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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Para amar seus inimigos, você precisa ter um vínculo com eles

1) Um mau Rei ou um mau Papa é que nem um pai cheio de defeitos: você o suporta, pois não você não pode escolher um pai melhor.

2) No Cristianismo, amar uns aos outros implica suportar aquele que é cheio de defeitos - e em alguns casos, ele pode ser até seu pior inimigo. Se devo amar meus inimigos, então é nesta relação com o pai ou com a mãe que tenho que exercitar essas virtudes, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) É muito fácil odiar seu inimigo quando você não tem vínculo com ele. Um presidente da República é sempre um usurpador, um aventureiro, pois ele encarna o que há de pior no povo (e o Lula é o arquétipo disso que falo). Defenestrá-lo é algo fácil.

4) Por isso que as lições de Cristo se aprimoram onde há vínculos. Quando tenho vínculos com alguém por força de parentesco, eu devo amar meus inimigos. Como o Rei toma o povo como parte da Família, eu devo suportar o meu Rei, quando faz aquilo que o Papa Francisco faz: coisas que não são próprias de quem é pai de muitos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2016.

Notas sobre o problema da expressão "pagador de impostos", uma expressão que virou moda ultimamente

1) Virou moda usar a expressão "pagador de impostos", ao invés de "contribuinte". Digo "ao invés de" porque, embora pareçam expressões equivalentes, na verdade as razões de ser dessas expressões são antagônicas, posto que uma se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus e outra se funda no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) A expressão "pagador de impostos" parte do pressuposto de que o Estado é sempre o problema, quando na verdade o Estado é só um instrumento. Tal como uma arma, não é a arma que mata, mas quem dispara a arma.

3) O Estado como pessoa jurídica sempre precisará de uma pessoa física atuando na direção de modo a realizar algum ato praticado em nome da pessoa jurídica, uma vez que sozinha, sem mãos humanas, não poderá praticar tal ato.

4) Para quem toma o país como um lar, fundado na Aliança do Altar com o Trono, todos os que estão sujeitos à autoridade do Rei são chamados a colaborar com a missão salvífica de servir a Cristo em terras distantes. Por isso, o termo "contribuinte" não é errado.

5.1) O termo "pagador de impostos" parte da ética protestante - nela, o ser humano não crê na fraternidade universal, coisa que vem de Cristo.

5.2) Geralmente, nesse ambiente a riqueza é sinal de salvação e todos têm a verdade que quiserem - geralmente são seres mesquinhos.

5.3) Quando a lei é usada para fazê-los cumprirem obrigações que são próprias da sobrevivência da coletividade, esses geralmente vão sonegar e vão acusar que o Estado é o problema, quando o problema é o ser humano que está exercendo a Chefia de Estado ou a de governo.

6) Enfim, o termo "pagador de impostos" é fora da realidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2017.

Comentários adicionais:

Marcelo Dantas:

1) Imposto, como a palavra diz, é uma imposição. Contribuinte é quem contribui voluntariamente para uma causa, porém esta causa não foi imposta burocraticamente. A contribuição sindical é um exemplo disso . Não é uma contribuição; é uma imposição - por isso, imposto.

2) A palavra "contribuir" foi tomada em alguma era pelo movimento revolucionário para abrandar essa imposição estatal em detrimento ao pensamento coletivista.

3) A palavra "contribuir" sofreu uma transfiguração desconstrutivista, adotando outro sentido. Um sentido contrário ao que realmente significa no senso comum

José Octavio Dettmann:

1) Dentro de um contexto em que se deve servir a Cristo em terras distantes, contribuir com a missão salvífica é uma forma de arcar com esta missão, pois ela nos foi dada por força de lei natural - e a lei é fonte de deveres, de obrigações. Ela é um encargo distribuído, um communus, em que o Rei e os sujeitos à sua autoridade são solidários.

Marcelo Dantas:

1) Como Cristão, servir a Cristo é um prazer e nunca uma imposição.

2) Já no Estado Republicano, que utiliza o imposto para tentar nos distanciar tanto do Trono quanto do Altar, o imposto na maioria dos casos é uma ferramenta de autoflagelação espiritual e moral, pois o Estado é tomado como se fosse religião.

Por que a interrupção da prescrição não é boa para o contribuinte?

1.1) Você está jogando um jogo de videogame baseado em fases.

1.2) Vamos supor que sua mãe te chame para jantar. Você pausa o jogo, janta e retoma o jogo. No Direito, quando o prazo é "pausado", isso se chama suspensão. Um exemplo, sua namorada contraiu uma dívida com você. Você se casou com a sua namorada - enquanto houver o casamento, o prazo da cobrança da dívida fica pausado. Ocorrido o divórcio, o prazo é retomado a partir do momento em que ocorre o divórcio.

