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sábado, 6 de maio de 2017

Notas sobre a animalização da linguagem

Comento este estudo de caso: minha amiga Sara Rozante foi excluída de um grupo monárquico por criticar a Arábia Saudita por conta de suas políticas pró-islamismo, por serem anticristãs, o que desagradou certos pró-monarquia.

1.1) Vejo muitos movimentos monarquistas que apoiam a Arábia Saudita só porque ela é uma monarquia. Essa gente parece não perceber que esse mesmo país é muçulmano e está sempre espalhando o mal pelo mundo.

1.2) Minha amiga Sara Rozante denunciou esse tipo de comportamento de certos movimentos monárquicos. Essa gente reduziu a luta pela restauração da monarquia a uma ideologia e acabou por excluí-la do grupo de discussão.

2.1) Este é um exemplo de animalização da linguagem.

2.2) Não é porque sou monarquista que estou fechado à realidade do Brasil.

2.3.1) Do jeito como andam as coisas, eu sou favorável à intervenção militar, pois o momento atual já caracteriza um estado de exceção.

2.3.2) No entanto, por conta da presença do positivismo na caserna, o campo de visão dessa gente é bem estreito, a tal ponto que a intervenção militar se reduzirá à salvação do regime republicano, esse mesmo regime que nasceu da perfídia que fizeram para com o Imperador e que nos deixou órfãos de pai por 128 anos. Afinal, nada de bom virá de algo ilegítimo.

3.1) Este é o problema pelo qual os grupos não estão agindo em unidade: a linguagem está animalizada.

3.2) Bem que o Olavo tem razão ao dizer que é preciso um trabalho de restauração da linguagem antes de haver uma ação política, uma vez que a ação política pede um encontro de pessoas, um encontro real de individualidades de modo que possam discutir a estratégia de ação e combater em conjunto naquilo que é preciso. E nas atuais circunstâncias, é mais fácil de se fazer isso fora da internet, embora a rede seja um bom meio para se combinar um encontro.

3.3.1) As pessoas não querem se conhecer - só querem saber se você se enquadra na ideologia ou não. Como vai haver um grupo de trabalho para a desconstrução da ideologia se nem mesmo sei se o sujeito ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento?

3.3.2) Ainda que se digam cristãs, as pessoas que falam coisas que são fora daquilo que Jesus pregou e ensinou já apontam que as mesmas encontram-se fora do que é conforme o Todo que vem de Deus - e isso é lógica, pois não estão fazendo do sim um sim e do não um não. A postura delas tende sempre a conservar algo que conveniente para elas e dissociado da verdade, dado que estão muito presas à matéria, tal qual Judas Iscariotes.

3.3.3) Afinal, elas não estão se encontrando com uma pessoa, que é a verdade em pessoa. Não é à toa que estas são as maiores vítimas da animalização da linguagem, pois acabaram por reduzir o cristianismo a uma crença de livro, a uma sola fide e a uma sola scriptura. E isso é degradação da inteligência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de maio de 2017 (data da postagem original).

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Maryland, terra onde começa a verdadeira nacionidade americana (e sem americanismo)

1) Segundo Alex Catharino, Maryland tem esse nome por causa da rainha Maria Tudor, irmã de Elizabeth I.

2) Na verdade, Maryland foi uma colônia fundada por católicos liderados pelo Lord Baltimore, os quais haviam fugido por conta da perseguição do Rei Henrique VIII. É terra da Virgem Maria, Nossa Senhora. O bispado primaz dos EUA fica em Baltimore.

3) Se os EUA tiverem de ser consagrados ao Sagrado Coração de Jesus, isso deve ser feito em Maryland (ad Iesu per Mariam, nada mais lógico).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de maio de 2017.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Que caminho seguiria se tivesse 14 anos hoje?

1.1) Se tivesse meus 14 anos hoje, temperados com tudo o que já vivi no Direito e na rede social, meu maior sonho seria fazer jornalismo esportivo numa faculdade americana. Meu maior sonho seria trabalhar na YES (Yankees Entertainment and Sports Network) e cobrir os jogos do Yankees, meu time de baseball favorito.

1.2) Se não pudesse trabalhar na YES, eu aceitaria trabalhar na MASN (que cobre os jogo do Baltimore Orioles) ou NESN (que cobre os jogos do Boston Red Sox).

2.1) Hoje, as circunstâncias são mais favoráveis do que na época em que me vi a escolher um caminho.

