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sábado, 25 de fevereiro de 2017

O arquivista de hoje prepara o caminho para o livreiro de amanhã

1) As digitalizações que faço são uma espécie de backup do livro físico, nas atuais circunstâncias. Uma vez que eu crio uma versão virtual do livro de papel, eu passo a ter uma versão portátil do livro, de modo a que eu possa lê-lo quando estiver fora de casa. Por enquanto, o Rio de Janeiro não é uma cidade segura, mas vai chegar um dia em que esta República vai acabar, a monarquia vai voltar e o senso de tomar o Brasil como um lar em Cristo será restaurado. E quando esse dia chegar, eu poderei usufruir da liberdade que eu mesmo estou a construir tanto para mim quanto para os meus sucessores. Nesse dia, eu poderei levar meu tablet para ler os livros que eu mesmo digitalizei, sem correr o risco de ser roubado.

2) Além desse backup, a digitalização que faço é uma forma de fazer com que meus pares, que estão dispersos em terras distantes, tenham acesso às fontes de meu trabalho, apesar de não poderem estar presentes em minha casa, aqui no Rio de Janeiro. E com isso, por meio do Dropbox, fomento reflexões e debates entre aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, multiplicando o conhecimento, ao partilhar os frutos do meu trabalho. Esta é outra contribuição que faço à comunidade, além dos escritos que produzo.

3) Quando os livros estiverem com os seus direitos autorais vencidos, eles poderão ser vendidos digitalmente, criando uma receita extra para a família. Eis a importância do arquivista para o trabalho de um futuro vendedor de livros. Ele se sacrifica de modo a criar um capital futuro, de modo a ser apreciado por quem vai sucedê-lo em seu trabalho. Eis aí algo que não se vê, mas que pagará seus dividendos a longo prazo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2017.

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