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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Notas sobre a desutilidade do verão carioca, por ser uma época improdutiva

1) Se há uma época do ano em que não gostaria de estar no Rio de Janeiro é justamente esta que abrange dezembro a fevereiro, época essa em que temos Natal, Ano Novo e Carnaval (as três principais festas do verão carioca). A cidade enlouquece - e a cidade neste estado não respeita o ir-e-vir de quem não está em conformidade com o Todo que vem do hedonismo ou do consumismo, coisas que edificam liberdade voltada para o nada.

2) Logo no dia 1º deste corrente ano eu conheci uma paulista no Twoo que estava passando o Ano Novo aqui no Rio e disse que estava afim de me conhecer pessoalmente. Se esta cidade não fosse a loucura que é e se fosse segura para os seus habitantes, não me incomodaria de sair de casa para encontrar-me com ela. Infelizmente, eu sou realista: se há uma época do ano em que eu quereria mesmo estar fora do Rio é esta época agora, pois a cidade fica inviável, improdutiva para se viver ou trabalhar nela.

3) Se eu fosse prefeito, eu acabaria com o Carnaval - e em parceria com o arcebispo metropolitano, recristianizaria o Natal e o Ano Novo. Eu prefiro tomar esta cidade onde moro como se fosse meu lar a vê-la entregar-se ao capitalismo hedonista que edifica liberdade para o nada, a ponto de estar nesta anarquia revolucionária no seu mais alto grau. Há certas circunstâncias em que o amor ao dinheiro não pode ditar o ritmo de uma cidade - e esse tipo de coisa precisa chegar a um fim já.

4.1) Alguns idiotas vão pensar que eu sou comunista. Comunista é a PQP! Eu sou católico - e abomino esta ordem econômica fundada na ética protestante e o comunismo, pois ambas as coisas não têm fundamento em uma pessoa que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2) Tal como o professor Olavo de Carvalho bem disse, esses dois regimes não são antagônicos - na verdade, um prepara o caminho para o outro. É justamente por isso que nós perdemos a liberdade de ir-e-vir aqui no Rio, pois apologia ao consumismo e sem-vergonhice só traz desgraça - e não há nada de bom nisso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2017.

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