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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Notas sobre o talento como base para se trocar bens infungíveis por bens infungíveis

1) Na Antigüidade Clássica, o talento era uma moeda que valia muito dinheiro, pois era confeccionada do mais puro ouro.

1.2.1) Essa moeda costumava costuma ver vista como símbolo das Eras de Ouro das civilizações clássicas - com ela você podia contratar os serviços de grandes artistas, cuja mão-de-obra era escassa, em relação aos trabalhos mais comuns, mais simples, exercidos por qualquer pessoa do povo.

1.2.2) Como as moedas de metal não eram capazes de se reproduzir, a mesma coisa acontecia com os dons de um artista, que eram dons do espírito, raramente repetíveis. Por conta disso, era possível pagar por serviço infungível por meio de bens infungíveis.

2.1) Como o trabalho do artista era feito com excelência, então isso criou uma nova pedagogia: qualquer pessoa comum que fosse boa em seu ofício, se o fizesse com excelência, podia ser vista como artista. E a busca da excelência se dá por meio de hábito, de imitação de um modelo de já existente, e de imaginação, pois é preciso imaginar o que esse bom artista faria, se ele estivesse na mesma circunstância que esse trabalhador que está buscando imitá-lo.

2.2) Se o artista vê no mercador um artista na sua profissão, então ele vai remunerar o favor desse mercador com uma fração de seus talentos; se o mercador vê no marceneiro e no agricultor verdadeiros artistas, a ponto de ganharem dinheiro servindo ao povo fazendo coisas comuns de extremamente qualidade, a ponto de serem verdadeiros artífices, então o produto de seus respectivos trabalhos eram pagos a uma fração dos talentos que esse mercador recebia do artista.

3.1) Como a moeda de ouro era usada pelo príncipe de modo a fazer mecenato, então indiretamente o rei patrocinava a economia de todo o povo, a ponto de essa riqueza circular por toda a sociedade.

3.2.1) Eis a prova cabal de que o trabalho da autoridade por Deus constituída aprimorava a liberdade de todo um povo, a ponto de muitos tomarem seu país como um lar em Cristo.

3.2.2) As Eras de Ouro são um indicativo de que a civilização fundada em Cristo atingiu o seu ápice, a sua maturidade. Ela passou a servir a Cristo de em terras distantes a ponto de fazer de suas circunstâncias sua razão de ser, o seu mitologema.

3.2.3) Quando essas circunstâncias são transformadas em mitologemas, elas se tornam estudos de caso, modelo que devem ser imitados em sua máxima extensão e grandeza - o que leva a essa circunstânca ser reabsorvida por meio de constantes releituras, feitas sucessivamente ao longo de gerações, de modo a atualizar constantemente as mais retas tradições.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2019.

Como o sistema de reservas fracionárias cria a cultura de atravessamento comercial

1.1) As casas, além de servirem de abrigo para os membros da família, elas também servem de entreposto comercial, pois nela o bom pai de família possui uma fração das mercadorias que foram postas em comunhão visando ao bem comum de toda a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, visando ao atendimento sistemático das necessidades de todo os seus membros.

1.2.1) Nelas o pai de família estoca coisas de modo a pagar os empréstimo de produtos que foram consumidos por ele e sua família por produtos que sejam do mesmo gênero, quantidade e qualidade.

1.2.2) Como as casas servem de entreposto comercial, elas acabam se tornando uma espécie de armazém, o que o permite especular com o preço dos produtos no mercado local, de modo a saber quando é a hora de pô-los em consignação e quando não. Dessa forma, ele estabelece uma poupança, acumulando mercadorias de modo a trocá-las por um preço mais favorável e assim ter ganhos sobre a incerteza.

