1) Não adianta só condenar o marxismo, se você não condena a linguagem marxista. "Capitalismo" e "justiça social" são termos marxistas e costumam ser recorrentes em encíclicas. Se a doutrina de Marx et caterva é condenável, a linguagem, seu acessório, deve seguir a sorte do principal.
2) A linguagem marxista é feita de tal modo a ser dúbia, a induzir pessoas de boa-fé ao erro. Desde Pio XII tem sido recorrente usar essa linguagem, uma vez que ela já era de uso corrente, uma vez que não estamos fazendo nosso trabalho de dizer as coisas da maneira correta.
3) Um conteúdo conforme o Todo que vem de Deus pede uma forma canônica de se expressar, de tal modo que deixe transparecer a verdade, pois Jesus é Deus feito homem e é a verdade em pesso. Se o Sumo Pontífice usa linguagem marxista, é como se Cristo estivesse falando em linguagem dúbia, tal como está fazendo o Papa Francisco atualmente - a tal ponto que o verbo deixará de ser carne.
4) Isso vai gerar uma crise do ensinamento ex cathedra, a tal ponto que gerará uma crise de fé, pois a verdade de fé não poderá ser enunciada, por falta de uma linguagem adequada.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2017.
Comentários Adicionais:
Sara Rozante: E não só em matéria de economia e sociedade. Até mesmo em encíclicas que falam sobre ciência há uma linguagem inapropriada.
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Sara Rozante: E não só em matéria de economia e sociedade. Até mesmo em encíclicas que falam sobre ciência há uma linguagem inapropriada.
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