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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A santa tradição nasce da arte de se estar conforme os planos de Deus

1) Se a função da beleza na arte é servir à verdade, à conformidade com o todo de Deus, então a tradição é a arte de se estar conforme à verdade de Cristo e inspirar outras pessoas e seguirem a Cristo ao longo do tempo e com o passar das gerações. Tudo isso decorre da lei natural, da constituição que se dá na carne.

2) Com o passar do tempo, coisas novas surgem não só para confirmar o que era bom e correto e que já era conhecido, mas também para reforçar e realçar o que é por si só belo, de modo a que as futuras gerações possam conhecer a grandeza de Deus, através da santa tradição apostólica. Dessa forma, evita-se a troca do bom pelo ruim - eis aí o fundamento da não-traição e da atualização constante da santa tradição edificadora.

3) É da santa tradição que surge o sagrado magistério, que atualiza a mensagem da bíblia para o tempo presente, inspirando um poderoso processo de capitalização moral que faz frente a todo o mal, combatendo-o até alcançar a paz, que se dá em Cristo.

4) Esta é, enfim, a verdadeira arte humanizadora. Não é à toa que a Igreja promove o mecenato permanente dessa arte, através da evangelização e do patrocínio de artistas, que usam seus dons a serviço da evangelização, coisa que se dá em boa pintura, boa literatura, boa poesia, boa ciência e boa escultura. 

Comentários sobre a polêmica envolvendo Olavo e a Causa Imperial

No meu entender o prof. Olavo não tem razão nessa questão que ele está levantando com a Causa Imperial.

1) Já assisti algumas palestras dos Príncipes da Família Imperial Real do Brasil, e diversas vezes vi o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança mencionar de maneira clara os "erros da família Imperial no passado", mais do que isso, fazendo referência inclusive àquilo que o seu pai, Príncipe Dom Pedro Henrique, lhes ensinou sobre os erros cometidos pela monarquia no Brasil e no mundo e que tiveram como fruto a deposição (caso da Família Imperial Real do Brasil) ou a morte (caso da Rússia) das monarquias. Ademais, a postura de TODOS os varões de linha principal da Casa Imperial do Brasil é - hoje - a de DEFESA RADICAL da Igreja Católica como esteio necessário ao Brasil, coisa que o prof. Olavo também faz ao seu modo (ou: de modo um pouco diferente). Ou seja, se seus ancestrais cometeram erros, HOJE os membros da Família Imperial Real do Brasil fazem o contrário. Isso significa que fizeram, sim, aquilo que chamam de metanóia, da mesma forma que o próprio prof. Olavo fez em relação ao comunismo.

2) A monarquia brasileira perseguiu a Igreja Católica tanto quanto possível? É óbvio que não. Quem perseguiu a Igreja Católica "tanto quanto possível" foram os revolucionários franceses, os comunistas, etc.

3) Questão de pedir desculpas publicamente. O Chefe da Casa Imperial Real do Brasil vai pedir desculpas publicamente para QUEM? Para algo impalpável chamado "o povo brasileiro"? Como se opera uma coisa dessas? A única forma, penso, é na própria consciência individual dos Príncipes e naquilo que eles dizem em oração diretamente para Deus e na oração contida nas ATITUDES no presente.

Enfim, as respostas que o prof. Olavo deseja são, respectivamente, não e sim.
Nesses pontos que o prof. levantou, no meu entender, ele não tem razão não.

Algo que me desagrada na maneira como a questão está sendo posta é que ela expõe a Família Imperial Real que existe HOJE a um prejuízo que não é justificado. Influente como o prof. Olavo é, é certo que com esses comentários já surgiu "do nada" fãs do prof. Olavo que são "anti-monarquistas desde criancinha".

PS: Por justiça faz-se necessário lembrar que a história da linhagem da Família Imperial do Brasil não inicia com ela no Brasil, mas tem raízes em grande parte da história de Portugal. Com isso quero dizer que mesmo que a Família Imperial do Brasil possa ter causado ou participado de algum prejuízo ao catolicismo no Brasil, torna-se necessário lembrar que graças à atuação dos ancestrais dessa mesma linhagem o ensinamento do Cristo foi levado a meio mundo, para a Ásia, África e à América, com dezenas de milhares de mártires. Não me parece justo ressaltar uma ação estabalhoada num período muito conturbado sem lembrar-se também daquilo que foi feito de bom e acertado.

(Francis Lauer)

Da responsabilidade da 21º Província, neste contexto de cativeiro republicano


1) O Olavo tem razão quando diz aos monarquistas para se arrependerem de seus pecados contra o Império, pois nenhum povo ou civilização subjugada consegue se recuperar sem um longo e doloroso exame de consciência.