2.1) Toda família deveria ter um estoque de coisas em casa e livros contábeis de modo a pagar os empréstimos devidos. É dessa forma que todo mundo vira credor de todo mundo, a ponto de favorecer uma maior integração entre as pessoas, ao estimular um maior senso de responsabilidade, a ponto de que esses empréstimos voltados ao nosso próprio consumo sejam vistos como investimentos onde devemos dar a eles uma destinação produtiva.

2.2.1) Dependendo da localização da casa do pai de família - se está perto de uma rodovia importante ou mesmo próxima a uma linha férrea -, ela pode servir de ponto de partida para uma rota comercial, onde pode oferecer seus produtos estocados em consignação no mercador local de modo a atender a demanda local.

2.2.2) Esses produtos, postos em consignação, são trocados por dinheiro. E esse dinheiro, que é moeda fiduciária, ajuda a pagar as dívidas - uma vez que ele estará remunerando a quem o ajudou naquilo que ele tanto queria, que é ter ganho sobre a incerteza, ao atender a demanda local dos mercados.

3.1) Se a quantidade de coisas acumuladas for muito grande, ele deve lançar um título escriturado, no valor dessas mercadorias.

3.2) Esses títulos são bens de primeira necessidade prática, pois convertem algo pesado e difícil de carregar em algo leve e fácil de carregar. Eles são bens preciosos e abençoados, uma vez que eles são uma fração de todas as riquezas que foram postas em comunhão e que decorrem da verdade, do verbo que fez carne, a ponto de fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia.

3.3) Por conta disso, eles não podem ser recusados, pois foram criados e abençoados por uma autoridade que foi enviada por Aquele que é a verdade em pessoa, uma vez que a autoridade que administra a paróquia local aperfeiçoa a liberdade dos paroquianos, através do trabalho nas pastorais.

3.4) Para evitar que gente mal-intencionada roube o título de modo a falsificá-lo, o bom pai de família deposita esses títulos numa caixa vazia, lacrada a chave e protegida por uma armadilha, de modo a serem entregues ao portador. A caixa fica depositada no banco e só pode ser aberta se a chave for entregue ao devido destinatário.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2019 (data da postagem original).

Do estado distributivo como conseqüência do sistema de reservas fracionárias

1) Se toda casa de família romana tinha um estoque de coisas e livros contábeis de modo a pagar os empréstimos que eram devidos, então o regime de reservas fracionárias criava um regime de reservas ponto-a-ponto, onde A podia ser credor de B e vice-versa. Assim, todos podiam ser banqueiros uns dos outros.

2.1) O fundamento disso é que as dívidas eram confessadas e pagas por meio de um pedaço de papiro, que era usado como moeda escritural.

2.2) Esse pedaço de papiro, que mais tarde foi substituído por papel, era usado como nota promissória e como uma letra de câmbio primitiva. Era muito melhor esse sistema do que a pena corporal, onde o devedor retalhado em quantos pedaços quantos fossem os credores. Este sistema decorre da Lei das 12 tábuas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2019.

Do mútuo como base para um sistema de reservas fracionárias

1.1) Mútuo é empréstimo de coisa fungível. 

1.2) Se empresto um frango para outra pessoa comer, então essa pessoa deve criar um frango de modo a devolvê-lo a minha pessoa - esse frango precisa ser da mesma raça, da mesma idade e ter as mesmas condições de saúde que o frango que foi sacrificado, o que poder ser exigido a qualquer tempo.

1.3) Se esse frango, durante o processo, produzir três ovos, a ponto de produzir mais três frangos no futuro, então é ganho sobre a incerteza, fora que podem ser contados como se fossem juros, o que comprova a natureza produtiva desse empréstimo.

2.2.1) Esta é a prova cabal que o contrato de mútuo serve de base para se ter um sistema de reservas fracionárias.

2.2.2) Se eu uso bem alheio para consumo próprio, então eu devo ter um estoque de reserva de modo a pagar o empréstimo de imediato ou num curto prazo. Para que esse sistema funcione, eu preciso confiar muito no outro, a ponto de ele honrar o empréstimo feito.

