1.1) Se a caridade, que é a filha da liberdade, é a base da verdadeira riqueza, então ela se dá pelo fato de que você amou seu semelhante quanto você amou a si mesmo.
1.2) Quando você ama o próximo quanto a si mesmo, você tomou seu país como um lar em Cristo.
2.1) Outro fundamento para se tomar o país como um lar em Cristo é cultivando a terra.
2.2) A terra e seu subsolo são os lugares onde tiramos os recursos naturais necessários a serem trabalhados de modo que um bem comum seja construído e assim o país ser tomado como fosse um lar em Cristo.
2.3) Se a terra não for amada, cultivada e lavrada, todos morrerão de fome. Não é à toa que os que organizam a produção de riquezas a partir do cultivo do solo ou extraindo riquezas do subsolo são os que têm a maior responsabilidade pelo bem-estar geral da nação tomada como um lar. Eles são os operários mais primários da economia, do qual a indústria e o comércio vêm depois.
2.4.1) Por isso mesmo, a terra tomada como um lar é a verdadeira riqueza, pois dela vêm os meios para se fazer a caridade.
2.4.2) O dinheiro, que é um símbolo de compromisso onde você serve a seu semelhante naquilo que ele mais necessita, não pode estar acima do amor que deve ser dado à terra; se o for, a economia se reduz a uma dinheirística, tornando-se uma falsa ciência.
2.4.3) Por isso, o primeiro capítulo de toda economia deve ser direcionado à plutologia, ao estudo da riqueza. A questão número um a ser levada em conta é: qual é a riqueza que deve ser levada em conta, de modo a se edificar um bem comum que faça o país ser tomado como um lar a tal ponto que isto nos prepare para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu?
2.4.4) Obviamente, se olhar para todas as verdades conhecidas e que devem ser observadas, a resposta é a terra e não o dinheiro.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2017 (data da postagem original).
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