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sábado, 18 de agosto de 2018

Lembranças de uma conversa antiga (ou por que o ideal de encorajar uma sociedade de indivíduos livres e responsáveis não passa de pura hipocrisia?)

1) Estava eu limpando minha caixa de e-mail, que havia ficado lotada.

2.1) Comecei pelos e-mails mais antigos - o e-mail mais antigo que deletei data de 2009, época em que estava me preparando para concurso público.

2.2.1) Durante o processo de limpeza, encontrei um diálogo que eu tive com o Catharino, por volta de 2010.

2.2.2) Nesse diálogo, estava eu tentando pedir permissão à Universidade de Chicago para digitalizar o livro Os Fundamentos da Liberdade, de Hayek (na época, copiar livros para meu próprio uso era ainda considerado crime); Catharino disse-me para que esquecesse essa possibilidade. Não há uma reedição da obra de Hayek no Brasil, uma vez que eles cobram muito caro pelos direitos autorais (o que é bem típico dos liberais, pois fazem da riqueza sinal de salvação. Afinal, eles preferem ver um povo condenado à maldição do comunismo, se esse esforço em prol da verdade não for lucrativo - e nesse ponto, eles tendem a criminalizar até a caridade, se ela passa por cima dos interesses deles. Afinal, o liberalismo prepara o caminho para o comunismo - essa é que é a verdade).

3.1) Depois que reli a mensagem, eu me pus a rir do quão ridículo é o Sr. Alex Catharino - ele não passa de um conservantista. Se fosse católico de verdade, ele não ficaria promovendo valores fundados na ética protestante e em seu subproduto nefasto, que é o capitalismo - afinal, essas coisas são condenadas pela Igreja.

3.2) Depois que terminei os estudos, tornei-me escritor profissional, comprei muitos livros com o meu trabalho e aprendi a digitalizar livros. Além disso, adquiri experiência suficiente para concluir qualquer projeto com excelente qualidade.

3.3) Num momento oportuno, eu digitalizarei Os Fundamentos da Liberdade; a Trilogia Direito, Legislação e Liberdade e muitos outros projetos na melhor qualidade possível. E assim que Hayek completar 70 de morto, meu filho pode vender o e-book e conseguir dinheiro para seu próprio benefício. Afinal, quem ri por último ri melhor. Ele não passa de um tolo.

4.1) Não é à toa que acreditar no papo desse cara e ler o livro do Thomas Woods são a mesma coisa. Eles fazem o jogo do diabo, que é confundir. E não hesitarão de chamar Jesus de bolchevique, tal como Mises fez - e isso é uma grave apostasia.

4.2) Não é à toa que o mundo será salvo pelos caridosos e não pelos eficientes - pelos que fazem da riqueza sinal e salvação, a ponto de se organizarem para isso, já que ela virou símbolo de poder. Estou ciente do meu papel de digitalizador e digitalizarei tantos livros quanto puder de modo a tirar todos os que estão ao meu redor da ignorância, seja ela fundada no comunismo, no positivismo no liberalismo, uma vez que todas essas coisas têm sua origem no maligno, que é a maçonaria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2018.

Notas sobre a relação entre nacionidade e geopolítica - uma introdução ao tema

1) Meu colega Carlos Cipriano sempre me aconselhou a fazer anotação de cada movimento nas peças do tabuleiro de xadrez de modo a ver as possibilidades do que pode ser feito. E conhecendo as possibilidades e a personalidade do seu oponente, você pode fazer uma previsão segura do próximo passo a ser feito.

2) A descrição do movimento das peças de xadrez pode ser feita se você numerar a base de 1 a 8 e nomear a altura de A a H, por exemplo. No caso do Civilization 2, Alpha Centauri e Colonization, você anotava a latitude e a longitude, num esquema de coordenadas (X,Y).

3.1) Se geopolítica é o tabuleiro, então as peças do tabuleiro são movidas com base nas possibilidades políticas e circunstanciais de cada país da região e de que modo essa interação afeta as potências.