2.2) Estaria aprendendo muito mais do que aprendi na escola - e tal como houve na época do grande expurgo de 2007, eu teria deletado meus colegas de sala e ficado só com aqueles com os quais tenho algo a aprender. Faria voto de pobreza em matéria de opinião - e não diria nada até o dia em que teria conhecimento de causa de modo a dizer o que digo hoje.

3.1) Se fosse jornalista esportivo, eu teria dois perfis: um só sobre coisas do time que estou a cobrir e um outro só para essas coisas que faço por aqui.

3.2.1) Quem quisesse conhecer meu trabalho de analista político acerca da realidade brasileira, eu deixaria a pessoa se sentir à vontade. Só não sou muito acolhedor com esquerdistas, nem com gente que é anticatólica ou antimonárquica.

3.2.2) Afinal, quem conhece meu pensamento sabe que não considero essa gente compatriota, dado que não tomam o país como um lar tendo por fundamento o Crucificado de Ourique - como são apátridas, por conservarem o conveniente e dissociado da verdade, jamais vou fazer aliança com essa gente, pois o poder não é destinado aos apátridas, mas para os que tomam o país como um lar em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus. E é isso que é estar à direita do Pai, pois este é o verdadeiro conservadorismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de maio de 2017.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Notas sobre a Pax Lusiada

1) Se um dos fundamentos do ideal republicano em Roma é o fato de que nenhum homem deve ter poder sobre outro homem, então a mais elevada da instituições criadas pelo Homem - o Estado, segundo Hegel - teria uma relação de senhoreagem e não de soberania. A relação seria por conta de um direito real, recaindo sobre terras e não dizer o direito entre os que estão sujeitos à lei do Estado, o que levaria à anarquia e aos abusos. Não é à toa que isso é o sonho de todo libertário-conservantista.

2.1) Os romanos se livraram da monarquia porque não queriam tirania, mas liberdade. Estavam corretos em dizer que a virtude republicana estava no bem comum, fundamento que faz tomar o país como um lar  - o único problema é que a verdade, Cristo, não estava entre eles. Eis aí porque Roma sofria dos problemas inerentes desse regime: a corrupção e os abusos.

2.2.1) Somente quando Cristo esteve entre nós, durante a Pax Romana - a qual foi convertida numa Pax Christiana -, que a república evoluiu numa forma de Império, com poder moderador.

2.2.2) Não seria mais um César, um imperador tomado como se fosse um Deus vivo, que diria o direito, mas um vassalo escolhido por Cristo de modo a servir a Ele em terras distantes, de modo a que atingisse a todas as nações do mundo. Este é o verdadeiro governo global.

2.3) De todos os impérios do mundo, contados desde o Império Acadiano, o único império que não foi fundado no esquema globalista foi o português, justamente porque foi fundado pelo próprio Cristo. É neste império que ocorrerá a Pax Christiana, pois Cristo é o verdadeiro augusto - nela, a causa nacional casa-se com a causa universal, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Se houver uma teoria do Estado específica do Império português, ela vai ter que acompanhar a gênese do Império Romano e saber de que modo o casamento entre Atenas, Roma e Jerusalém agradou o Senhor e produziu uma época em que os homens mais estiveram coprometidos com esse projeto salvífico e por que razão Deus considerou o dia 25 de julho de 1139 como o tempo oportuno para se implantar esse império de cultura, num tempo em que a Cristandade esteve seriamente ameaçada pela dominação muçulmana.

3.2) É como Cristo tivesse enxertado o que havia de bom na Pax Romana de modo a criar uma Pax Lusíada. É como se o templo do Senhor tivesse sido reerguido milagrosamente, após o templo ter sido destruído novamente pelos romanos.

3.3.1) Ao contrário da Polônia, Portugal não começou como uma casa de palha para depois se tornar uma casa de madeira e depois se tornar uma casa feita em pedra. Para dizer a verdade, a casa de pedra foi erguida milagrosamente, sem passar pelos estágios evolutivos.

3.3.2) Toda a experiência prévia estava lá. Além do milagre, havia ainda a alta cultura para ajudar. E é isto que talvez explique a natureza diferenciada deste Império.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de maio de 2017 (data da postagem original).

Por que legítima defesa não é aplicação da lei de talião?

1.1) Matar alguém, em si, é algo muito mal, pois atenta contra a Criação e contra o fundamento de que Deus veio para que todos tenham vida - e vida em abundância.

