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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Educar é semear e povoar, enquanto doutrinar é pilhar e expulsar gente de sua terra nativa

1) O ser humano, na tenra idade, não é uma folha de papel - até porque o papel aceita qualquer coisa, ainda que essa coisa esteja fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) O ser humano, na tenra idade, é uma terra fértil. Criado na Igreja doméstica, os pais começam semeando esta terra com histórias de contos de fadas. E aqui entra o termo "colonização", no sentido de lavrar a terra.

3) Com uma educação literária sólida a criança até a fase adulta vai sendo povoada de personagens e modelos de conduta que personificam o que é bom e o que é mau, a ponto de distinguir o certo do errado, no campo da realidade prática.

4) Se Cristo é a verdade, então as terras começam a ser tomadas como um lar em Cristo, quando estão vazias. E como estão vazias, começam a ser lavradas. E é por haver uma colônia agrícola que outras pessoas passam a morar na região e a se dedicar a outras atividades de modo a formar uma cidade. E é por haver cidades que existe povoamento.

5) Em terras que já são povoadas, a evangelização de povos que não conhecem a palavra de Cristo se dá por meio do casamento. E estas almas começam a ser semeadas na verdadeira fé até serem integradas à nossa pátria de modo que o pais seja tomado como se fosse um lar em Cristo, junto com estes povos.

6) A educação religiosa não é uma doutrinação porque é o próprio Cristo quem semeia a mente desses povos. E sendo Deus, Ele usa as mãos de seus missionários de modo que a semeadura produza muitos frutos. Na doutrinação, você não vê Cristo. Nela, nós vemos pensadores como Karl Marx fazendo pacto com o demônio de modo a poderem manipular essas pessoas de geração em geração por meio dos livros.

7) Enquanto na educação terras são povoadas com personagens imaginários e que espelham pessoas de carne e osso, na doutrinação pessoas são expulsas por violência. E a maior prova disso é expulsando o Deus feito homem e a família por tabela.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2017 (data da postagem original).

Se o Brasil não foi colônia, então a colonização de nosso imaginário se deu a partir do golpe de Estado que houve em 1822, o qual chamam de "independência"

1) Quando estava estudando nacionidade com a professora Cecília Azevedo, nas aulas de mestrado em História que assistia como ouvinte, ela havia mencionado a questão da colonização do imaginário.

2) Se o Brasil não foi colônia de Portugal, então o processo de perversão do senso de tomar o país como um lar em Cristo começou com essa mentira de que o Brasil foi colônia. E essa mentira começou naquilo que chamam de independência, que não passa de golpe de Estado. Enquanto toda uma farsa foi construída, todo o nosso passado, toda aquela realidade fundada em Ourique foi sistematicamente apagada, a ponto colocarem outra coisa no lugar. E foi neste ponto que se começou o processo de colonização do imaginário, de programação mental.

3) Com o Brasil separado daquilo que foi fundado em Ourique, influências alheias à nossa fundação foram importadas a ponto de perverterem ainda mais as coisas. E como disse o professor Loryel Rocha, o Brasil é o projeto de Estado totalitário mais perfeito que há, uma vez que a colonização do nosso imaginário se deu a partir da independência - e a importação de idéias estranhas à fundação original reforçou ainda mais esse senso de tomar o país como se fosse religião em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2017.

Notas sobre transumanismo e metanacionalidade

1) No transumanismo, muita gente pretende fazer o download da mente de suas respectivas pessoas de modo que elas sejam instaladas em outros corpos, pois o ser humano é uma folha de papel. E folha de papel envelhece rápido.

2) Do mesmo modo a nacionalidade, pois o filho de um imigrante nascido num país de jus solli é uma folha de papel. Tudo o aprenderá é da terra tomada como um lar fundada a partir do homem, pelo homem e para o homem, que será tomada como se fosse religião a ponto de negar a cultura de seus ancestrais fundada no senso de tomar o país como um lar em Cristo, com base naquilo que foi fundado em Ourique.

