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sábado, 8 de abril de 2017

Identificar um conservantista é como identificar um inconveniente

1) Você começa a perceber que seu interlocutor não tem o devido senso das proporções quando este te liga via skype às quatro da manhã para discutir os ataques de Trump à Síria, por exemplo.

2) Quando falo que conservantismo é mentalidade revolucionária, não é brincadeira.

3) Embora eu acorde em torno desse horário, o sensato não me ligará neste horário. Eu moro com os meus pais - e existe uma lei moral, não escrita, chamada LEI DO SILÊNCIO. Respeite!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

Eis uma entrevista que concedi

Bruno Braga: José, como andam os seus trabalhos?

José Octavio Dettmann: Estou escrevendo bastante. Já estou sistematizando os meus escritos - encontrei alguém para me ajudar nisso.

Bruno Braga: Que bacana! E o que pretende com eles? Vai publicar em livro ou tem outra meta?

José Octavio Dettmann:

1) Eu vou publicar uma coletânea falando da diferença entre tomar o país como se fosse um lar em Cristo (nacionidade) e tomar o país como religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele (nacionalidade).

2) Esse estudo decorreu de um artigo que li no livro Um Mapa da Questão Nacional, intitulado "Para onde vão as nações e o nacionalismo?", Katherine Verdery. Ela menciona o trabalho de John Borneman, que distinguiu nacionidade e nacionalidade. E isso está no livro Belonging in the Two Berlins: kin, state, nation. A origem essa distinção está numa nota de fim em que Borneman debate com Gellner, o qual acredita que existem eras de nacionalismo - e é neste ponto que ele traça essa distinção (em inglês, o termo empregado é "nationness").

3) O livro de Borneman é cheio de marxismo de cabo a rabo. Por isso, tive que fazer muita engenharia reversa para entender o tema.

4) Devo ao Olavo tudo o que o compreendo sobre mentalidade revolucionária. Se não fosse por ele, esse trabalho de engenharia reversa não seria possível.

5) Além dos estudos em Borneman, encontrei outros subsídios no livro Cosmópolis, de Danilo Zolo., que é baseado num outro: o Cosmópolis, de Stephen Toulmin.

6) Por conta desse esforço, escrevi muitos artigos.

Bruno Braga: Suponho que esteja tendo muito trabalho, pois, só pelo "resumo" que fez aqui, já dá uma noção da complexidade do tema.

José Octavio Dettmann:

1) É um tema muito complexo mesmo. Não é fácil de ser tratado. É tão complicado que só mesmo por escrito é que consigo falar sobre isso. Se tivesse que falar sobre isso numa palestra, eu teria dificuldade - por isso que não faço hangouts, nem faço palestras. Estudo esse assunto desde 2004 e até hoje é complicado para mim.

2) Como já me disseram, não é assunto para um autor só. O que escrevi até agora são só impressões sobre o tema, visto que não tenho muitos recursos para ir mais a fundo ainda.

3) Sobre a diferença entre nacionidade e nacionalidade, eu tentei trazer a questão também para o contexto brasileiro também. Por isso, eu fui obrigado a estudar a História de Portugal também, coisa que ninguém faz.

Bruno Braga: Entendi. Falando sobre a História de Portugal - e tenho visto que frequentemente publica sobre o tema - qual a sua posição sobre o Loryel Rocha? Tenho visto várias críticas sobre ele e o seu Instituto.

José Octavio Dettmann: Tirando esse negócio que ele fala sobre magia e uma outra coisa que é condenada pela Igreja, o que ele fala sobe Ourique está correto, pois é exatamente aquilo que está escrito nas referências sobre o assunto. Eu tento não me guiar muito pelo que ele fala. Eu me baseio mais é nos livros e naquilo que o Plínio Corrêa de Oliveira fala.

Bruno Braga: Entendi. Porque - como você mesmo observou, que poucas pessoas abordam a História de Portugal - é preciso saber a respeito da confiabilidade das fontes.

José Octavio Dettmann:

1) Sim, claro. Aos poucos é que vou conseguindo a bibliografia de que necessito - esses livros certamente citam outros livros.

2) Sobre o que tenho estudado sobre Ourique, eu tenho tentado casar com aquilo que o Olavo fala no Curso de teoria de Estado dele. Como não há uma transcrição disponível, o trabalho fica ainda mais difícil.

Bruno Braga: Sim. A sua estratégia para recolher a bibliografia é importante. Então terá um bom trabalho pela frente...

José Octavio Dettmann: É um trabalho pesado, mas é o que melhor posso fazer, no momento.

Rio de Janeiro e Belo Horizonte, 8 de abril de 2017 (data da postagem original).

Sobre a necessidade de evitar discussões abstratas

1) É muito comum ver nos debates dos liberais a questão do federalismo x centralismo.

