1) Quando um governante serve a Cristo de modo a que os sujeitos à sua proteção e autoridade sirvam a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique, todo aquele que aprende a tomar o mundo por português como um lar passa a ter seu eu-nacional vinculado ao vassalo de Cristo e por extensão ao próprio Cristo que fundou o Reino de Portugal, Brasil e Algarves para propagar a fé Cristã. Ou seja, ao tomar o país como um lar em Cristo, ele passa a a colaborar com o Rei nesta missão civilizadora - e isto prepara para a pátria definitiva que se dá no céus.
2) Quando há uma comunidade de eus-nacionais amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, nós temos o nós-nacionais. E em política, a relação do soberano com o nós nacionais se dá por meio de uma justiça de relação, institucionalizada na forma da Coroa. A nacionalidade, portanto, é a institucionalização do senso de tomar o país como um lar em Cristo - se isso estiver divorciado da nacionidade, tal como vemos na República, nós teremos apatria sistemática, dado que manipularão a História de modo a que ninguém saiba de onde veio, nem para onde vai.
3) Espera-se que o nascido na terra herde a missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como foi edificado em Ourique. E o nascido deve ser preparado para suceder a atual geração servidora. Só quando este está pronto, plenamente capaz de servir a Cristo em terras distantes, é que assume o vínculo da nacionalidade, dado que não há direito à proteção do vassalo de Cristo sem o dever natural de colaborar com ele nesta missão salvífica.
4) Se uma pessoa nasce em outra terra e durante a vida aprende a servir a Cristo em terras distantes, ele passa a ser um diplomata perfeito, pois está conjugando as lições da terra ancestral com as lições da terra adotiva. Com isso ele faz uma trama, pois cria uma ponte, um ponto de contato entre os nós-nacionais do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves com os nós-nacionais do país em que nasceu. E surge aí uma internacionidade, a ponto de os nós serem trabalhados até se tornarem uma trama, um tecido social mais desenvolvido e aprimorado a partir de duas culturas virtuosas, que amem e rejeitem a mesmo tendo por Cristo fundamento, tal como vemos entre o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e a Polônia, por exemplo.
5.1) Quando o país está divorciado deste senso, a ponto de negarem a missão salvífica e apearem do poder o vassalo que Cristo deixou para nós, ministros como Marco Aurélio tendem a definir a nacionalidade pela comunidade dos aqui nascidos que tomam o Estado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele.
5.2) Como esse tipo de ordem edifica liberdade para o nada, então os que estão vinculados a este estado de coisas são apátridas, posto que estão sendo submetidos a uma cultura de autoengano e vivendo a vida em conformidade com o Todo que decorre desse engano, desse nada.
5,3) Por isso que poucos são os que estão acordados - e esses poucos estão lutando contra essa odiosa ordem de coisas, imposta por nós no dia 15 de novembro de 1889, que edificou uma mentalidade revolucionária que preparou o caminho para o totalitarismo que vemos nos dias atuais.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 18 de junho de 2017.
Comentários:
João Damasceno: Toda liberdade precisa de um FIM ÚTIL. Como ensinou Santo Tomás, o fim útil, primeiro e último de todo indivíduo, é a busca da Pátria Celestial com Deus. A pátria temporal nada mais deveria ser do que um instrumento a serviço da pátria celestial.
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João Damasceno: Toda liberdade precisa de um FIM ÚTIL. Como ensinou Santo Tomás, o fim útil, primeiro e último de todo indivíduo, é a busca da Pátria Celestial com Deus. A pátria temporal nada mais deveria ser do que um instrumento a serviço da pátria celestial.