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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Notas ontológicas sobre o conceito de nacionidade

Quickness - capacidade ou qualidade própria de quem é rapido.

Nationness - capacidade ou qualidade própria de uma nação ser o que ela é, ontologicamente falando.

1) A qualidade própria de uma nação ser o que ela é tomando a terra onde se mora como um lar - e quem mora nela precisa amar e rejeitar as mesmas coisas. E isso só faz sentido tendo-se por Cristo fundamento, uma vez que Cristo é a verdade em pessoa.

2.1) Mas o lar não pode ser tomado como um lar em si mesmo, tal como se deu na Polis grega.

2.2) Se isso ocorrer, a Polis será tomada como se fosse religião política, a ponto de definir por critérios humanos e não divinos quem é amigo ou não e negar a quem bate nessa porta a oportunidade de tomar este lugar como sendo um lar em Cristo, conjugar as experiências novas com as experiências antigas, de modo a poder levar para a terra antiga as sementes de uma nova esperança, tendo por Cristo fundamento - o que faria com que a terra do estrangeiro seja tomada como um lar em Cristo tal como Jerusalém o é, celestialmente falando.

2.3) Se a nação for tomada como uma religião política - um lar em si mesmo, que busca o seu próprio destino tal como o homem orgulhoso costuma agir -, então o senso de nação tomada como um lar se resumirá a um culto doméstico sistemático no mundo é concebido dividido entre eleitos e condenados. E os que não possuem a nacionalidade estarão condenados a serem apátridas, necessariamente falando, a ponto de também serem chamados de bárbaros.

2.4.1) Por isso que a nacionalidade precisa respaldar-se no senso de nacionidade.

2.4.2) Uma nação como Portugal só é digna de tomar-se como um lar se bem servir a Cristo em terras distantes. E para isso o vassalo coroado pelo próprio Cristo precisa ser pleno imitador do Rei dos Reis - assim, o povo poderá aclamá-lo rei de Portugal, pois estará vendo Cristo na figura do vassalo.

2.4.3) Se eu, na qualidade de sujeito à proteção e autoridade do vassalo em Cristo, amo e rejeito as mesmas coisas que ele tendo por Cristo fundamento, então estou tomando Portugal como um lar em Cristo.Por isso, sou cúmplice do meu soberano nesse projeto salvífico que é servir a Cristo em terras distantes. Por isso, eu tenho a verdadeira nacionalidade, uma vez que me vinculo a Cristo numa missão universal, uma vez que devo ajudar meu rei nesse processo

2.4.4) Como a missão é servir a Cristo até os confins do mundo, então dividir o mundo entre eleitos e condenados (apátridas) é ato de apatria, uma vez que o Império de Cristo é o império da lei que se dá na carne - um império da verdade numa cultura em que essa lei é observada e tem pleno cumprimento sistematicamente. E esse império de cultura nunca haverá um império de domínio fundado no homem pelo homem e para o homem, onde a riqueza material será visto o sinal da salvação, fundada no fato de que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados.

2.4.5) É por essa razão que o distributivismo não é só um sistema econômico, como é o capitalismo ou comunismo, uma vez que esses sistemas econômicos nascem de doutrinas pensadas pelo e buscam o domínio, já que serão tomados como se fossem religiões tal como o país que é tomado como um fim em si mesmo, quando busca a si mesmo para ser livre.

2.4.6) Diferente desses dois, a finalidade da produção de riqueza volta-se para a busca da salvação, fundada no fato de se o homem deve se cultivar na verdade e conduzir as almas dos que estão ao seu redor para a verdade, para as coisas que decorrem da conformidade com o Todo que vem de Deus, que foi confirmada de uma vez por todas por meio do sacrifício do cordeio com o fim de perdoar os nossos pecados fundados no nosso amor a matéria, por conta de este ser mais exacerbado que o amor que deve ser dado a Deus, que nos criou por amor

2.4.2) É somente num império de cultura como foi Portugal que a Rerum Novarum encontrará terreno fértil para poder prosperar e se expandir pelo mundo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de outubro de 2017.

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