2) A condenação ao centralismo monárquico é quase sempre abstrata - e se a condenação é abstrata, então ela edifica liberdade com fins vazios, o que se torna falácia, pois ela não está amparada na realidade que é tomar o país como se fosse um lar em Cristo, tendo por fundamento aquilo que se edificou em Ourique

3) Afinal, se o povo é tomado como parte da família do governante, que é eleito por Deus de modo a protegê-lo dos maus governos, então o centralismo é próprio do paternalismo, do governo do pai. E se o país tomado como se fosse um lar, então o país é a casa do Rei e de sua família, seja ela estrita, ampliada ou ampliadíssima - e nesse sentido é bem comum (público) e também real (privado), pois este recebeu a terra por conta do fato de ter se tornado vassalo de Cristo, pela graça de Deus.

4.1) Como o professor Olavo fala, atentem para a realidade. 
4.2) Todo debate que se prende à abstração só levará a se retirar Deus do centro das coisas - e no lugar de Deus, o Estado será tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. 

4.3)Afinal, o debate entre os federalistas e os antifederalistas estava justamente relacionado a esse questão, pois o federalismo pode ser tomado como se fosse religião, que é acessório que segue a sorte do principal, o totalitarismo, o fascismo.

5) Eis o que a liberdade voltada para o nada promove.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

Não dá para tomar o país como um lar sem ter Nossa Senhora como nossa intercessora e advogada

1) No português do tempo do Império, era comum se referir a escravo como cravo da Índia.

2) Com a Lei Áurea, quem era mantido a ferros se tornou ex-cravo da índia. Não era mais coisa, não era mais mercadoria - agora, era sujeito e escravo de Santa Maria, mãe de Deus. Afinal, não se pode tomar nenhum país como um lar sem Nossa Senhora como nossa advogada.

3) Afinal, os poloneses fazem isso, visto que são eslavos. Afinal, a palavra "slave" vem de eslavo - e eles foram escravos no passado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

Notas sobre como o conservantismo leva à estupidez

1) Estava conversando com um sujeito pelo skype sobre os ataques na Síria.

2) O sujeito estava muito contente com a excelente cobertura da FOX NEWS. Porém, com base na Bíblia, ele fez esta ressalva: maldito é o homem que confia em outro homem.

3) Concordei com o sujeito - e disse, com base em Ésquilo, que a verdade é a primeira coisa que se morre na guerra. E com base no que o Olavo falou, eu disse que o mundo moderno está dando à Imprensa a mesma autoridade que costuma se dar à Igreja Católica.

4) Acredita que o sujeito começou a atacar a Igreja Católica? Bloqueei-o na hora. O sujeito estava abaixo do mínimo necessário para uma conversa inteligente. Deus age por mim, já que não sou assassino.


José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

A idiotia útil não é cabível a quem exerce o magistério, que é um sacerdócio

1) Todo professor é um formador de opinião e um semeador de consciências

2) Agora, professor que discorda que o PT é mesmo inimigo de Deus não fez o que é mais básico: estudar e ser o estudante dos estudantes - o senhor dos senhores, ao ser o servo dos servos de sua classe. Que autoridade tem um ser desse?

3) A idiotia útil não é cabível a quem está investido nesta função, pois magistério é sacerdócio. E sacerdote comunista está excomungado, por ser formalmente um herege. Do mesmo modo, o professor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2017.

O que escrevo é para homens livres e não para idiotas úteis, que são escravos da ideologia

1.1) Você discorda que o PT é inimigo de Deus? Então você não está em conformidade com o Todo que vem de Deus, posto que está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. 

1.2) No caso do meu inimigo pessoal, o idiota útil, o conservantismo é um veneno que pode estar sendo inoculado nessa pessoa, por conta da colonização do imaginário que o esquerdismo promove, de modo a aprisionar as mentes das pessoas. E essa colonização do imaginário se chama marxismo cultural e se dá através da cultura de massas.

2) Será que você não viu que o PT lançou uma manifestação clara apoiando a ditadura opressora da Venezuela? Ou não vê porque não quer?

3.1) Quando digo que não quero ter idiotas úteis em meu perfil, é porque este perfil é para a guerra cultural. E o que escrevo é para quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, não para quem não é capaz de fazer do seu sim um si e do seu não um não. 

3.2) Eu escrevo para homens livres, não para escravos. Afinal, o escravo é coisa e não um ser humano - e é fato conhecido que estes são os primeiros a morrer depois que o comunismo impera de maneira absoluta, dado que o dono do escravo tem poder de vida e de morte sobre o idiota útil.

3.3) Como não tenho competência para mudar convicções do contrário, já que não tenho saúde para tolerar aborrecimento, então bloquear um idiota útil é a medida mais salutar que conheço, pois me preservo de quem está ainda escravizado pelo mal objetivo.

3.4) Neste ponto, bloquear um idiota útil é como matar em legítima defesa: um gesto de misericórdia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2017.