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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Tomar dois ou mais países como um lar em Cristo levará Portugal a ser distribuído pelo mundo afora, a ponto de a Lusitânia Dispersa ser também tomada como uma província de ultramar (Mas de um ultramar diferente. Trata-se de um ultramar atemporal, que será somente navegado pelos que têm consciência reta, fé reta e vida reta, nunca pelos que são ricos em má consciência)

1) Se é verdade que dentro de mim vivem várias pessoas que me antecederam no tempo, então onde quer que eu vá eu distribuirei o testemunho dessas pessoas de modo que possam tomar como um lar o lugar onde estou junto comigo, de modo que amem e rejeitem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2) Eis aí a importância de se ter uma família. Ela é mais do que uma Igreja doméstica, uma comunidade temporal composta de pai, mãe e filhos - ela é a democracia dos que já viveram e que não podem ser desonrados, por conta do que de bom fizeram por nós no passado.

3) Se eu tomar a Polônia como um lar junto com tudo aquilo que conheço do Brasil - tanto por conta do que vivi por aqui quanto por conta daquilo que sei enquanto conhecimento de família, ao longo de gerações passadas -, então meu filho incorporará um cabedal muito grande de saber que nenhum cientista social terá. Se minha esposa for polonesa, a responsabilidade que meu filho terá será muito grande, posto que a diplomacia estará no sangue, pois terá que dialogar com dois legados a vida inteira, coisa que nenhum diplomata de carreira é capaz de fazer. E isso é uma cruz cujo madeiro é de chumbo, indiscutivelmente falando.

4.1) Sendo o corpo dele templo da alma, então é em Cristo que ele deverá fazer essa embaixada de modo que esse diálogo temporal e atemporal se faça permanente.

4.2) Como Cristo é o perfeito patriota da pátria definitiva, exemplo a ser imitado, então ele terá que ser um diplomata perfeito, ao imitar ao Rei dos Reis, servindo a Cristo nesta terra distante que é a Polônia de modo que esta nação seja também herdeira daquilo que houve em Portugal, a terra dos meus antepassados. Trata-se de um distributivismo em escala monumental. E é neste ponto que a missão pessoal casa-se com a causa nacional e até universal, tal como houve enquanto Portugal foi protagonista da História da Civilização.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de outubro de 2017.

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