3) Deleta-se o que é bom e coloca-se o que não presta no lugar. E como a pessoa é soberana em si mesma, a ponto de julgar-se um Deus, faz-se o download da mente dessa pessoa de modo a colocar isso no mesmo corpo já renovado ou num corpo diferente, de modo que seu reino não tenha fim.

4) Se isso for feito em outro país, a nacionalidade se torna metanacionalidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2017.

A perversão do senso de tomar o pais como um lar em Cristo é um tipo de esbulho possessório

1) Quando se toma o país como um lar por conta do que houve em Ourique, o povo que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus tem o direito natural de usar, gozar e dispor das terras de modo que a missão de servir a Cristo em terras distantes acabe gerando um Império Cristão no mundo inteiro. E enquanto bem servirmos a Cristo nesse fundamento, seremos uma nação estável, justa e em paz.

2) Agora, quando tomamos o país como um lar sem Cristo, de modo a seguir a idéias do mundo de que o país deve ser tomado como um lar com base na quantidade de riqueza aparente por conta do vil metal, isso já é uma forma de esbulho da posse da pátria, já que nosso rei é rei porque recebeu mandato do Céu do Rei dos reis. E neste ponto, ele está levando um povo inteiro a ficar de costas para Deus, já que está se apropriando de algo que não lhe pertence, que é a soberania, da qual é apenas um mero mandatário.

3.1) Assim, a noção de lar involui de uma posse precária para uma posse clandestina, se essa apropriação indébita for planejada por meio de sociedades secretas, como a maçonaria.

3.2) E é na posse clandestina que a noção de lar em Cristo se transforma, de maneira forçada, numa religião imanente, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E é por conta disso que a democracia é o ponto culminante do mundo antropocêntrico, pois é o governo do homem, pelo homem e para o homem, a ponto de dar uma carta de marca distribuída a toda população de modo a semear liberdade para o nada sistematicamente. Não é à toa que isso é a semente do comunismo.

3.3) Se o liberalismo (tal como o mundo entende) nasce da apropriação indébita que se dá na calada da noite, então o comunismo é o esbulho possessório mais qualificado, posto que é feito por meio da mais pura violência. Mas essa violência se faz não somente no banditismo e nas ações de guerrilha; ele é feito através da violência cultural, tal como vemos no gramscismo.

4.1) O combate à mentalidade revolucionária deve se dar em graus.

4.2) Primeiro, é preciso combatermos à violência dos comunistas; em seguida, é preciso combatermos a apropriação indébita que se dá na calada da noite, ao eliminar a maçonaria entre nós.

4.3) Essas ações podem ser feitas de maneira coordenada? Sim. Mas isso pede que todos os recursos necessários à guerra cultural sejam administrados sabiamente. Às vezes, é preciso concentrar esforços numa direção, enquanto noutras vezes não. Faça uma análise de cenário e você verá o que deve ser feito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2017.

domingo, 3 de setembro de 2017

Notas sobre multiculturalismo e da perversão da ontologia de uma nação a ponto de deixar de ser tomada como um lar em Cristo para ser tomada como um lar na aparente prosperidade material que ela produz

1) No multiculturalismo, a razão de ser um país ser tomado como fosse um lar em Cristo não é levada em conta, até porque o país o foi esvaziado de seu mitologema cristão, a ponto de negar seu papel em relação à Cristandade de modo a adotar um papel mais "inclusivo".

2) Para quem preza as coisas materiais, o país será tomado como um lar - fundado no governo do homem, pelo homem e para o homem - com base na quantidade coisas de alto valor agregado que você pode comprar desse país, sem o entrave odioso da burocracia. É com base no hedonismo e no materialismo que o senso de tomar o país como um lar, sem Cristo, pode ser manipulado num sistema social em que o prazer e o divertimento dão causa a que o país seja tomado como se fosse religião, no longo prazo. E é por meio do prazer e dos divertimentos que ninguém nega sua escravidão. Eis o admirável mundo novo!

