1) Se na ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus a nobreza decorre do fato de se percorrer o caminho das honras sendo bom naquilo que se faz em prol do próximo, de modo a ter a vida eterna, então a nobreza é o caminho da excelência. E o exemplo vem de cima, em que o senhor dos senhores deve imitar a Cristo, sendo o servo dos servos. Afinal, o messianismo português é um messianismo de serviço, tal como o verdadeiro Messias, o Deus feito homem, fez.
2) Por isso mesmo, se governar é povoar, então isso é distribuir nobreza a todos que amem e rejeitem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo que os melhores sigam o caminho das honras sistematicamente falando. E neste ponto, temos uma monarquia republicana, tal como houve em Ourique. E isso é uma forma de fazer o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo mais facilmente.
3) Enfim, não se trata de democratizar a nobreza de tal maneira a rebaixá-la, a ponto de a voz rouca das ruas ser confundida com a voz de Deus, o que faz a liberdade ser servida para o nada, ao se dar o pretenso direito de que todos têm direito a sua verdade de tal maneira que todos sejam tolos sistematicamente, tal como se faz no sufrágio universal - o que não passa de uma forma de arrogância. Na verdade, trata-se uma forma de elevar os humildes sistematicamente, pois Deus ama o pobre (ubogi) a tal ponto que colocar o seu vassalo, o mais rico em virtudes, o melhor dentre os melhores (bogaty) para que servira Ele em terras distantes, sejam elas dentro ou fora do Reino de Portugal, Brasil e Algarves, ainda que isso se dê no além-mar).
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2017.
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