Pesquisar este blog

terça-feira, 3 de maio de 2016

Da nacionidade como um microcosmos da fraternidade universal

1) É perfeitamente possível definir a nacionidade como um microcosmos da fraternidade universal: se você tomar o seu país como se fosse um em Cristo, então você verá no seu compatriota a figura do Cristo.

2) Se Nossa Senhora é o atalho para o caminho, a verdade e a vida, então crer em Nossa Senhora, enquanto uma causa de unidade nacional, é causa de nacionidade. É dessa forma que as casas de madeira se tornam castelos de pedra, no plano da realidade - isso é perfeitamente válido para aqueles povos que não receberam, por força de milagre, a missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique com portugueses. E os poloneses são um exemplo deste caso.

3) A pátria só será uma janela para o mundo quando o povo for virtuoso nestes fundamentos. E é assim que se deve descobrir a pátria - se a pessoa não se universalizar primeiro, ela tomará o país como se fosse religião de Estado, pois será escrava do paganismo moderno, uma vez que este gera liberdade para o nada, ao conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa essa que se dá em Cristo Jesus.

Por que entendo que amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento?

1) O problema desta definição - amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas que você - está no fato de que isso pode levar à falsa noção de que todos têm a sua verdade. Se todos têm a sua verdade, então a amizade não passa de uma aliança temporária, marcadamente fisiológica. Ela tem, pois, um ranço de paganismo. Por conta disso, ela não gera fraternidade, senso de tomar o país como se fosse um lar.

2) Quando defino que amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, isso me força a ver o outro como um espelho de mim mesmo. Se sou Cristão e vivo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então eu preciso ver no outro a presença do Cristo. Se esse conserva a dor de Cristo - posto que é o caminho, a verdade e a vida - então eu tenho um amigo de verdade.

3) Não há liberdade sem verdade. Se Cristo é a constituição de todas as coisas, então a aliança se funda na eternidade e tende a edificar uma comunidade ao longo das gerações, com o passar do tempo. E isso começa a partir da figura da família.

domingo, 1 de maio de 2016

Notas sobre a gênese da República

1) Da forma como narrei os meus artigos mais recentes, isso me lembrou o estilo de narrar da Bíblia, quando do momento da criação do mundo, no Gênesis. 

2.1) Certa ocasião, num Sábado de Aleluia, estava lendo o folheto da missa e estava observando o esquema narrativo. Enquanto escrevia os meus artigos, acho que instintivamente eu acabei imitando aquele estilo de modo a mostrar gênese desse falso Brasil, de modo a mostrar a forma como este é construído de modo a destruir o verdadeiro, fundado em Ourique.

2.2) Se você pegar o período que abrange 1891 a 1930, temos o primeiro dia.

2.3) Se você pegar o período que abrange de 1930 a 1946, temos o segundo dia.

2.4) Se você pegar o período de 1946 a 1964, temos o terceiro dia.

2.5) Se você pegar o período de 1964 a 1988, temos o quarto dia.

2.6) Se você pegar o período de 1989 a 2002, temos o quinto dia, que abrange a fase azul, social-democrata, que preparou o caminho para o PT.

2.7) Se você pegar o caminho de 2002 a 2016, temos o sexto dia - a fase vermelha, comunista, bolivariana e totalitária. Este é o período da Era dos Extremos, o período em que a fé na ordem republicana, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, entrou decididamente em metástase. Vivemos o período mais extremo da tirania.

2.8) O que virá no sétimo dia? A restauração da monarquia? Se isso acontecer, então o mal terminará sendo vencido, pois o Cristo Crucificado de Ourique venceu a morte republicana e restaurou a paz e a ordem edificada em 25 de julho de 1139. E desse tormento podemos descansar, pois o jugo do Senhor é suave.

Notas sobre o centurismo positivista e o centurismo comunista no Brasil

1) Partindo da lógica positivista, em 1889 nasceu um falso Brasil, que revogou por forças humanas, dissociadas da vontade divina, a civilização virtuosa que se edificou desde Ourique, em 1139.  A Constituição foi outorgada em 1891. 

2) A primeira ordem fracassou. Veio o castilhismo, um novo estado de compromisso que desaguou na revolução de 1930, na Revolução Constitucionalista de 1932 e na Constituição de 1934. Em 1937, veio a Polaca, a Carta do Estado Novo. Em 1945, Getúlio foi deposto e uma nova Constituição em 1946. Instaurou-se uma nova ordem, um novo Brasil.

