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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Notas sobre ideal republicano e cristianismo


1) No Império Romano, o ideal republicano se funda no fato de que nenhum homem terá poder sobre outro homem.

2) Esse ideal republicano só pode ser estabelecido dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus e não no materialismo utilitarista dos pagãos. Se nos amarmos uns aos outros tal como Jesus nos amou, então seremos escravos uns dos outros, tendo por base a conformidade com o Todo que vem de Deus. Se o amor é o mandamento de todas as coisas, então isso se funda na verdade, coisa que estabelece a liberdade. Por isso que não há santa liberdade sem caridade, sem santa escravidão - e como essa liberalidade, essa magnificência, foi tornada ordem por força de autoridade de Deus, que se fez homem e esteve entre nós, então isso é liberalismo, no sentido verdadeiro do termo. E esse liberalismo se mantém vivo porque conservá-lo é conveniente e sensato - e se funda na dor de Cristo, pois Ele deu sua vida para nos salvar do pecado.

3) Para que isso se materializasse de forma prática - já que política, quando organizada, promove a caridade -, Deus escolheu um homem honrado de modo a que servisse de exemplo para todo o povo. E esse homem exemplar, que imita sistematicamente a Cristo, é o servo dos servos ao ser o senhor dos senhores de sua pátria. Por isso, ele é o primeiro cidadão, o príncipe. E a função do príncipe é moderar a política, de modo a proteger o povo dos maus governantes.

4) Quando um mesmo povo habita outras localidades, localidades essas onde os moradores das cidades recém-fundadas mantêm vínculos familiares e comerciais com os habitantes de cidades mais antigas, então nós temos um reino. Por natureza lógica, reinos são territórios pequenos, equivalentes ao tamanho dos Estados da nossa federação - por conta disso, o Rei precisa estar sempre viajando.

5) Quando povos diferentes se juntam de modo a servir a Cristo em terras distantes, nós temos um Império, que é mais do que um Reino, pois precisa de toda uma estrutura burocrática funcionando, já que viajar por todas as terras do Império é impossível - eis o fundamento do governo de representação. Além disso, entre povos diferentes não há esses laços dinásticos, familiares, por conta da miscigenação - e a unidade entre esses povos se dá por conta do fato de que Cristo é o verdadeiro Senhor dessas terras - e por conta disso, Ele escolheu D. Afonso Henriques e seus sucessores como cabeças do Império, pois Cristo também quis um Império para si, já que combater a heresia islâmica pede exércitos dedicados ao manejo da espada e exércitos de colonos dedicados ao manejo do arado, além de um exército de sacerdotes prontos a manter esses guerreiros lutando e a manter os servos trabalhando, pois a vida dura do feudo pode perder o sentido, sem Cristo. Como são laços novos, transcendentes, isso leva necessariamente a uma verdadeira ordem global, coisa que se estende por toda a Terra. E isso vai muito além da natureza de um reino.

6) Como as relações no Império são mais complexas do que na República, manter o ideal republicano vivo só pode ser possível somente sob Cristo e tendo o Imperador como o modelo daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Por isso, é crucial para o Império do Brasil que os imperadores sejam católicos devotos, pois o apostolado do exemplo é a marca do que foi edificado em Ourique.

Notas sobre racismo e sobre como se deve resolvê-lo

1) O contexto do racismo está intimamente ligado a uma sociedade cada vez mais descristianizada.

2) O começo da descristianização começa a partir do momento em que a autoridade da Igreja é atacada sistematicamente. Onde não houver uma autoridade sagrada exercendo o sagrado magistério, ali não haverá repressão às heresias, a tudo aquilo que é conservado conveniente e dissociado da verdade.

3) Um dos exemplos disso é a liberdade de se interpretar a Bíblia de maneira particular, tal como foi estabelecida por Calvino. É através do livre exame da Bíblia que surge a cultura de eleitos e condenados, sintoma da não-crença da fraternidade universal, coisa que vem de Deus. Se juntarmos isso com o ambiente higienista, materialista e cientificista dos tempos modernos, a heresia calvinista se estende à noção de raças, a ponto de dizerem que Deus elegeu os brancos e condenou os não-brancos. Eis a doutrina do destino manifesto, coisa que edificou a pseudocivilização americana.

4.1) O racismo nada mais é do que dizer que certas raças são eleitas em detrimento das outras - e essa salvação se dá pela riqueza. E isso é um prato cheio para a luta de classes.

4.2) Há quem me pergunta: como se combater essa falsa cultura, pondo no lugar dela uma cultura verdadeira, própria da conformidade com o Todo que vem de Deus?

5.1) Um dos segredos já foi apontado pelo Papa Leão XIII. A luta de classes se combate com concórdia entre as classes, tal qual está na Rerum Novarum - da mesma forma, a luta entre raças, pois o racismo é uma luta de classes usando o conceito de "raça",  pois devemos trocar o conflito pela concórdia entre as raças, através do fato de amarmos uns aos outros tal como Cristo nos amou.

5.2) Se a guilda era uma associação de pessoas de uma mesma classe fundada no fato de que os companheiros amam-se uns aos outros tal como Deus nos amou, a ponto de termos o pão nosso de cada dia, então a guilda, nos mesmos moldes da época medieval, seria um microcosmos das nações unidas sob Cristo - e nela não haveria essa hipocrisia tal como vemos na Assembléia das Nações Unidas (antigamente chamada de Liga das Nações).

