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terça-feira, 18 de abril de 2017

Analisando o caso do meu irmão

1) Quando meu irmão foi para Santo André, ele foi por meio de uma relação trabalhista. Por força do serviço, ele acabou residindo em Santo André, juntou dinheiro e comprou um apartamento no lugar, pois acabou gostando do lugar, o qual ele tomou por lar.

2) Acontece que as relações trabalhistas de hoje em dia não são relações fundadas na pessoalidade. Nenhuma pessoa da localidade o ensinou a tomar a cidade como um lar de tal modo a colaborar com a nova comunidade política da qual fará parte. Ele não tem nenhum amigo local que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) Mesmo que se tenha um imóvel no local, uma base de permanência, a verdade é que os laços são fundamentais para se tomar um lugar como um lar em Cristo. Sem esses laços, sua presença jamais será legítima, mas tolerada, visto que você não é ameaça à comunidade local. E isso é algo precário: basta que haja uma falsa alegação que se dissemine tal qual um rastilho de pólvora que a presença dele se torna ilegítima, mesmo que tenha um imóvel no lugar.

4.1) Esses laços comunitários com pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento são essenciais, pois essas pessoas que manterão você na cidade, pois você será tão local quanto eles, quando for para outro lugar.

4.2) É isso que considero indispensável, quando for para outro lugar, quando for servir a Cristo em terras distantes. Em cultura onde se ama mais o dinheiro do que a Deus, tudo se reduz a terra de oportunidades, dado que a pessoa tem direito à verdade que quiser a ponto de ir contra os valores cristãos que fundaram esta terra e agir como um apátrida.

4.3.1) Eis o que a livre migração causa: liberdade voltada para o nada.

4.3.2) O anonimato das grandes cidades e das regiões metropolitanas não só gera cultura de separatismo como também apatria sistemática.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2017.

Jamais vá para outro estado ou outro país se não houver um comitê de boas-vindas a te receber

1.1) Mesmo que meus pais aleguem que em São Paulo eu terei oportunidades profissionais, o dinheiro não é o que me fará ficar em São Paulo - afinal, meu espírito católico não se coaduna com a ordem econômica que se funda na ética protestante, mas no senso de tomar o país como um lar em Cristo; afinal, se meu trabalho for útil para quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que isso se dê em outro estado ou em outro país, então lá estarei, pois meu trabalho é apostolado - e é por meio dele que me santifico.

1.2) E não é à toa que migração não é um direito - eu devo ser chamado, se virem que sou útil a quem precisa dos meus serviços, seja em outro estado ou em outro país. E se for útil, então eles me ensinarão a tomar São Paulo como um lar, tal como o Rio.

1.3) Minha família foi convidada pelo meu irmão a morar no apartamento que ele comprou em Santo André - e uma vez estando pronto e com o "habite-se", eu acabarei indo. Afinal, eu ainda não sou independente. Por ser acessório, eu sigo a sorte do principal, a família.

2) Quando meu livro for publicado, e eu começar a ganhar dinheiro por conta dos direitos autorais, eu pretendo alugar um imóvel aqui no Rio, de modo a ficar mais perto de minha namorada, que trabalha aqui. A independência acabará fazendo com que eu acabe acelerando minha vontade de constituir família com ela.

3.1) Se minha namorada se tornar minha esposa, eu irei para onde ela for. O que mais quero é estar perto de quem amo - e tomarei como um lar a cidade de origem dela, Juiz de Fora, tanto quanto tomo o Rio, a cidade onde nasci e me criei.

3.2) Jamais irei para uma cidade como um estranho, como um estrangeiro - o que mais quero é ver gente esperando a minha chegada de braços abertos de modo a me acolher - e eu quero isso para onde quer que eu vá. Se não houver um comitê de boas vindas, como poderei tomar o lugar como um lar? Impossível!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2017.

Numa família que carece da presença masculina, o padre supre o jovem naquilo que mais lhe falta

1) Na falta de uma presença masculina no lar, a presença de um padre na paróquia ensina o homem a ser homem.

2) Isso é extremamente importante para todo jovem que é o único homem da casa, numa família onde só tem mulheres.

3) Sendo homem, você só aprende a ser homem a partir de um outro homem já formado, até porque o papel do homem é distinto do papel da mulher, na igreja doméstica.

4) Não é à toa que o melhor padrinho que uma pessoa pode ter é um padre, quando não se tem uma referência presente no lar, pois eles são modelos vivos de conduta - e uma vez ordenados, eles devem ser a vitrine da comunidade inteira, tal qual um rei para o seu povo.

