1) Vamos supor que sou casado com uma polonesa. Além de tomar o meu país como meu lar em Cristo, eu preciso tomar o país da minha esposa como se meu lar fosse porque eu a amo. Como sou formado em Direito, além de estudar a legislação do meu país, eu precisaria estudar o direito aplicado à terra dela, de modo que possa fazer a diplomacia perfeita necessária e poder cumprir com minhas obrigações, por conta de ter vínculo com duas terras diferentes.
2) Se a família é o dado irredutível que faz o país ser tomado como um lar em Cristo, então é no âmbito da família que você perceberá os conflitos legislativos decorrentes do fato de se tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo - e esse tipo de conflito afetará o regime da produção de riquezas, bem como a tributação relativa a essa produção, o que seria um verdadeiro caso de microeconomia internacional, por força de dois ou mais países serem tomados como um mesmo lar em Cristo, por parte da mesma família. Se as nações amassem e rejeitassem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de modo a serem uma "Republica Christiana", a tendência seria haver um distributivismo da dupla nacionalidade, mas não de metanacionalidade. Quanto mais cidadãos eu tiver em comum com um determinado país, maior a probabilidade de meu país conseguir um acordo vantajoso, de modo que este possa se desenvolver tanto economicamente quanto culturalmente ou espiritualmente e assim ser um modelo para a cristandade.
3.1) Em contexto de países tomados como se fossem religião - como este em que vivemos, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele -, a tendência é a distribuição da apatria, por conta do conflito negativo sistemático da lei aplicada aos que, por circunstância, não nasceram no país. Até porque nascimento biológico não implica necessariamente compromisso em tomar o país como um lar em Cristo.
3.2) A maior prova disso é que muçulmanos nascidos biologicamente na França não tomam a França como um lar, uma vez que não são cristãos. Além disso, eles não aceitam outro deus que não esse falso deus que eles adoram - nem mesmo o Deus verdadeiro que decorre do Deus verdadeiro é aceito por eles. Como a França excluiu o cristianismo da ordem pública, então eles terão um problema de desobediência civil permanente, por conta de terem aberto a caixa de Pandora, por força dessa falsa liberdade que eles criaram por decreto, ao tomarem o Estado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.
4.1) Se eu tivesse dupla nacionalidade, eu teria que conhecer não só o direito, a história, a política e economia do meu país, mas também precisaria saber todas essas coisas do outro país que tomo como lar junto com o Brasil de modo fazer a ponte necessária, uma vez que sou uma espécie de diplomata perfeito e tenho o compromisso de escolher gente preparada tanto num quanto noutro de modo que estes países possam ser tomados juntos como um mesmo lar em Cristo mais facilmente, nesta unidade que sou junto com a minha família por força das circunstâncias.
4.2.1) Por conta da minha vivência, eu posso afirmar que a maioria das pessoas que possuem este direito não estão à altura dos deveres inerentes a isso, dado que não passam de uns verdadeiros hedonistas.
4.2.2) Se não capazes de cumprirem seu papel de brasileiros dentro do Brasil - escolhendo toda a sorte comunistas para ocuparem os postos-chave na Câmara dos Deputados ou no Senado -, então é pouco provável que façam uma escolha sensata como italianos, quando tiverem de exercer o direito de votar para aquele parlamento, ao elegerem um esquerdista contumaz formado nos quadros do PT de modo a trazer mais terroristas europeus e islâmicos pra cá. E esse esquerdista contumaz se valerá dos direitos que são próprios aos descendentes de italianos para nos prejudicar tanto no Brasil quanto na Itália. Não ficarei surpreso se houver deputados italianos petistas promovidos a eurodeputados, fazendo suas articulações políticas desde Bruxelas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2017.