5.3) Como o local é um microcosmos do global, então o combate aos problemas do modernismo passa necessariamente pelo restabelecimento daquilo que é próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus. E a fé verdadeira, quando praticada sistematicamente de maneira sincera, leva a uma cultura sincera, pois a verdade é o fundamento da liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2016 (data da postagem original)

Resumo histórico-bíblico acerca do que defendi até agora

1) Quando alguém começa a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se afastar da amizade com Deus, então nós dizemos que esta criatura pecou. Quando criaturas pelo mundo afora pecam sistematicamente neste sentido, então elas estão edificando uma verdadeira Torre de Babel, a ponto de quererem ser o que não são: Deus. Eis a gênese da ordem revolucionária fundada num comportamento revolucionário - como o comportamento revolucionário sistemático é fruto de uma intenção maligna, posto que é deliberadamente planejado, então isso permite explicar a mentalidade revolucionária desde a origem do mundo, tal como está nas Sagradas Escrituras.

2) Como só Deus é capaz de converter algo ruim em algo bom, então Ele precisou estabelecer toda uma estrada a ponto de que as pessoas fiéis àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, uma minoria dentro desta circunstância a ser enfrentada, pudessem passar, a ponto de verem o Messias proclamar a verdade, que é aquilo que o é em pessoa e que veio para nos salvar desse pecado. E para isso, através da carne, Ele precisou pregar um apostolado da verdade, cuja lei se dá na carne.

3) É através desse apostolado - que implica a presença de alguém diante da realidade da Criação, própria da conformidade com o Todo que vem de Deus - que temos a liberdade. E como essa liberdade é nobre, sublime, então a liberalidade leva à caridade. Como a caridade decorre da bondade, e isso é atribuído ao Espírito Santo, então é liberalismo, pois foi proclamado publicamente por alguém investido nisso, já que Jesus é Deus que se fez homem e o fez de forma pública entre nós, em comunidade. Durante todo o seu apostolado, o Deus que se fez carne teve o Espírito Santo como o seu guia, até o momento em que Ele foi pregado numa cruz, descer à mansão do mortos e ressuscitar no terceiro dia - como Ele estará conosco até o fim dos tempos, já que Ele venceu a morte, então o Santo Espírito de Deus nos guiará - e isso é um ato de distributivismo, pois é bondade sistemática.

domingo, 26 de junho de 2016

Notas sobre a definição de inteligência

1) Inteligente é aquele que apreende as coisas da realidade - uma vez conhecidas as coisas que devem ser conhecidas, ele passa a observá-las, uma vez que isso leva à conformidade com o Todo que vem de Deus. E a melhor forma de aprender a amar a realidade é conservando o que é conveniente e sensato - e deve fazer isso sistematicamente até aprender a conservar a dor de Cristo, cujo memorial, a nossa Páscoa, edifica a verdadeira liberdade.

2) Aquele que observa enquanto estuda as coisas da realidade, mas só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, ele não pode ser tomado como uma pessoa inteligente. É uma pessoa extremamente malévola, revolucionária, pois, por conta da sabedoria humana dissociada da divina, agride com o seu intelecto todas as coisas que decorrem da conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de estabelecer uma falsa ordem, a qual escolheu por arbítrio ser verdadeira, mas que para Deus é sabidamente falsa.

sábado, 25 de junho de 2016

Notas sobre o amor

1) Amor pressupõe conhecer aquilo que é conhecido e observá-lo. Do conhecimento da verdade vem o amor - e isso é sólido como uma rocha. Se liberdade é o ar, então o amor livre faz o que é sólido se desmanchar no ar. E o sólido, para chegar ao gasoso, terá de passar por uma transição: o liquido, que tem a propriedade de assumir a forma do sólido. Eis a modernidade líqüida gerando um amor líqüido, fundado naquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Liberdade voltada para o nada é libertarismo - e conservar isso conveniente e dissociado da verdade é estar longe da memória da dor de Cristo, daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

Estrutura das palavras em polonês

przez - diapostivo

diapositvo - uma imagem fotográfica colorida, transparente

roczy - olhos

Os olhos que se fazem o trabalho de olhar para algo colorido e transparente vêem tudo => przezroczyste

A verdadeira ordem é frágil e para ser mantida pede a eterna e santa vigilância

status quo - a situação vigente

rozbite szkło - vidro quebrado

1) Quando a situação vigente é conforme o Todo que vem de Deus, conservá-la é um dever de sensatez, pois ela edifica liberdade verdadeira, fundada no amor ao próximo, tal como Cristo nos amou. E isso é tão pedagógico que o progresso dessa liberdade se faz conservando sistematicamente a memória da dor de Cristo, pois é a nossa verdadeira Páscoa.

2) Mas isso é frágil como vidro - os revolucionários sabem disso e farão de tudo para quebrá-lo, de modo a estabelecer uma nova ordem fundada naquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Tal como Mises falou, as galinhas assadas voam direto para a boca dos camaradas. Com a vidraça quebrada, certamente farão rosbife das vacas sagradas, dessacralizando tudo aquilo que decorre da conformidade com o todo que vem de Deus. E isso o MST já está fazendo há bastante tempo.