3.1) Todas as famílias romanas tinham um estoque de produtos de modo a compensarem suas dívidas umas com as outras através do pagamento de produtos do mesmo gênero, quantidade e qualidade. 

3.2) Era comum na Roma Antiga haver livros contábeis que registravam o que havia no estoque e o que era devido a um determinado credor. Isso criava um sistema de compensação de pagamento de dívidas através do pagamento por produtos consumidos por meio de produtos que sejam do mesmo gênero quantidade e qualidade - o que se mostrou ser uma forma prática e eficaz de integração entre as pessoas, a ponto de tornar as pessoas mais iguais em seus direitos e deveres no tocante às relações de crédito. 

3.3) Isso favorecia uma maior integração entre as pessoas, uma vez que o princípio da república romana é de que nenhum um homem deve estar sujeito ao arbítrio de outro homem, a ponto de o dominador concentrar os bens de usar, gozar e dispor das coisas e a ponto de deixar os condenados, os dominados, os despossuídos, entregues à própria sorte. Isso criava, nas relações de crédito, uma igualdade de condições de tal maneira que A e B pudessem depender uns dos outros, levando ao surgimento de um estado distributivo, o que é essencial para o comunitarismo.

3.4.1) É através de um sistema de reservas fracionárias que os poderes de usar, gozar e dispor das coisas podiam ser concedido a uma outra pessoa. 

3.4.2) Se isso fosse gerido de maneira responsável, então tal a coisa se reproduzia a ponto de haver ganhos sobre a incerteza em razão dessa colaboração sistemática, a ponto de reforçar ainda mais a integração entre as pessoas, pois todos estariam envolvidos no processo de criação, o que faz com que todos fiquem em conformidade com o Todo que vem de Deus, que é o autor da vida.

3.4.3) Como no mútuo a relação contratual recaía sobre coisas fungíveis, então a produtividade desses empréstimos tendia sempre recair a quem guardasse a semente de sua espécie, como plantas e animais.

4.1) Era por essa razão que a atividade mercantil era considerada uma atividade marginal - o dinheiro provinha do metal, que não se reproduz. Só com a introdução do papel-moeda, onde o dinheiro assumiu uma faceta fiduciária, é que se pôde estabelecer o mútuo feneratício, coisa que remonta à época medieval, onde o Império Romano se transmutou num Império espiritual.

4.2) Era por essa razão que sistema de direito civil romano servia de base para os estudos de direito natural, com relação ao que deve ser observado no tocante a como se deve governar uma cidade cristã, uma vez que a Igreja integrou três coisas a ponto de a política ser a continuação da santíssima trindade, a ponto de a cidade humana ser um espelho do Céu aqui na Terra na melhor medida do possível: a fé cristã, filosofia grega e o direito romano

4.3.1) Isto prova de forma cabal que a ética protestante e o espírito do capitalismo levam a uma sociedade líqüida, a ponto de tudo o que é sólido se desmanchar no ar, pois estabelecer um prazo para essa dívida ser paga indica que você dá mais valor aos bens do que a pessoa necessitada - isso levaria a um conflito de interesses e à própria prescrição dessa dívida por força da resistência oferecida, o que é muito ruim para a sociedade como um todo. Isso se funda no fato de que o credor é um eleito e o devedor é um condenado - e isso leva a uma anarquia, a uma cultura de impessoalidade, coisa que é muito danosa ao princípio da organicidade da vida comunitária. 

4.3.2) Por isso mesmo, o pagamento das dívidas se fundava mais na honra, a ponto de ser uma obrigação moral. 

4.3.3) Como a honra é lei de Deus que se dá na carne e é maior que a lei positiva, então as grandes questões civis eram decididas tanto na política quanto na justiça.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de maio de 2019 (data da postagem original).