3.2) Como os debates só são ditados por aquilo que está registrado na literatura, então você precisa conhecer o repertório imaginativo de cada povo de determinada região de modo a saber como pensam os seus governantes, quando o assunto é ditar a política comum do continente, sobretudo no tocante aos blocos econômicos. Afinal, devemos levar em consideração o que Maquiavel disse: para saber como pensa um príncipe, é preciso ser parte do povo que está sujeito à sua proteção e autoridade; para saber como pensa um povo, é preciso ser príncipe, aquele que rege o povo sob a proteção de Deus. É por essa razão, portanto, que o estudo da literatura e do senso de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo constituem a base para se produzir uma determinada informação estratégica. Só com base no conhecimento dessas possibilidades é que podemos ver como os líderes são escolhidos e como esses líderes tomam decisões militares, políticas e econômicas.

4) A geografia mostra vários fatores: o clima, o solo, a localização dos rios, das principais cidades, dos conglomerados industriais e de que forma esses fatores contribuem para que os agentes políticos possam tomar suas decisões de maneira definitiva, quando o assunto é implementar uma política pública que beneficie uma determinada região do país. E a política interna sempre impulsiona uma política externa, de modo a favorecer a produção, o comércio ou a defesa de um determinado território de uma eventual invasão estrangeira.

5.1) Se há coordenadas na geografia, então há coordenadas na geopolítica, onde o componente x é a geografia, a história, o clima, a economia, enquanto o componente y é a política (os agentes políticos, o povo, a constituição, o sistema político, as relações institucionais.

5.2) Da conjugação de x e y, você pode ver as possibilidades e dessas possibilidades será possível prever qual é a movimentação mais provável com algum grau de certeza.

6.1) Se geopolítica é um livro, então tomar vários países como um mesmo lar em Cristo implica ler várias páginas de um mesmo livro - e servir a Cristo em terras distantes leva a um verdadeiro evangelho, ainda que não escrito. E nesse evangelho, que se dá na carne, você não pode fazer sola scriptura, pois tal postura mata todas as possibilidades que podem e devem ser exploradas que façam o país ser tomado como um lar em Cristo, já que o mundo é vasto e complexo. E reduzir a complexidade das coisas a termos simplórios, fundados no amor de si até o desprezo de Deus, leva à impessoalidade e à apatria, pois as coisas perderão a sua razão de ser, gerando perda da informação, entropia. O país será tomado como se fosse religião, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.

6.2) É por essa razão é que é essencial viajar, nem que seja para fazer turismo. Quem fica fixo ao solo tende a reduzir aquele espaço limitado a uma religião totalitária, a ponto de fazer política reduzindo as pessoas que vivem e trabalham nesse solo em razão dos interesses do Estado, o que é um tipo de gnose, pois faz um povo inteiro perder a razão pela qual se deve tomar o país como um lar. Enfim, é como dizer ao corpo social para vender sua alma ao diabo por um prato de comida - o que leva a um povo inteiro perder a amizade com Deus, sistematicamente falando.

6.3.1) Afinal, somos livres em Cristo: somos livres n'Ele, por Ele para Ele, na conformidade com o Todo que vem de Deus- e a civilização portuguesa foi fundada para propagar a fé cristã e defendê-la de seus inimigos.

6.3.2) É por essa razão que não somos muçulmanos, nem aceitamos como compatriotas os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade - tal como vemos no protestantismo , a ponto de isso nos afastar da nossa razão de ser enquanto povo, nosso mitologema. Afinal, como posso chamar de amigo, de compatriota aquele nasceu no solo de minha terra, mas que não ama nem rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2018 (data da postagem original).

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Como devemos escrever a História do Brasil, à luz daquilo que foi estabelecido em Ourique?

1.1) Um grande debate no parlamento nacional precisa estar registrado na literatura primeiro - isso é uma grande verdade.

