Comento este estudo de caso: minha amiga Sara Rozante foi excluída de um grupo monárquico por criticar a Arábia Saudita por conta de suas políticas pró-islamismo, por serem anticristãs, o que desagradou certos pró-monarquia.
1.1) Vejo muitos movimentos monarquistas que apoiam a Arábia Saudita só porque ela é uma monarquia. Essa gente parece não perceber que esse mesmo país é muçulmano e está sempre espalhando o mal pelo mundo.
1.2) Minha amiga Sara Rozante denunciou esse tipo de comportamento de certos movimentos monárquicos. Essa gente reduziu a luta pela restauração da monarquia a uma ideologia e acabou por excluí-la do grupo de discussão.
2.1) Este é um exemplo de animalização da linguagem.
2.2) Não é porque sou monarquista que estou fechado à realidade do Brasil.
2.3.1) Do jeito como andam as coisas, eu sou favorável à intervenção militar, pois o momento atual já caracteriza um estado de exceção.
2.3.2) No entanto, por conta da presença do positivismo na caserna, o campo de visão dessa gente é bem estreito, a tal ponto que a intervenção militar se reduzirá à salvação do regime republicano, esse mesmo regime que nasceu da perfídia que fizeram para com o Imperador e que nos deixou órfãos de pai por 128 anos. Afinal, nada de bom virá de algo ilegítimo.
3.1) Este é o problema pelo qual os grupos não estão agindo em unidade: a linguagem está animalizada.
3.2) Bem que o Olavo tem razão ao dizer que é preciso um trabalho de restauração da linguagem antes de haver uma ação política, uma vez que a ação política pede um encontro de pessoas, um encontro real de individualidades de modo que possam discutir a estratégia de ação e combater em conjunto naquilo que é preciso. E nas atuais circunstâncias, é mais fácil de se fazer isso fora da internet, embora a rede seja um bom meio para se combinar um encontro.
3.3.1) As pessoas não querem se conhecer - só querem saber se você se enquadra na ideologia ou não. Como vai haver um grupo de trabalho para a desconstrução da ideologia se nem mesmo sei se o sujeito ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento?
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 6 de maio de 2017 (data da postagem original).
1.1) Vejo muitos movimentos monarquistas que apoiam a Arábia Saudita só porque ela é uma monarquia. Essa gente parece não perceber que esse mesmo país é muçulmano e está sempre espalhando o mal pelo mundo.
1.2) Minha amiga Sara Rozante denunciou esse tipo de comportamento de certos movimentos monárquicos. Essa gente reduziu a luta pela restauração da monarquia a uma ideologia e acabou por excluí-la do grupo de discussão.
2.1) Este é um exemplo de animalização da linguagem.
2.2) Não é porque sou monarquista que estou fechado à realidade do Brasil.
2.3.1) Do jeito como andam as coisas, eu sou favorável à intervenção militar, pois o momento atual já caracteriza um estado de exceção.
2.3.2) No entanto, por conta da presença do positivismo na caserna, o campo de visão dessa gente é bem estreito, a tal ponto que a intervenção militar se reduzirá à salvação do regime republicano, esse mesmo regime que nasceu da perfídia que fizeram para com o Imperador e que nos deixou órfãos de pai por 128 anos. Afinal, nada de bom virá de algo ilegítimo.
3.1) Este é o problema pelo qual os grupos não estão agindo em unidade: a linguagem está animalizada.
3.2) Bem que o Olavo tem razão ao dizer que é preciso um trabalho de restauração da linguagem antes de haver uma ação política, uma vez que a ação política pede um encontro de pessoas, um encontro real de individualidades de modo que possam discutir a estratégia de ação e combater em conjunto naquilo que é preciso. E nas atuais circunstâncias, é mais fácil de se fazer isso fora da internet, embora a rede seja um bom meio para se combinar um encontro.
3.3.1) As pessoas não querem se conhecer - só querem saber se você se enquadra na ideologia ou não. Como vai haver um grupo de trabalho para a desconstrução da ideologia se nem mesmo sei se o sujeito ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento?
3.3.2) Ainda que se digam cristãs, as pessoas que falam coisas que são fora daquilo que Jesus pregou e ensinou já apontam que as mesmas encontram-se fora do que é conforme o Todo que vem de Deus - e isso é lógica, pois não estão fazendo do sim um sim e do não um não. A postura delas tende sempre a conservar algo que conveniente para elas e dissociado da verdade, dado que estão muito presas à matéria, tal qual Judas Iscariotes.
3.3.3) Afinal, elas não estão se encontrando com uma pessoa, que é a verdade em pessoa. Não é à toa que estas são as maiores vítimas da animalização da linguagem, pois acabaram por reduzir o cristianismo a uma crença de livro, a uma sola fide e a uma sola scriptura. E isso é degradação da inteligência.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 6 de maio de 2017 (data da postagem original).