1.3) Vamos supor que você esteja na última fase, enfrentando o chefe final e está prestes a terminar o jogo. De repente, você reseta o jogo - todo o trabalho foi pro saco e você volta tudo à estaca zero. No Direito, isso se chama interrupção - nela, o prazo é "resetado". Se o processo é um jogo, o que vai querer fazer de tudo para que a dívida prescreva ou que o crime prescreva vai se dar mal. Se o prazo for resetado, o espertalhão vai dizer isto: "Fodeu! Voltamos tudo à estaca zero".

2) Quando ocorre interrupção, tudo o que foi produzido vai pro espaço. Todo o gasto de material e de mão-de-obra será jogado fora. Considerando que é dinheiro do contribuinte jogado na lata do lixo, por conta de se mover inutilmente a máquina pública, então a lei deve restringir ao máximo os casos em que ocorre interrupção do prazo prescricional.

3) Quando há processo envolvendo a Fazenda Pública, o maior prejudicado é sempre o contribuinte, o pagador de impostos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2017.

A descapitalização moral ocorre de heresia em heresia, em que uma serve de caminho para a outra

1) Se todos têm o direito de dizer a verdade desejada, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, então não há quem me impeça de dizer que há um Deus do bem e um Deus do mal.

2) Quando digo que todas as religiões são boas, eu estou também dizendo que o deus do mal é também deus bom e que a escravidão, que é coisa do demiurgo, também uma coisa boa.

3) Da liberdade para o nada, o maniqueísmo renasce. E é por haver maniqueísmo que há relativismo. E o que é mau passa a ser promovido como se fosse algo bom.

4) É de heresia em heresia que ocorre a descapitalização moral e cultural de uma civilização, a ponto de ela ser destruída, pois não oferecerá resistência ao golpe fatal.

Islamismo + Comunismo = muito mais mortes

1) Olavo disse que a maior desgraça do mundo é o ateísmo militante, posto que matou muita gente.

2) Mais grave ainda é quando esquemas sofisticados de ateísmo militante, como o islamismo, se lançam a conquistar o mundo por meio da violência militar.

3) Quando dois esquemas sofisticados de ateísmo militante se unem, a necrologia será ainda mais devastadora.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2017.

Por que islamismo não é religião? Argumentos lógicos a respeito disso

1) Se Allah fosse deus, ele seria um deus do mal, um demiurgo. Escravidão é algo que vem do mal e eliminar os infiéis, os supostos inimigos, a fio de espada não é coisa que é própria do Deus verdadeiro, pois o Deus verdadeiro nos ensinou que devemos amar aos nossos inimigos, uma vez que eles não sabem o que fazem.

2) Ora, demiurgo não existe, uma vez que o mal se dá a partir da ausência do bem. E o Deus verdadeiro age no bem e não no mal.

3) No Alcorão, escravidão e uso de violência contra os infiéis é direito. Se Allah fosse Deus, esta é prova cabal de que é um deus do mal.

4) Logo, Allah não existe, pois é um falso deus. Logo, o islamismo não é religião, mas um esquema de dominação global mascarado de religião. É uma forma sofisticada de ateísmo, pois nega a verdade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus e nega que Cristo seja a verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2017.

Notas sobre comércio e comunitarismo

munus - encargo

communus - encargo distribuído a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Daí vem comunhão e comunidade, pois este encargo faz um país ser tomado como se fosse um lar, em Cristo.

commercio - communio mercio - comunhão de meios de troca.

1) Por sua natureza o bem comum implica não intervir nas trocas que são leais e pacíficas, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) A comunhão de bens e serviços se dá em praça pública, feita por pessoas responsáveis, que tratarão ao outro como um espelho de seu próprio, uma vez que o cliente vê no carpinteiro o Cristo que sucedeu a São José Operário, dos 18, quando atingiu a maioridade, até cerca de 30 anos, quando assumiu seu ministério, sua missão salvífica.

2.2) Se Cristo foi carpinteiro, ele também foi consumidor, pois comprava coisas de modo a manter o sustento da família.

2.3) Se Cristo é Deus e pode ser visto em todas as coisas virtuosas, então Ele pode ser médico, juiz, Senhor dos Exércitos, exorcista.

2.4) Se Cristo é Deus e é onipotente e onissapiente, então Ele pode exercer bem qualquer profissão e isso para Ele não é impossível. Ele pode ser escritor, advogado, engenheiro. Ele é capaz de exercer profissões que neste tempo presente não conhecemos e que podem vir a surgir no futuro. Por isso que não podemos fazer sola scriptura neste ponto, a ponto de limitar a onipotência, a onissapiência e a onipresença divina. Afinal, o Todo é maior do que a soma das partes - e isso vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2017.