1.2.1) É na literatura que temos um repertório do imaginário nacional, pois é nela que vemos  o esforço das pessoas de tomar o país como um lar em Cristo, por força de Ourique, de maneira registrada e sistematizada, apesar da República. Todos os dramas e desafios precisam ser documentados e compartilhados de modo que isso esteja na consciência coletiva - só aí é que poderá haver reflexões, pois as coisas precisam ser pensadas com base numa experiência real ou projetada, uma vez que ficção é realidade projetada, pois nela estamos vendo o que não se vê.

1.2.2) Por isso, se quisermos restaurar a inteligência do brasileiro, o primeiro passo é restaurar o senso de servir a Cristo em terras distantes e combater a má consciência advinda de 1822 (que é a tentativa de eliminar tudo o que remonta a Portugal, coisa que se funda no amor de si até o desprezo de Deus).

2.1) Uma vez restaurada a inteligência, a História do Brasil precisará ser reescrita à luz dessa missão, estabelecida em Ourique.

2.2) Como cada província é uma escola de nacionidade, então precisamos escrever história sobre o povoamento de cada lugar do país observando esse princípio, que é servir a Cristo em terras distantes, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.1) Enfim, de nada adianta uma política ou um movimento municipalista no Brasil se não há no imaginário político nacional a memória das câmaras republicanas, coisa que existia na época em que a Terra de Santa Cruz começou a ser povoada, a ponto de se tornar uma província, um vice-reino e, por conseguinte, um Reino junto a Portugal e Algarves, por conta de uma constante evolução que durou mais de três séculos.

3.2.1) Toda a estrutura política que Portugal implementou aqui foi desmontada com o centralismo absolutista de D. Pedro I e José Bonifácio, cujo projeto teve o respaldo da maçonaria. E esse centralismo só pode ser destruído somente com o restauro da verdade, quanto às nossas origens. 

3.2.2) O primeiro passo foi dado pelo professor Loryel Rocha: provar que o Brasil não foi colônia de Portugal, com base na pesquisa dos historiadores Tito Livio Ferreira e Manoel Rodrigues Ferreira. Esta é a espinha dorsal que move a mentalidade revolucionária no Brasil desde a secessão, ocorrida em 1822.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2018.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Notas sobre química social

1) Se a física estuda o movimento, o repouso e o choque dos corpos, então a química estuda a transformação dos corpos.

2.1) Na química da matéria não levamos em conta a ontologia, pois uma coisa, como um cadáver, não é um ser - tanto é verdade que a natureza reproduzida em laboratório tende a ser uma natureza morta, a ponto de a ciência produzida nesse lugar ser considerada uma espécie de arte, posto que visa reproduzir determinados aspectos da matéria da qual uma coisa é constituída de modo a obter um benefício específico não só para si bem como para toda a humanidade (pelos menos, esse tem sido o discurso desde o advento das revoluções liberais que assolaram a Europa inteira, na esteira da Revolução Francesa).

2.2) Na química social, nós devemos levar em conta a ontologia, o estudo do ser enquanto ser - o que ele era antes, o que ele se tornou depois, bem como o processo de matanóia, em que uma pessoa que antes não acreditava em Deus passou a ser crente, por conta da mudança do ser, a ponto de ser um novo tipo de homem, um novo tipo de animal político. Essa mudança do ser muda a maneira como se movem os corpos sociais no âmbito da política - e isso conta e muito.

3.1) A palavra Química está relacionada à palavra kemi (terra preta).

3.2) Essa terra preta pode ser relacionada ao húmus, que é rico em matéria orgânica e é essencial para o crescimento das plantas.

3.3.1) Por isso, quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus é humilde e acabará semeando vida reta, fé reta e consciência reta em todo o lugar, a tal ponto que acabará causando uma metanóia sistemática no maior número de pessoas possível, a ponto de saírem da esquerda do Pai para estarem à direita do Pai, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas que seu catequista, cujo fundamento se dá em Jesus Cristo.

