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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Notas sobre ser e dever ser no Direito Natural e no Direito Positivo

1) A Lei Natural é uma lei de ser, pois cria um modelo virtuoso para ser vivido tal como o Pai quis, ao mandar seu Filho muito amado para nos salvar. Para quem vive esse modelo de conduta, uma recompensa muito grande no Céu nos aguarda: a vida eterna.

2) Como a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus deve reinar em todo e qualquer lugar desta terra, de modo a ser tomada como se fosse um lar em Cristo, então toda legislação humana conforme o Todo dessa lei é natural right. E o verdadeiro Direito enquanto ciência não pode trair aquilo que foi divinamente instituído, pois se houver traição o Direito deixa de ser ciência e vira pseudociência, a Legalística, em que o lobby e o ativismo judicial tendem a justificar toda a sorte de ideologias fundadas em sabedoria humana dissociada da divina. E o primeiro passo para se trocar ciência em pseudociência é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar liberdade para o nada, fora da liberdade em Cristo.

3) Num mundo onde todos têm a sua verdade, o dever ser - previsto em legislação fundada em sabedoria humana e dissociada da divina - torna-se o ser que é próprio do Estado tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele e contra ele. E esse ser leva ao nada - e é este o legado de Hans Kelsen, ao seguir o caminho kantiano, o qual leva ao abismo.

4) Se a Lei Natural leva a um jeito de ser, então esse jeito de ser se perfaz no amor. Devemos amar-nos uns aos outros tal como Jesus nos amou - e é assim que a lei mosaica encontra o seu pleno cumprimento. Onde a lei casa-se com a verdade, caminhos diversos surgem de modo a que se sirva a Cristo não importa qual seja o lugar, o tempo ou a circunstância. Nessa diversidade de caminhos e dons, cujas estradas todas levam a Roma, temos a verdadeira liberdade, fundada na verdade, coisa que leva ainda à unidade - e é nessa unidade que a diversidade não se torna uma ofensa, uma afronta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2017.

Notas sobre a natureza confusa das nossas universidades

1) Se a Aliança do Altar com o Trono é a causa para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, com base naquilo que herdamos de Ourique, então as PUCS são as verdadeiras universidades públicas, uma vez que a fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus deve reinar em todo lugar que deve ser tomado como se fosse um lar. Elas são universidades privadas porque a Aliança do Altar com o Trono foi rompida pela República.

2) As universidades federais ou estaduais - cuja missão institucional é formar burocrata, historicamente falando - não passam de universidades privadas pagas com o dinheiro dos pagadores de impostos. São falsas universidades públicas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2017.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Notas sobre a relação entre os movimentos Escola sem Partido e Pátria Nova (antigo movimento monárquico que existiu durante a Era da Proibição, que se deu entre 1889 a1988)

1) O professor Olavo de Carvalho falou que o Escola sem Partido deveria se chamar Escola sem Doutrinação ou Escola sem Censura, uma vez que ensino é ato de amor e caridade, pois prepara os futuros adultos para tomarem o país como se fosse um lar em Cristo.

2.1) A mesma coisa deve ser aplicada ao antigo movimento Pátria Nova.

2.2) Por Pátria Nova já temos a ilusão, a afetação de Independência, que rompeu com aquele sentido fundacional que herdamos desde Ourique e desaguou na República. Deveríamos em falar em pátria restaurada - primeiro, na aliança do Altar com o Trono restaurada; depois, ao restaurar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

3.1) É a partir da restauração cultural e espiritual que vem a restauração política.

3.2) Sem essa Aliança do Altar com o Trono edificada em Ourique não ocorrerá a renovação das coisas, de modo a que o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo se atualize constantemente, com a chegada de outras culturas que amam e rejeitam as mesmas tendo por Cristo fundamento de modo a casar a causa nacional à causa universal, coisa que só o mundo português é capaz de fazer, pois é só pela via da nacionidade que vem a atualização constante das tradições (aggiornamento contra-revolucionário).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2017.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Reflexão sobre litigância de má-fé (caso Lula x Marco Antônio Villa)

1) Posso estar errado, mas, que eu saiba, litigância de má-fé é considerado ato atentatório à dignidade da Justiça. Lula poderia ser enquadrado no crime de exercício arbitrário das próprias razões, pois fez uma pessoa honesta sentir o peso de estar sentado no banco dos réus, o que é desumano.

