1) Até 2016, quando finalmente venceu a série mundial, o Chicago Cubs passou mais de 100 anos sem ser campeão no baseball. Por muito tempo, eles ficaram conhecidos como lovable losers (admiráveis perdedores). Esse tipo de coisa no Brasil é uma coisa inconcebível, mas ela não acontece só nos esportes, mas também na própria vida.
2.) No Brasil, um homem de sucesso se mede por quantas mulheres ele comeu. Como levei 14 anos para ter minha primeira namorada, então neste quesito eu sou um lovable loser. Mas essa primeira namorada não tinha nada de bom - então larguei-a de mão e desde então estou procurando alguém que tenha algo a acrescentar.
2.2) O lado bom de ser um lovable loser é que venci ao perder - a cada derrota, uma nova vitória. Como sempre acreditei que beleza aponta para a bondade e para a verdade, então as republicanas que não tinham outra coisa senão beleza exterior não me impressionavam tanto.
2.3) Quando migrei pra vida online, para a vida intelectual, é que passei a dar mais valor à castidade. E quando me profissionalizei, um ano depois da JMJ, é que finalmente encontrei mulheres dignas com as quais pudesse conversar.
2.4) As primeiras amizades surgiram - e neste ano é que pude conhecer algumas moças de minha terra que são tão lindas quanto as polonesas que vi. Eu as adicionei não faz muito tempo, mas estou criando coragem para conversar com elas.
2.5) Se uma delas me disser "sim", ótimo; se eu ouvir um "não", não tem problema.
3) A única coisa que sei é que estou perto da maior vitória pessoal que já tive. E isso que vivi mereceu realmente ser contado como história.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 10 de outubro de 2017.
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