3) Essa ordem de coisas, decorrente do pós-guerra, fracassou. O país mergulhou no caos e veio a intervenção constitucional de 1964. Uma nova Constituição foi feita em 1967, depois uma nova em 1969. E ficamos sob estado de exceção por 21 anos, até 1985. Os esquerdistas tomaram o poder e estabeleceram a Carta de 1988.

4) Um novo Brasil, fundado na ordem comunista, começou a partir das eleições da República, após 100 anos de governo positivista. Entre 1989 a 2002, veio a fase azul - 13 anos se passaram e uma nova fase, a fase vermelha, dominou o país de maneira absoluta. O PT está no poder faz 13 anos e está pra ser retirado do poder.

5) Quais serão os próximos passos do comunismo internacional? Se no mundo inteiro houve 100 anos de comunismo, que produziu mais de 100 milhões de mortes, então este centurismo em particular é alimentado por um ciclo gnóstico de 13 anos, alimentado por sabedoria humana dissociada da divina..

sábado, 30 de abril de 2016

Pra frente e à direita do Pai

1) 1964 não existiria, se não tivesse havido 1889. Na verdade, 1964 é um desdobramento da revolução de 1930, quando o castilhismo passou a dominar o país de maneira incontestável até a Carta de 1988.

2) Os nazi-petistas são vingativos quanto à 1964, mas são conservantistas quanto à lógica revolucionária que nos rege desde 1889.

3) Essa espiral do silêncio precisa ser rompida. Não quero saber de esquerda de farda ou esquerda vermelha - eu prefiro estar servindo a quem está sentado à direita do Pai, servindo a Ele em terras distantes. Prefiro andar pra frente sob monarquia, fundada na Aliança do Altar com o Trono edificada lá em Ourique, em 25 de julho de 1139.

Notas sobre a nossa atual circunstância de espiral do silêncio

1) Quando vejo muita gente protestando contra o PT usando a bandeira da República, eu vejo uma espiral do silêncio. Os revolucionários, por sua ignorância manifesta, tentam gritar a plenos pulmões diante das câmeras que não vai ter golpe.

2) Na verdade, o golpe já foi dado no dia 15 de novembro de 1889. 

3) Os gritos enlouquecidos não deterão a contra-revolução, que faz em conformidade com o Todo que vem de Deus, conservando a dor de Cristo e tomando o País como se fosse um lar, por conta da missão que herdamos do Cristo Crucificado de Ourique, de modo a servir a Ele nestas terras distantes. 

Constituição de 1988 - estudo de caso sobre a tradição conservantista e revolucionária

1) Meus pais estavam assistindo a um vídeo cujo título é "Lula vai morrer no dia 13".

2) O expositor, um protestante, soltou alguns argumentos interessantes: 

2.1) Que a Carta Constitucional de 1988 criou um Brasil novo. Este argumento é tipicamente positivista, pois faz da carta de 1988 um marco e tudo o que ocorreu no passado será deletado. Argumento tipicamente neopagão - não deixa de ser um caso particular da tradição quinhentista.

2.2) O período azul, social-democracia, durou de 1989 a 2002 - 13 anos

2.3) O período vermelho, nazi-petismo, durará 13 anos - de 2003 a 2016.

2.4) As revoltas de 2014 não derrubaram a Dilma porque o ciclo não estava fechado.

2.5) Esse número tem relevância cabalística - para tudo ser manejado por conta de um ciclo de treze anos, fundado sabedoria humana dissociada da divina, isso é fruto de gnose. Pois os acontecimentos serão manipulados de tal sorte a respeitar ciclo fundado em sabedoria dissociada da divina, o que é marcadamente revolucionário, pois cria um determinismo histórico, coisa que justifica o marxismo

2.6) Quando o sujeito começou a atacar a Igreja Católica, usando o termo "ICAR", eu senti que era o sujo falando do mal lavado. E parei de ouvi-lo. 

2.7) Decidi tomar este fato como um estudo de caso a ser analisado porque este vídeo representou um exemplo de metalinguagem revolucionária: um sujeito, que não crê em fraternidade universal, combatendo algo que se desdobrou do protestantismo, como o libertarismo e a Nova Ordem Mundial. Chega a ser algo cômico, se não fosse trágico - lembra um pouco esse pessoal que quer combater o PT usando a bandeira da República, que é revolucionária e anticristã.

3) Enfim, esse pessoal perdeu o senso de realidade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2016 (data da postagem original)