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Mais notas sobre a crematística - como a propaganda cria bens imaginários, a ponto de as pessoas preferirem placebo ao remédio

1.1) Estava meditando muito sobre o que Aristóteles falou a respeito de bens imaginários.

1.2) A publicidade feita de tal maneira a criar uma lealdade em relação à marca cria uma espécie de bem imaginário. É como se a pessoa preferisse tomar placebo a tomar remédio, pois certos produtos similares, por mais que sejam baratos ou de melhor qualidade que os chamados produtos clássicos, são logo rechaçados de antemão. A pessoa já os repudia mesmo que não os tenha experimentado. Isso faz com que o vendedor transfira para os compradores o repúdio ao que é oferecido à concorrência. Tudo isso se funda no amor de si até o desprezo de Deus.

1.3) Eis os efeitos da crematística, pois tudo isso decorre da cultura de que toda classe de produto é tratada como se fosse banana na feira - isso faz com que a liberdade de ofertar seja servida com fins vazios. Até mesmo certos produtos, como o videogame, são vítimas dessa cultura, pois o mercado tornou-se o templo de Pluto.

2.1) Acho que deveria haver um mecanismo que proíba publicidade feita dessa forma, que induza as pessoas a rejeitarem de antemão a oferta de um produto similar, ainda que de melhor qualidade ou mais barato que o produto dito clássico.

2.2) Oferecer um produto de melhor qualidade e mais barato do que o produto clássico é até um ato de benevolência, pois vai chegar um momento em que esse produto clássico vai estar em falta ou mesmo ser retirado do mercado por escolha de seu fabricante. A idéia não é competir, mas colaborar com o público, pois produtos clássicos nem sempre estão disponíveis - em algum ponto, eles vão estar em falta. E servir um produto alternativo na eventual falta do mesmo é até um ato de caridade, de honestidade, de lealdade.

2.3) O simples de fato de haver publicidades que induzam as pessoas a rejeitarem um determinado produto sem nunca tê-lo experimentado deveria ser proibido ou rechaçado. Isso é atentatório ao livre mercado enquanto ambiente de encontro, onde a oferta é feita com benevolência de modo a atender o Cristo necessitado que há nos clientes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de maio de 2019.

Da vaidade e da concupiscência - notas sobre a tendência de o brasileiro ser leal a uma marca de tal maneira a se privar de experimentar produtos similares ou alternativos que são tão bons ou melhores que suas marcas favoritas

1) No jogo Capitalism Plus, certos produtos, geralmente industrializados, tendem a ser mais comprados em razão da marca, pouco importando a sua qualidade. Por isso que eu tendia, como jogador, a comprar certos produtos do porto, a pôr a minha marca nele e a fazer publicidade dando ênfase a essa marca. Após bastante tempo de publicidade, havia uma lealdade à marca - o que é marca de concupiscência, pois o amor de si no vendedor foi inoculado nos compradores, uma vez que a publicidade mexeu com a vaidade das pessoas. Mesmo que haja uma marca similar no mercado, mais barata ou de melhor qualidade do que a minha, muitos vão preferir a minha marca, a ponto de criar um bem imaginário.

2.1) Brasileiro médio, em geral, tem esse problema. Se uma franquia trabalhar tanto a publicidade quanto a qualidade do jogo de tal maneira a se tornar uma das favoritas do público, então fica inviável introduzir no mercado um jogo similar àquele que o brasileiro não vai jogar.

2.2) Por conta da concupiscência, por conta da vaidade, o brasileiro médio tende a ser muito leal à marca, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Esse conservantismo insensato o priva de ver experiências diferentes que podem decorrer de jogos similares.
 

3.1) Em videogame, o segredo é despir-se das paixões, da concupiscência, a ponto de nunca se deixar ser dominado pelas paixões despertadas pelos jogos. É preciso imaginarmos o jogo como se fôssemos um game designer.

