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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Notas sobre uma pergunta que fiz ao professor Loryel Rocha

1) Perguntei ao professor Loryel Rocha onde posso saber mais acerca da atividade bancária dos templários. Eles estavam rivalizando com os Médici, que estavam se casando com judeus e adotando práticas usurárias, uma vez que os judeus vêem os cristãos como uma seita que acredita que Jesus é o messias - portanto, não eram considerados irmãos, a tal ponto que podiam praticar usura contra eles - o que era lícito, segundo os mestres da antiga lei de Isarel.

2) Para que a prática da usura pudesse se alastrar pelo mundo e edificar liberdade com fins vazios, certamente a autoridade da Igreja tinha que ser atacada. E isso foi feito por meio de Lutero. E some-se a isso o fato de que a riqueza foi tomada como um sinal de salvação, em Calvino.

3) Se parar pra pensar, o protestantismo é essencialmente judaizante*, pois dá mais ênfase à antiga lei do que a nova. De certa forma, isso nega o pleno cumprimento da antiga lei mosaica feita em Cristo, que é a verdade em pessoa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2017.

* Ver esta postagem: 

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/07/santo-tomas-de-aquino-sobre-questao-de.html

Comentários:

João Damasceno: 

1) O dízimo protestante, fundado na barganha e na compulsoriedade, é um testemunho clarividente do que você escreveu.  

2) Trata-se de um "imposto" espiritual, com clara natureza confiscatória. E isso é usura. 

Algumas lições de Direito

1) Em Direito, nós temos obrigações de dar, de fazer, e de não fazer.

2) Dar de maneira temporária é um empréstimo. Também é conhecido como locação.

3) Quando o empréstimo é versado sobe coisa fungível (mesmo gênero, quantidade e qualidade), nós temos mútuo.

4) A natureza pode ser emergencial ou de fomento.

5.1) Quando é emergencial, não cabe remuneração, dado que não teve caráter produtivo, uma vez que eu me interessei mais no dinheiro, nos bens do presente, do que em ser sócio ou mesmo aliado do meu cliente necessitado, a ponto ter direito de colher lucros e dividendos maiores, uma vez que não acreditei no plano de negócio de meu semelhante, bem como na sua capacidade de transformar um empreendimento em negócio. Se faço cobranças cujo fundamento se mais no meu amor de mim, a ponto de exercer arbitrariaemte minhas próprias razões ou paixões. do que nos ditames da justiça, então estou praticando usura, o que é imoral e ilegal, pois em nenhum momento eu fui sócio de meu semelhante, já que eu o vi como um inimigo, não como um Cristo necessitado. 
 
5.2) Quando há fomento, há investimento, pois eu cooperei com o meu semelhante de modo que ele também tivesse sua atividade economicamente organizada, nos méritos de Cristo.

6) O direito deve ser visto à luz da verdade, à luz da conformidade com o Todo que vem de Deus. Isso pede que o Direito Civil seja temperado com luzes de cristianismo.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 10 de julho de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre um exercício de imaginação moral que deve ser feito

Façamos um exercício imaginativo:

1) Você organizou uma atividade de fomento comunitário (uma atividade bancária). Surge um carpinteiro jovem, em torno de seus 25 anos, que está desejando expandir as atividades do Pai, que se chamava José. Esse carpinteiro jovem é Jesus, mas Ele ainda não começou seu sacerdócio ainda.

2) Há algo especial n'Ele - Ele é a verdade em pessoa, mas não proclamou isso publicamente, pois ainda não é o tempo favorável para isso. Você empresta o dinheiro, Ele expande a atividade que herdou do pai e a ponto de ter mais clientes, garantindo o sustento da família. Ele volta ao banco e te devolve o dinheiro que tomou - e ainda de te dá um bônus porque você o ajudou. Como você não esperava nada em troca, você se sente honrado e se compromete a ajudá-Lo ainda mais - e neste ponto você se tornou sócio d'Ele.

