1) O problema desta definição - amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas que você - está no fato de que isso pode levar à falsa noção de que todos têm a sua verdade. Se todos têm a sua verdade, então a amizade não passa de uma aliança temporária, marcadamente fisiológica. Ela tem, pois, um ranço de paganismo. Por conta disso, ela não gera fraternidade, senso de tomar o país como se fosse um lar.
2) Quando defino que amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, isso me força a ver o outro como um espelho de mim mesmo. Se sou Cristão e vivo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então eu preciso ver no outro a presença do Cristo. Se esse conserva a dor de Cristo - posto que é o caminho, a verdade e a vida - então eu tenho um amigo de verdade.
3) Não há liberdade sem verdade. Se Cristo é a constituição de todas as coisas, então a aliança se funda na eternidade e tende a edificar uma comunidade ao longo das gerações, com o passar do tempo. E isso começa a partir da figura da família.
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