3) Onde se ama o dinheiro tal como um Deus, a ponto de este ser apontado como um sinal de salvação predestinada, ocorre a perversão do senso de tomar o país como um lar em Cristo, uma vez que isto decorre da ética protestante e do espírito do capitalismo. Essa perversão é aquilo que Borneman chamou de nationness (que foi traduzido por "nacionidade" no livro Um Mapa da Questão Nacional e que não tem nada a ver com nacionidade da forma como eu entendo).

4.1) Se a riqueza é um sinal de salvação, então pouco importa a ontologia de uma nação tomada como um lar a partir do seu batismo em Cristo. Pouco importa o seu mitologema e seu papel civilizatório perante a Cristandade.

4.2) E é neste ponto que todas as nações são iguais a ponto de serem trocadas uma pelas outras, pois o que importa, para quem preza o dinheiro mais do que a Deus, é onde se sente bem, fundado num prazer desordenado.

4.3) Não é à toa que muitos trocarão suas lealdades com prazer porque as pessoas pensam com o bolso. E é por pensarem no bolso que vão querer adquirir a nacionalidade de outro país a ponto de querer fazer da nacionalidade de um país próspero um produto cobiçado, tal como um produto qualquer no supermercado que pode ser vendido como se fosse de boa qualidade, mas que, na verdade, não presta pra nada. E é neste ponto que o serviço consular não é muito diferente de um supermercado.

5) Tem-se a impressão de que as pessoas se sentem cidadãs do mundo, mas na verdade isso não passa de apatria sistemática. É este um dos efeitos do globalismo, enquanto subproduto da liberdade voltada para o nada que o livre comércio promove.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2017.

Dos perigos da mudança de atitude enquanto busca desordenada, fundada no amor de si

1) O leitor Daniel Silva me alertou para o perigo da mudança de atitude. É verdade que muitos homens vão se fingir de mulher.

2) Essa mudança de atitude se funda numa alma deformada, criada numa cultura revolucionária em que se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Quando falo em mudança de atitude, deve-se trocar o que não presta pelo que é conforme o Todo que vem de Deus, pois a verdadeira liberdade se fundou a partir da dor de Cristo. Se a pessoa conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, ela edificará coisas com fins vazios, pervertendo a liberdade a ponto de se tornar uma verdadeira prisão.

4) É nesse sentido que quis dizer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2017.

Querer é poder naquilo que é possível (e não no impossível)

1) Se política se dá no campo do possível, então um país será tomado como um lar trocando-se corpos mortos por corpos vivificados. Exemplo disso: trocando a cidade pelo campo ou mesmo tomando países virtuosos como a Polônia como um mesmo lar em Cristo que o Brasil.

2) Ao contrário do que Katherine Verdery falou, é impossível tomar uma nação homossexual ou uma nação transgênero como um lar, uma vez que a reprodução é impossível, uma vez que não há família, já que família é a base de uma nação. Como diz o professor Olavo, do cu não sai vida, mas titica.

3) Como toda ideologia, essas coisas são tomadas como religião de modo que tudo fique nas mãos do Estado e que nada fique fora dele ou contra ele. São ideologias totalitárias - e são mortais porque alguém vai tomar isso conveniente e dissociado da verdade.

4) Essa gente vai buscar a liberdade fora da liberdade em Cristo, uma vez que eles se sentem presos a um corpo que não lhes pertence. E vão impor uma verdadeira prisão a todos, já que para eles a prisão do pecado é a sua liberdade. Enfim, uma estupidez completa. É o retorno da sodomia, da barbárie.

5) Não é à toa que obrigar alguém ao impossível é uma injustiça, além de ser um ato de apatria. É uma violação da lei natural, que deve ser combatida com ferocidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2017.