2) Lula sabe que os tempos de hoje são de ativismo judicial - e ele não hesitará usar seu exército de advogados de modo a forçar a condenação de juízes, promotores e delegados envolvidos na Lava-a-jato por supostos (e falsamente alegados) abusos de autoridade que, no plano da realidade dos fatos, jamais cometeram. O demônio de Garanhuns parte da seguinte lógica: se colar, colou.

3) O fato de ter perdido a queixa-crime que moveu contra o professor Marco Antônio Villa já abre precedente para se questionar a boa-fé objetiva dele, enquanto autor, e isso já poderia ser tomado como um um mau antecedente, pois fez inocentes sentarem injustamente no banco dos réus.

4) Bom, é como vejo a questão, do ponto de vista do Direito Natural. Por isso que não ligo muito pras leis brasileiras, pois elas estão fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2017.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Sobre a importância de salvar o progresso de sua partida, nos jogos de videogame (e uma analogia disso com a vida real)

1.1) Uma coisa que aprendi nos antigos adventures dos anos 80 e 90 do PC é que é preciso ter o hábito de salvar os jogos com freqüencia, de modo a explorar todas as possibilidades de ação possíveis dentro do jogo.

1.2) À medida que você vai progredindo no jogo, novas possibilidades de ação vão surgindo de modo a que você possa experimentar e descobrir qual pode ser o melhor caminho possível ao seu jeito de jogar, que é de certo modo um jeito de ser. E quanto mais se avança, mais possibilidades se acumulam ao longo do tempo - o que faz com que os jogos de estratégia acabem imitando a vida real neste aspecto, pois as possibilidades são tantas, quase infinitas, que se torna conveniente e sensato se especializar em determinados ramos de saber de modo a que você progrida tanto intelectualmente quanto espiritualmente.

1.3) Por isso, quando você está numa circunstância de jogo onde há um leque de opções a explorar, salve a partida e experimente todas as possibilidades de ação, pois é somente assim que você ganha experiência enquanto jogador.

2.1) No caso da vida real, a única maneira de salvar uma experiência vivida é registrando-a por escrito. E para se viver bem, você precisa conhecer a experiência dos que estiveram em vida antes de você, de modo a que você se mantenha num caminho reto e virtuoso, conforme o Todo que vem de Deus. Se não houvesse tradição, a gente viveria a vida em pecado constante, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo.

2.2) Se a Ciência Política estuda todas as possibilidades de ação humana possível de tomada do poder, então é indispensável que você aprenda tudo o que é preciso saber por meio de simuladores - ali está toda a experiência acumulada dos livros condensada em algo claro e prático, de modo a ser facilmente visualizado e percebido. E neste ponto, nada é mais didático do que jogos de simulação e estratégia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2017.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Todo apátrida nascido nestas terras, no sentido biológico do termo, é um insano

1) Enquanto algumas pessoas passaram a ser chamadas de loucas num mundo pós-COF, eu, antes mesmo de fazê-lo, já era chamado de louco ou de radical anacrônico.

2.1) É aquela máxima de Lênin: acuse-os do que você realmente é.

2.2) Quem me acusa de louco não tem amor pela verdade, uma vez que sabedoria humana pura é loucura ante os olhos de Deus. E quanto menos amor pela verdade, mais insanidade.

2.3) O que é a psicopatia senão pensar sistematicamente em falsear? Começa como um hábito para depois se tornar vício, a tal ponto que você perde o controle. E quanto mais habilidade verbal, quanto mais tendência à extroversão, maior a tendência de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Não é à toa que é uma doença, pois isso nos leva à esquerda do Pai sistematicamente.

3.1) Concordo com o Fernando Petersen quando diz que o nativo desta terra está doente, mas me recuso a dizer que este doente é brasileiro, pois o verdadeiro brasileiro toma o país como um lar em Cristo com base na missão que recebemos do Cristo Crucificado de Ourique de modo a servir a Ele em terras distantes - e isso pede vida reta, fé reta e CONSCIÊNCIA RETA, ou seja, uma escolha virtuosa de vida, uma vocação, nem que seja extraindo pau-brasil, como era antigamente.

