor de quem realmente foi o seu patriarca.
2) Martinho Lutero nem tinha o desejo de que sua religião se tornasse universal, pois a meta dele era livrar a Alemanha do domínio estrangeiro, a começar pelo domínio da Igreja Católica.
3) Era uma religião feita exclusivamente aos alemães, não aos estrangeiros. Isso sem contar os laivos de supremacismo germânico e do homem do norte da Europa, que sempre estiveram atrelados ao protestantismo.
José Octavio Dettmann: Exatamente! Trata-se de nação tomada como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.
Carlos Cipriano de Aquino:
1) Um resquício próximo da gente ainda pode ser averiguado: a famosa empáfia e racismo típico dos teuto-brasileiros, da nossa região sul. Eu pesquisei com os meus amigos de lá e notei que boa parte dos alemães do sul do Brasil são descendentes de puritanos.
2) Precisamos ensinar o catolicismo com filosofia e muito embasamento histórico, tal como os doutores da Igreja - como fez o finado Fedeli. Muitos se converteram com o discurso dele, sabia? Se o catolicismo brasileiro ainda é tosco, então devíamos fazer como a Monfort e o Nougué: fazem melhorá-lo, ao invés de abandoná-lo.
Carlos Cipriano de Aquino:
1) Os protestantes se baseiam em gritarias, em apelos filológicos e puro subjetivismo espiritual.
2) A questão da origem do cristianismo é um tanto complicada. Porque, pelo que eu estudei, os primeiros cristãos eram o que hoje seriam considerados hereges, correto? Porque eram gnósticos, pois pregavam uma busca por Deus na imanência. Tenho que pesquisar mais sobre isso para falar com propriedade.
3) Historicamente, os protestantes deviam é ter a humildade de reconhecer que eles jamais teriam acesso aos textos sacros se não fosse o trabalho da Igreja. Creio que a melhor postura que eles podiam ter com relação a Igreja era: "agradecemos ao trabalho deles, todavia, decidimos seguir por outro caminho" - e ponto final. Nada de ficar inventando argumentos pífios contra a fé católica.
4.1) A adesão sistemática dos brasileiros ao protestantismo é uma negação à espinha dorsal da nossas raízes latinas. E neste ponto concordo contigo, Dettmann. Já tentei explicar isso para uma infinidade deles, mas pouco se importam. Eles estão ajudando no processo de colonização yankee no Brasil.
4.2) Acho que você devia explorar este ponto: mostrar a impossibilidade de se ser conservador e patriota, sendo protestante nascido e criado aqui. Isso se deve ao simples fato de que, para se conservar uma tradição, devemos conservar não só as suas idiossincrasias culturais, mas também as religiosas. Logo, se renegamos o catolicismo, então estamos contribuindo para a ruptura dessa tradição.
José Octavio Dettmann: Eu falo sobre isso em minhas postagens.