3) Se devemos ver Cristo nos nossos semelhantes, faça esse exercício. Os que não têm Cristo no coração devem sofrer as sanções da Lei, pois são ingratos e lesam seus semelhantes; os que têm reputação honrosa e que são verdadeiramente imitadores de Cristo, esses honrarão seus compromissos. Espere pacientemente os que vivem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus; eles restituirão a quantia paga e ainda te darão uma recompensa pelos serviços prestados. Neste ponto, a atividade bancária pode acabar se tornando uma verdadeira pesca de homens, pois o fomento à produção de riquezas faz a comunidade ser tomada como se fosse um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2017.

Notas sobre liberdade bancária

1) Numa ordem em que as pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, emprestar a Cristo, que deve ser visto no irmão necessitado, é um investimento. Após um tempo, Cristo, na forma do irmão necessitado, restitui a quantia paga - e em gratidão ao favor prestado, Ele te dá uma remuneração por força desse dinheiro emprestado, que significou muito para Ele.

2) Esses juros se fundam numa lei não escrita, a qual se dá na carne - e neste ponto esses juros são livres, pois Deus está usando o tomador de empréstimo, que foi visto como Cristo, para retribuir o favor que lhe foi prestado.

3) Numa ordem de impessoais, nós somos incapazes de ver Cristo na figura do tomador de empréstimo - por isso, é costume convencionar juros porque partimos do pressuposto de que o sujeito não vai honrar seus compromissos, quando, na verdade, o respeito à lei deveria ser a regra de todos os nossos pactos e contratos. Por conta do nosso amor ao dinheiro, tornamo-nos muito pragmáticos, a ponto de amarrar os contratos de modo a prevenir uma eventual lesão, o que faz com as coisas passem a estar mais em conformidade com o Todo que vem do Estado, que vai ser tomado como se fosse religião no lugar de Deus.

3.2) Como a natureza do empréstimo não se funda num investimento, mas no interesse de que a quantia vai ser paga no prazo convencionado - pouco importando se a destinação desse dinheiro vai ser ou não usada para a produção de riquezas -, então se torna usura, pois se o dinheiro emprestado foi destinado a outro fim diverso que a produção de riquezas, então a liberdade organizada da atividade bancária foi servida para o nada - e se isso foi servido para o nada, então a cobrança será indevida, pois não houve atividade produtiva fundada no empréstimo tomado.

3.3) Não é à toa que Santo Tomás dizia que o dinheiro emprestado deve ser restituído sem acréscimo algum, posto que o cedente não participou da atividade produtiva, junto com o tomador de empréstimo. E basta amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento que há sociedade, ainda que haja diversidade de interesses.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2017 (data da postagem original).

Cristiano Lopes Cançado de la Rocha: Discordo do item 3.3. O cedente participa privando-se do valor emprestado?

Maurício Silva: Não creio que privar e participar sejam a mesma coisa. Certamente o cedente contribui e pode até mesmo ensejar todo o empreendimento, mas isto não é o mesmo que participar ativamente da produção, é? Existe uma nuance aí. Também não se poderia dizer do cedente não ter tido função nenhuma. Resta saber se se deveria recompensar monetariamente essa função ou não, enquanto direito. É exatamente isto, José? 

Vito Pascaretta: José Octavio Dettmann explicou que o propósito do empréstimo deveria ser levado em conta para saber se caberia ou não ao devedor remunerar o credor com juros. Doutro lado, se a razão do empréstimo é não-cristã - a ponto de não se produzir riqueza ou produzir riqueza voltada para o nada -, nem se deveria emprestar o dinheiro. Se um país vizinho pede dinheiro emprestado a outro, e utiliza-se desse dinheiro para adquirir armamento e invadir o primeiro país ou mesmo o país que emprestou o dinheiro a ele, de que serve a questão de os juros serem cobrados ou não? É importante saber para que ou para quem se está emprestando.