3.2) Como o nativo desta terra nega a Deus, e está obstinado em conservar isso conveniente e dissociado da verdade, então a terra está desligada do Céu - por essa razão, ele é apátrida. E apátrida, até onde sei, não tem direito algum enquanto não fizer as pazes com Deus e praticar todos os atos de desagravo necessários em relação aos erros constantes e sucessivos que levaram esta terra à apatria sistemática.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2017.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Notas preliminares sobre uma possibilidade histórica hipotética que me passou pela cabeça

1) Me passou agora pela cabeça revisitar aquela idéia dos partidos português e brasileiro, que havia no Primeiro Reinado. E estou tentando especular sobre o que aconteceria se tal realidade existisse no Segundo Reinado, quando vieram os imigrantes, sobretudo italianos, alemães e japoneses.

2) Se essa realidade existisse, surgiriam o partido italiano, o partido alemão e o partido japonês. E o caráter nacional desses partidos está no fato de tomar o Brasil e esses países de origem como um lar em Cristo, de maneira vis a vis. E os imigrantes, por estarem tomando o Brasil como um lar, em Cristo, seriam brasileiros, pois teriam representantes no Parlamento Imperial da mesma forma como tem representação na Alemanha, Itália ou Japão desde o exterior. Quando se toma dois ou mais países como parte do mesmo lar em Cristo, eu não vejo problema.

3.1) O problema ocorreria por força de como esses imigrantes chegaram ao Brasil: Itália e Alemanha, quando unificaram seus países, adotaram toda uma legislação de inspiração liberal totalmente fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2) Muitos dos imigrantes eram casados no regime do casamento civil, enquanto o Brasil Império adotava o regime do batistério. Eles precisariam ser cristianizados antes de serem assimilados como parte da nova terra, já que seriam considerados apátridas.

3.3) No entanto, a solução proposta pelo Visconde de Taunay foi reconhecer o casamento civil válido, para efeito da entrada desses imigrantes - e isso abriu o precedente para que o casamento civil e o registro civil fossem estendidos a toda população, acabando de vez com a Aliança do Altar com o Trono, coisa que veio com a República.

3.4) Muitos desses imigrantes já estavam contaminados pelas idéias nacionalistas, de tomar o país como se fosse uma segunda religião, a tal ponto que iriam querer criar países dentro do país, de modo a fomentar separatismo, tal como o Eric Silva bem apontou. E ele está certo.

3.5) Um dos erros da política pró-imigração no Império foi que ela focou mais o desenvolvimento econômico fundado no amor ao dinheiro do que aquilo que se conhecia desde Ourique, uma vez que a chaga liberal acabou fincando raízes no Brasil. Aliás, desde que o Brasil se separou do Reino Unido, inventou-se a alegação de que ele era colônia - e o país foi trocando o que foi edificado em Ourique pelo quinhentismo - e o país começou a ser tomado como se fosse religião até desaguar na República.

4) Essa questão dos partidos dos imigrantes pediria toda uma estrutura que já não havia mais por conta do vintismo. E tal como falei num artigo anterior, essas camadas de mentalidade revolucionária precisam ser retiradas de modo a que esta questão seja bem vista à luz daquilo que foi fundado em Ourique.

5.1) É algo bem complexo, o que demanda tempo e muita reflexão. Embora tenha me passado pela cabeça de maneira embrionária, eu não escrevo a primeira coisa que me vem à cabeça sem antes meditar e muito sobre essa questão, pois escrever é um ato muito sério e tento fazer isso do modo mais responsável que faço.

6) Enfim, esse exercício de trazer para o Segundo Reinado o partido português e o partido brasileiro em tempos da chegada dos imigrantes é um bom exercício de pensamento em ciência política, pois há possibilidades de ação hipotéticas aí que podem vir a ser reais, se houver toda uma conjuntura nacional e internacional favorável a isso, o que não deixa de ser realista, ainda que não possa ser vista, no momento em que escrevo este texto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2017.