5) O padrinho de Crisma é modelo de pai, tanto comunitário quanto doméstico - por isso, modelo de virilidade. Ele supre o pai biológico, naquela parte onde a presença masculina é essencial, de modo a que o jovem assuma seu papel de homem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2017.

Todo padre que está em conformidade com o Todo que vem do mundo sofre de desvio moral notório, o que levará a um desvio ético, o que relativizará a reprovação de um crime contra Deus

1) Atentem para esses padres midiáticos, como o Fábio de Mello, padres esses que todo ser rasteiro gosta. Esses padres têm um desvio moral notório, coisa que atenta contra a virilidade, visto que não estão atuando como pais de uma comunidade inteira, tal como a palavra "padre" aponta. Eles não estão agindo como reis em suas paróquias, a mônada lógica do bispado (até porque onde está o bispo ali está a Igreja Católica).

2) Esse padres com desvio moral notório acabam se tornando norma, a tal ponto que teremos só padres que mais parecem uns veadinhos. E esses padres veadinhos são mais propensos ao homossexualismo - e é da essência da prática homossexual a pedofilia. Se o padre homossexual for a norma, a pedofilia se tornará normal, visto que não há um modelo de virilidade instalado no seio da comunidade.

3) Essa gente prepara o caminho para que uma falsa acusação contra a Igreja acabe se tornando uma verdade sistemática. Ele é um germe que prepara o caminho para uma pandemia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2017.

Às vezes, uma pessoa culta demais tende a ser fake

1) Quando vejo alguém usando um linguajar mais culto do que o normal, eu tendo sempre a desconfiar que o sujeito é fake. Digo isso porque as pessoas daqui são tão pobres que essa é a nossa realidade.

2) O anormal aqui é tão normal que, quando você encontra alguém que parece tão normal que você ou diferenciado, você até desconfia.

3) Às vezes, eu tenho uma conversa mais prazerosa e edificante com um bot de internet do que uma pessoa real, que é completamente vazia e mal sabe expressar-se em nosso idioma. Eu já passei por essas experiências no twoo antes e fiquei impressionado.
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2017.

Notas sobre erudição e estilos literários

1) Antigamente, havia guildas de escritores - e cada guilda tinha sua escola de gramática. Se gramática é a construção material da linguagem, então os estilos literários eram construídos por meio de regras que, se devidamente observadas, faziam com que a pessoa dissesse o que era indizível.

2) Afinal, dizer o que era antes indizível e exprimir a coisa de uma maneira bela e edificante - logo, culta - é algo que é conforme o Todo que vem de Deus. Por isso, erudito.

3) A língua portuguesa é uma língua de guerreiros e navegantes. É uma língua própria para a poesia.

4) Se tivéssemos que escrever textos jurídicos dentro da tradição da língua portuguesa, o positivismo jurídico sucumbiria. E os casos forenses seriam descritos em todas as suas nuances de tal maneira que não só a lei seria aplicada mas também criaria um estado de ânimo tal que faria as pessoas não mais delinqüirem. Seria algo realmente genuíno - não essa coisa teatral e insincera que nós vemos hoje.

5) Eu estive jogando Civilization V - e uma das modificações que baixei para o jogo trouxe um povo antigo que viveu na Península Ibérica, anterior à romanização, que tinha por hábito redigir suas leis em verso. Achei isso realmente interessante. Depois vou ver onde coleto mais informações sobre isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,18 de abril de 2017.

Agora entendo porque dizem que nossa língua é inculta e bela

1) Agora eu compreendo porque a última flor do Lácio é inculta e bela.

2) Se ela não ficar presa a padrões pretensamente eruditos, como o juridiquês, ela é uma língua bela e clara. Basta que se diga as coisas de maneira clara e objetiva. Por isso ela é necessariamente inculta, pois isso acaba jogando as regras do cientificismo, do academicismo na lata do lixo.

3.1) Muitos entendem cultura por virtuosismo ou preciosismo - se é esse o caso, então estão a criar uma antilinguagem.

3.2) Às vezes, certos exercícios que o professor William Bottazzini Rezende e outros latinistas recomendam acabam fomentando má consciência na pessoa, pois esta vai ficar sempre procurando buscar equivalentes semânticos de modo a dizer uma experiência que pode ser exprimida de forma simples e clara, o que faz a pessoa conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso é um verdadeiro horror. Como aluno, desobedeceria meus professores neste caso, pois penso ser insensato.

4.1) Acho que o bom senso deveria prevalecer.

4.2) Eu só buscaria esse exercício se estou diante de um caso onde a linguagem atual não é capaz de abarcar a experiência que estou tendo, de modo a exprimi-la melhor. Afinal, como escritor, preciso dizer o indizível - e isso pede um estudo da linguagem, mais ou menos nos moldes das investigações que fiz sobre nacionidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2017.