1) Por conta dos anos que tenho de rede social, já vi muita gente, sobretudo esquerdista, defendendo limitação das famílias a dois filhos por mulher, sob a alegação de que há um excesso de população, o que limita o espaço da propriedade privada, a ponto de limitar as possibilidades de liberdade fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo. Eu lembro, principalmente, de um episódio do desenho Capitão Planeta falando disso.
2) Isso não passa de um absurdo monstruoso. Se tivéssemos de dividir a população do país (cerca de duzentos milhões de habitantes) pelo número de municípios (em torno de cinco mil), a média seria de 40 mil habitantes por município, o que daria um município de pequeno porte, onde todos podem se conhecer uns aos outros. Espaço de sobra para a formação de famílias grandes e estruturadas.
3.1) Ao contrário da China, da Rússia, do Canadá e dos EUA, nós não temos problemas com desertos ou geleiras, territórios esses que realmente inviabilizam o desenvolvimento de uma cidade.
3.2) A população está excessivamente concentrada no eixo Rio-São Paulo - se a fronteira econômica do país fosse expandida junto com a fronteira agrícola, cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo poderiam ser reorganizadas de modo que houvesse casas destinadas a famílias grandes e não esses condomínios que fazem com que a palavra de Deus não passe de uma utopia.
3.3) Se governar é povoar, então o verdadeiro trabalho que um governo poderia desenvolver é estimular o povo a tomar esses vazios demográficos como parte de seu lar em Cristo antes que alguém faça o trabalho de tomar esses territórios como se fossem religião em que tudo Estado e nada pode estar contra ele ou fora dele, o que favorece o imperialismo. Esse tipo de governo que falo pede um governo fundado naquilo que foi estabelecido em Ourique.
3.4) Se não tivesse havido esse golpe de Estado chamado independência, certamente a população estaria mais bem distribuída por todo o território de nacional.
3.5) Como os municípios seriam menores, naturalmente haveria uma prática econômica mais condizente com aquilo que prega a Doutrina Social da Igreja Católica. Pois é num governo fundado no amor de si, totalitário e materialista, que faz com que o desenvolvimento econômico fique concentrado somente nas capitais dos estados, criando um inchamento da população num território diminuto, o que faz com que o nosso senso de território tomado como um lar em Cristo seja menor do que ele realmente é, o que favorece uma eventual partilha e loteamento do nosso território a impérios de domínio oportunistas, como os islâmicos, os globalistas, a Rússia e a China.
4.1) Afinal, por que razão essa gente nascida aqui, no sentido biológico do termo, trabalha contra o Brasil? Isso é explicado pelo fato de que são todos apátridas.
4.2) Um governo de apátridas é indiscutivelmente muito pior do que um governo de estrangeiros, pois os apátridas são gente nascida no Brasil, no sentido biológico do termo, que abraça a causa revolucionária - fundada na falsa crença de que o Brasil ficou independente de Portugal e, portanto, desobrigado de seguir aquilo que foi fundado em Ourique - e a conserva conveniente e dissociada da verdade histórica.
4.3.1) Se houvesse uma intervenção polonesa no Brasil, a presença deles seria uma libertação e não uma dominação, pois eles amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - como havia antigamente, antes de 1822. Por isso que digo que um governo estrangeiro neste caso não é tão ruim quanto este governo revolucionário e apátrida que forja coisas falsas de modo a rejeitarmos aquilo que foi fundado a partir da visão que D. Afonso Henriques teve do Cristo Crucificado em Ourique, que é a nossa razão de ser enquanto nação, o nosso mitologema.
4.3.2) Além disso, o governo polonês acabaria sendo parte da missão que herdamos em Ourique, fazendo com que haja uma cumplicidade entre o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e a Polônia, o que favorece uma natural expansão do senso de tomar o país como um lar em Cristo. E isso é uma forma de vencer ao perder, pois perdermos essa falsa cultura, nacionalista e imbecilizante, e ganhamos um vínculo com algo fundado no fato de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, seja por conta de servir a Cristo em terras distantes, seja no sentido de defender o lar invadido de cânceres como o nazismo, o comunismo, o globalismo e o islamismo, experiência essa que a Polônia tem de sobra. E isso é nacionismo, pois isso nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.
Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2017.