3.3.2) Trata-se de uma mudança de 180 graus, um outro olhar. Para que essa mudança aconteça, é preciso que se olhe para trás, para o passado - e se isso for levado em conta de maneira sistemática, uma evangelização percorre sempre três quartos do ciclo, ou 270 graus, pois ela leva em conta a física, a metafísica e a passagem do estado de viver a vida à esquerda do Pai para o estado de viver a vida á direita do Pai.

4.1) Comer da carne e beber do sangue de Cristo sempre acarretará transformações na alma - e isso é estendido ao corpo.

4.2.1) Se muitas pessoas viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus de maneira sistemática, então isso levará a uma transformação no corpo social de tal forma que ele se moverá de tal maneira a defender a verdade a qualquer custo, quando há conservantistas no poder, dispostos a descristianizar a sociedade.

4.2.2) É pela eucaristia que vemos a Igreja na terra se tornar militante, disposta a servir a Cristo na própria terra que se habita de modo a ser tomada como um lar em Cristo, o que certamente prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu. E essa república pode se transformar em Império, se Cristo mandar expandir a fé em terras distantes, de modo que seu Santo Nome seja publicado entre as nações mais estranhas, que nunca haviam falado falar n'Ele.

5) Enfim, se formos em falar em Química da civilização Cristã, ela sempre passará pela eucaristia e pelos inúmeros milagres eucarísticos já realizados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2018.

Notas sobre física política e social fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus

1.1) Estar à direita do Pai implica amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

1.2) Se estar à direita do Pai implica fazer da profissão um instrumento de evangelização, então você está não só ensinando as pessoas a conservarem a dor de Cristo sistematicamente mas também a servirem a todos os que estão ao seu redor de uma maneira livre e consciente.

1.3) Se quem é livre em Cristo é responsável por fazer o país ser tomado como um lar em n'Ele, por Ele e para Ele, então a força resultante da combinação de andar pra frente e estar à direita do Pai é uma diagonal voltada para direita. Ou seja, a pessoa nesta essência é um verdadeiro diácono, embora esteja no laicato.

2.1) Estar à esquerda Pai implica conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. O conservantista é progressista e faz da riqueza sinal de salvação, pois tem um amor de si tão exacerbado a ponto de desprezar Deus.

2.2) Quando os conservantistas assumem o poder e passam a servir liberdade com fins vazios, devemos estar à esquerda desse governo que toma o governo do povo, pelo povo e para o povo como se fosse religião, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.

2.3.1) Quando estamos à esquerda do mal, que faz do homem a medida de todas as coisas, então nós estamos à direita do Pai, fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3.2) Para todo progresso desordenado, nós estudamos suas causas e os meios possíveis para desarticular essa política de Estado nefasto, a ponto de restaurar aquilo que é conveniente e sensato, pois isto nos prepara a conservar o que decorre da dor de Cristo.

2.3.3) Por isso que estudamos o passado, de modo a reformar o presente e restaurar o futuro com base naquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus; nele, o progresso decorre do trabalho como um caminho de honra de santificação, que não pode ser servido com fins vazios, como querem os libertários-conservantistas (impropriamente chamados de "liberais-conservadores").

3.1) Se vivemos a vida seguindo em frente e à direita do Pai, então é conveniente e sensato olharmos para trás de modo a vermos se houve alguma omissão de nossa parte enquanto seguimos nosso caminho até a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.2.1) Quando olhamos para trás, sempre à direita do Pai, nós aperfeiçoamos a liberdade, uma vez que a autoridade para poder fazer isso está n'Ele, por Ele e para Ele.

3.2.2.1) Do ponto de vista do mundo sensível, nossa visão é limitada, pois enxergamos as coisas num ângulo de 180 graus.

3.2.2.2) Se levarmos em conta o trabalho das gerações anteriores e a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, então passamos a ter uma visão de 360 graus, uma visão holística, pois olhamos cada aspecto das coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, a ponto de vermos nelas a dor de Cristo, uma fração daquilo que Ele é, enquanto verdadeiro e verdadeiro homem.

3.2.2.3) E a sensatez, para quem é sensato, pode ser aprendida pela insensatez praticada pelo próximo, que vive a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de ir para o fogo eterno por força disso.