3.2) Jogos similares podem oferecer experiências e impressões diferentes das que oferecem uma franquia clássica, a ponto de podermos imaginar histórias mais bem elaboradas para o bem de nossas franquias favoritas. Jogos similares introduzem nuances novas, se levarmos em conta essas experiências - elas tendem a completar nosso imaginário, nunca a competir com ele, a ponto de destrui-lo.

3.3.1) Talvez essa cultura de lealdade à marca se deva ao fato de que a ética protestante e o espírito do capitalismo se instalou aqui de tal maneira que ela ficou muito mais radical do que nos países onde isso foi inventado. E este mal foi implementado a partir de 1822, quando foi inventada a alegação de que o Brasil foi colônia.

3.3.2) Os jogos de videogame não são como banana na feira, mas são vendidos como se fossem. Essa confusão foi criada de propósito, de tal maneira que está muito enraizada no imaginário médio das pessoas - e a melhor forma de combatê-la é combatendo as heresias que deram origem à má consciência, como maçonaria e protestantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de maio de 2019.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Como nasceu a idéia de querer fazer uma biblioteca digital?

1) Por volta de 1995, eu comecei a ter o sonho de ter uma biblioteca digital. Os primeiros livros que comprei para a minha coleção foram O Atlas da História Universal - que foi lançado em fascículos pelo jornal O Globo - e o livro O Globo - 70 anos de História, em 1996, quando tinha 15 anos.

2) O colecionismo de livros vem na esteira do colecionismo de moedas, coisa que eu comecei a fazer em 1991, pois sempre tive curiosidade de conhecer como eram as moedas no tempo do meu avô. Cheguei a comprar alguns fascículos da obra Moedas de Todo o Mundo, lançada pela Editora Globo nos anos 90. Como naquela época vivíamos em tempos de hiperinflação, era inviável fazer colecionismo nesses tempos.

3) Por volta 2003, eu comprei na Livraria Kosmos, aqui no Rio de Janeiro, o livro 1964: A Conquista do Estado, de René Armand Dreyfuss. Eu comprei esse livro por conta do falecimento desse professor de Ciências Políticas da UFF, muito ligado ao meu professor de Constitucional na época, José Ribas Vieira. Tratava-se de uma tese de doutorado que esse professor havia feito em Israel e que era uma radiografia gramsciana do "golpe". Cheguei até mesmo a ver vídeos do Lula, em 1981, dizendo que ele estava lendo (sic) esse livro - e o livro é um tijolão de mais de 800 páginas.

4) Desde então, por meio do colecionismo, comprei muitos livros de História. Posso dizer que montei um verdadeiro arsenal de guerra.

5) Por volta de 2011 eu ganhei a câmera digital com a qual trabalho até hoje. Precisei de muitos anos até dominar a técnica. Em 2017, quando meu pai trocou a cortina, eu consegui fotografar meus textos na qualidade atual. Digitalizei dois livros: Sua Majestade, O Presidente do Brasil e A Teoria da Classe Ociosa. Graças ao payhip, eu comecei a vender o fruto do meu trabalho.

6.1) O colecionismo e a habilidade em digitalização foram cruciais para o trabalho de produzir informações estratégicas.

6.2) Meus pais se tornaram monarquistas desde que comecei a digitalizar livros de história para eles. Sempre que faltava luz aqui em casa, meu pai ficava lendo os livros que digitalizei no tablet dele. Isso me inspirou a continuar fazendo o que faço hoje. 
6,3) Quando fazia concurso público, uma pessoa me agradeceu e muito por conta de estar digitalizando. O marido dela era cego - como os pdf que fazia eram pesquisáveis, os ebooks eram lidos em voz alta e ele aprendia.

7) Graças às digitalizações que fazia e ainda faço, fiz muita gente compreender a outra ponta da nossa História: a História de Portugal. Sinto que este é o caminho da mudança - e é exatamente isto que estou fazendo, quando escrevo e digitalizo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de maio de 2019.