José Octavio Dettmann: É exatamente isso que eu quis dizer, Vito Pascaretta.  Quando se ama mais o dinheiro do que a Deus, a preocupação com a finalidade para a qual o dinheiro é emprestado é menor. E quanto menor a preocupação para com os fins, maior a probabilidade de esse dinheiro ser empregado para o nada, o que não é nem um pouco bom. Quando empresto meu dinheiro sem me preocupar com a destinação, então não estou sendo sócio. E para ser sócio é preciso investir e colaborar.

 José Octavio Dettmann: Quando Santo Tomás fala que a quantia deve ser restituída, é por conta dessa liberdade para o nada que foi exercida, posto que usura é cobrança indevida decorrente de um empréstimo não-produtivo. E o não-produtivo se deve a essa liberdade para o nada escolhida e exercida.

Róger Badalum: isso seria possível, se não fosse a inflação

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Notas sobre um debate necessário e ausente

1) Para uma pessoa que sofreu do primário até a universidade de bullying por ser o que é, quem irá protegê-la quando vierem os vermelhos e a esquerdireita conservantista a cair de pau em cima dela, quando publicar seus textos?

2) É muito fácil falar de crowdfunding. Agora quero ver quem irá defender o que escreve da ditadura comunista e positivista deste país. Até agora, não vejo ninguém discutindo rede de proteção contra esse duplo terrorismo.

3.1) Afinal, é muito fácil falar em sair da catacumba de modo a colonizar o mundo e semear a boa consciência nos que estão superfície.

3.2) Mas o que garante a permanência de colonos como eu na superfície são os soldados. Se pegassem em armas contra os petistas e os positivistas, o trabalho seria ainda mais fácil, pois matar apátrida não é matar ser humano, mas monstros com aparência de ser humano.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de julho de 2017.

Novas notas sobre a relação entre a caridade e o distributivismo

José Octavio Dettmann:

1) Caridade é dar a Cristo, pois é Ele que vejo quando vejo o irmão necessitado.

2) Esse dar freqüente a Cristo, que se torna hábito, acaba edificando ordem - ordem essa fundada na verdade e na liberalidade. E isso se torna uma espécie de sistema, pois as ações tendem a ser organizadas e coordenadas tendo por Cristo fundamento.

3) Eu percebi aí uma relação entre o distributivismo e o verdadeiro liberalismo, fundado na liberdade em Cristo.

Douglas Bonafé:

1) De fato, há uma relação. Contudo, a caridade não pode ser reduzida a distributivismo. Na verdade, o distributivismo é a práxis; a caridade, o princípio que move a ação sistemática.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de julho de 2017.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Notas sobre a relação entre administração e submissão

1) Se submissão é exercer uma missão sob a missão de outrem, então isso é um chamado para exercer uma atividade organizada acessória que segue a sorte de uma outra atividade, principal. E isso é essencialmente administração.

2) Quem organiza uma atividade econômica organizada o faz porque toma os que estão a seu redor como irmãos - e faz as coisas para atender a necessidades dos que estão realmente interessados.

3) Quem colabora com aquele que organiza uma atividade econômica organizada está realizando uma missão que decorre da missão desse homem. Por isso mesmo o empregado é submisso em relação ao que patrocina a sua atividade.

4.1) Brasil tem sua missão na América sob a missão que Portugal recebeu de servir a Cristo em terras distantes, pois nós temos a razão de combater o falso pan-americanismo dessas republiquetas que edificam liberdade voltada para o nada, base que edifica toda essa mentalidade revolucionária em escala continental chamada bolivarianismo. Aqui, o descobrimento virou desdobramento.

4,2) Por isso, o Brasil é província de Portugal. Ele é solidário a Portugal e é submisso ao vassalo de Cristo, que foi feito Rei do mundo português pelo Rei dos Reis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de julho de 2017.