4) Enfim, para a verdadeira física social e política sempre devemos levar em consideração a metafísica, uma vez que devemos ver o que não se vê. Somos criaturas e devemos seguir aquilo que Deus nos criou.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2018 (data da postagem original).

O homem dos Pirineus é um irenista - basta retirar a letra P

1) No Brasil, a lei eleitoral foi modificada, de modo que a letra P (de partido) não fosse mais obrigatória. A alegação era de que o povo era hostil a partidos políticos, mas não a movimentos sociais.

2) Se a escalada aos Pirineus fosse uma ideologia, um partido político, então o homem dos Pirineus seria um imitador de Roberto Irineu Marinho: seria um homem global, colocando comunistas para trabalharem na empresa dele, a ponto de corromper os corações e mentes dos brasileiros e fazer do Brasil uma colônia a serviço dos mais nefastos interesses globalistas. E todo homem que trabalhou para Roberto Irineu Marinho é adepto da heresia irenista: um homem conservantista, a ponto de colocar católico e protestante no mesmo balaio político, uma vez que quer unir a direita a todo e qualquer custo, como se o protestantismo fosse algo tão nobre quanto a vida fundada na conformidade com o Todo que de vem Deus (coisa que define o catolicismo, em sua essência).

3.1) Isso acabará servindo liberdade com fins vazios, a ponto de relativizar a verdade e semear má consciência nas pessoas, por conta da constante confusão. Afinal, o diabo veio para confundir, não para esclarecer.

3.2) E é nisso que dá esse falso ecumenismo e essa falsa aliança que a esquerda que se diz de direita está tentando promover, pois isso é um tipo de salvacionismo, um tipo de distanásia política. Querem manter esta república viva por meio dessa aliança a todo e qualquer custo, mas ela vai morrer de qualquer jeito, pois a árvore envenenada, plantada pelos conservantistas, já deu todos os frutos que poderia produzir.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2018.

Notas sobre o alpinismo do cristão e o alpinismo do bananeu

1) Dizem que os Alpes preparam o caminho para uma escalada ainda maior, que se dá no Everest, o teto do mundo.

2) Todo ser que tem ambição pela vida eterna começa praticando alpinismo social por conta do mérito - ele faz o melhor trabalho não por conta do amor de si, mas o faz porque isso é bom e é agradável a Deus, uma vez vê a figura de Cristo em todo aquele que demanda os seus serviços. E os Alpes da vida estão no ambiente de trabalho, que deve ser santificado a todo custo. Este é o caminho das honras que deve ser percorrido de modo a se chegar aos altos postos do governo da República Christiana (que em Portugal assumiu uma forma de Império, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique - e neste ponto, o Império é uma evolução da República).

3.1) O medíocre quer fazer alpinismo social, mas sem esforço, o que é essencial para o progresso espiritual. Ele não sobe os Alpes da vida nem percorre o caminho das honras, uma vez que os Alpes são altos demais para as suas ambições - o que denota a natureza preguiçosa do medíocre.

3.2) Ele se contenta em escalar tão-somente os Pirineus, essa cadeia de montanhas que fica entre Espanha e França, que não é tão alta quanto os Alpes.

3.3) O homem dos Pirineus fica perfeitamente na fronteira entre lançar-se aos mares em busca de si mesmo e o governo fundado no mesmo amor de si até o desprezo de Deus, nem que seja buscando a liberdade, igualdade e fraternidade ou a morte. Trata-se de um homem sem qualidades e esse tipo de homem é a medida de todas as coisas para ele. Por isso, o caminho do meio para quem faz alpinismo social dessa maneira nunca é bom, pois o meio é a mensagem, confirmando a tese de que os fins justificam os meios nefastos e pragmáticos que utilizam, uma vez que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.4) Afinal, como diz Kant, o homem é o animal que mente, a ponto de mentir em nome da verdade. Nada mais revolucionário do que isso, pois os bananeus fazem do autoengano um meio de vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2018.