1.2) Agora, tirar a vida de um malfeitor, de um comunista, de um terrorista muçulmano, assim como de todos esses políticos que favorecem tudo isso que está a acontecer desde Brasília, é um bem, pois você está anulando, com justiça, o mal real ou potencial que eles estão praticando em prol do governo mundial, que é isso que essa gente tem perspectiva.

1.3) Afinal, trata-se de legítima defesa, pois a vida, o direito de colher dos frutos do próprio trabalho e o senso de tomar o país como um lar em Cristo, que nos prepara para a pátria definitiva - a qual se dá no Céu -, constituem bens supremos que devem ser observados e protegidos, dado que constituem todas as coisas essenciais da vida humana fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) Você pode me dizer que não podemos pagar o mal com o mal, mas eu discordo disso. Seria pagar mal com o mal se eu aplicasse a máxima da lei de talião ou a teoria dos equivalentes causais: olho por olho, dente por dente. Exemplo: se minha mãe fosse morta por um bandido, então a mãe do bandido que matou minha mãe tinha que ser morta.

2.2.1) Talvez a mãe do bandido seja santa e esteja rezando pela santificação de seu filho, que está a viver à margem da lei - por isso, seria insensatez pagar o mal que este me causou ao matar a mãe desse bandido, que pode estar fazendo algo bom para mim ao rezar pela salvação dele, ainda que eu não saiba.

2.2.2) Se tivesse de aplicar a lei de talião, isso seria insensatez- até porque Deus sabe todas as coisas e a graça, neste caso, é maior do que a lei. Se, ainda assim, a minha insensatez prevalecesse sobre a razão, eu seria conservantista - e estaria pecando contra a bondade de Deus. E a burrice se caracteriza por isto: conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e não é à toa que é um pecado contra o Espírito Santo, coisa que Deus não perdoa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de maio de 2017.

terça-feira, 2 de maio de 2017

The Ways of History: uma análise do jogo

1) Estive experimentando um jogo muito bom. Lembra o Civilization 2 e é em tempo real. Trata-se do jogo Ways of History.

2) Você começa na Idade da Pedra e vai até os tempos atuais. O mapa é gigantesco e comporta 6000 cidades-Estado, onde cada cidade-Estado representa um jogador. Do grupo de jogadores, uma nação é formada.

3) Você pode fazer comércio de uma infinidade de produtos, começando desde o escambo até a moeda.

4.1) É bem simples, mas é viciante. Além disso, é gratuito para jogar - basta instalá-lo no Steam.

4.2) Foi desse jogo que tirei reflexões sobre a questão da pilhagem, pois nele você pode fazer da guerra um meio de obter riquezas, como faziam os assírios. No caso, eu fazia isso saqueando as colonizações bárbaras.

5.1) Como não tenho todos os livros de que necessito, os jogos me dão todo o suprimento necessário para que eu possa ver as coisas mais claramente.

5.2) Ver a direita falando um bando de asneira a respeito dos jogos de estratégia é perder uma excelente oportunidade para se aprender alguma coisa, sobretudo quando você não tem a oportunidade de comprar certos livros, principalmente os que vêm dos EUA.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2017.

Notas sobre o nascimento de Cristo e a confirmação da Pax Romana nos planos salvíficos do Senhor

1) Estabelecida a concórdia de classes por força da Pax Romana, ocorreu um evento único na História da Humanidade: o nascimento de Cristo, quando Deus veio a nós de modo a elevar os homens decaídos pelo pecado.

2) O salvador prometido nasceu em tempos de dominação romana. Não veio para libertar os judeus dos romanos: veio para salvar a todos, pagãos e judeus. A pax romana era o tempo favorável para a renovação dessa verdade, uma vez que Grécia, Roma e Jerusalém estavam reunidas sob o mesmo Império.

3.1) De seus ensinamentos à crucificação derradeira, o cristianismo confirmou esta concórdia de classes, pois isso convinha ao Senhor.

3.2) Os primeiros cristãos foram perseguidos, mas isso acabou se tornando a base da verdadeira civilização fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3) Dos abusos do paganismo, a unidade do Império foi destruída para todo os sempre, cabendo a Igreja estabelecer uma civilização européia com os bárbaros que haviam sido romanizados.

3.4.1) A tentativa de fundar um novo Império Romano não deu certo, mas um Império salvífico foi criado em Ourique.

3.4.2) E é este império que salvará a civilização cristã de seu principal antagonista: os maometanos, que destruíram a Roma oriental, a remanescente. E para que isso ocorra, o modernismo vintista precisa ser combatido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2017.