2) Se os judeus no cativeiro da Babilônia fizeram e, com a graça de Deus, conseguiram impedir Nabucodonosor de praticar um genocídio, e convenceram Ciro de fazê-los retornar, por que não pode os poucos brasileiros decentes que ainda restam fazer o mesmo? Tal dever e responsabilidade de examiná-los deve recair ainda mais sobre essa 21º província que somos todos nós, nesta época de cativeiro franco-republicano.

3) Eis uma peça que narra o drama dos judeus no tempo do cativeiro da babilônia. A dor deles também é nossa, nas nossas circunstâncias de hoje: http://adf.ly/rlCxa

(Tiago Barreira)

Fundamentos bíblicos da aliança do altar com o trono


1) Eis aqui duas postagens que exemplificam o efeito imediato da aliança do altar com o trono: a humildade do governante.

2) A humildade dá causa à sabedoria conforme o todo de Deus. É com base nessa humildade que nasce a justiça conforme o todo, que rege e serve.

3) Um pai de muitos humilde distribui essa humildade aos súditos que estão debaixo de sua proteção, pois é um dar sistematicamente aquilo que é de direito para o povo que sempre dá a César o que é César e a Deus o que é de Deus.

Passagem 1: http://adf.ly/rl9mw

Passagem 2: http://adf.ly/rl9p1

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A trindade é um sistema

1) A trindade é a unidade fundada em três pessoas. Logo, é um sistema.

2) Para a trindade ser verdadeira e ser conforme o todo, as três pessoas precisam desempenhar bem seus papéis e precisam atuar de boa vontade, de modo a que o verbo divino se manifeste e comece a edificar as coisas em conformidade com o todo. Essa colaboração permanente é a causa que alimenta o movimento perpétuo do verbo divino.

3) Quando se perde a noção de que a trindade é um sistema, as pessoas tenderão a enxergar a trindade como uma árvore oca e vazia. Tenderão a ver a trindade como uma mera unidade formal, uma coleção onde qualquer verdade pode ser colocada nela, a gosto do freguês.

4) E se ela fosse uma mera unidade formal, então ela estaria avessa à verdade divina, que determina que as três pessoas da unidade devem trabalham juntas, para o bem das coisas que este edificou, de modo a salvar os homens do pecado original.

5) Todo monarquianismo necessita de solas, de modo a se fechar para a verdade, que se dá em Deus.

A reta tradição é sistemática

1) Houve quem dissesse esta frase: "Art for art's sake is an empty phrase. Art is for the sake of truth, art is for the good and the beautiful -- that's the faith I am in searching for"

2) Se a busca da arte pela arte leva a uma fé vazia, a mesma coisa se dá quando se busca o respeito à tradição pela tradição, dissociada da sua razão de ser: a verdade em Cristo.

3) A tradição pela tradição é a sola fide sistemática - e fé sistemática sem obra é fé morta sistemática.

4) A reta tradição é um sistema, onde pai, filho e o espírito santo trabalham de maneira coordenada, de modo a que o verbo divino entre em constante movimento, de modo perpétuo.

5) Todo bom sistema para funcionar necessita que seus elementos trabalhem bem e de boa vontade, de modo a dizer sistematicamente sim àquilo que Deus estabeleceu para nós.

6) Quando não se enxerga os elementos do sistema, que são as pessoas, a visão não será a de um sistema que é conforme o todo, mas de uma mera forma que se opera em três modos distintos. E isso é só uma descrição aparente e vazia da reta tradição, que mata a essência do verbo divino sistematicamente.

7) Tudo na vida é sistema. Para se beber da reta tradição, chá e xícara precisam ter seu papel de modo bem definidos, de modo a que possam alimentar quem se serve dele.

8) Quando se confunde chá com a xícara, o fim será inútil e fora da conformidade com o todo

A boa vontade nasce do constante sim a Deus


1) A boa vontade nasce do sim constante a Deus.

2) Esse sim constante a Deus busca formas adequadas, de modo a atender a esse chamado, de modo a pregar a verdade, que se dá em Cristo.

3) Todas as formas são possíveis, desde que atendam a um fim bom e necessário e que nos leve a admirar a grandeza de Cristo, que se operou através do meu sim a Ele. E esse meu sim é o exemplo que deve ser distribuído a todo o povo sistematicamente. Eis aí o fundamento da verdadeira autoridade, fonte verdadeira do prestígio.

4) O verdadeiro princípio da instrumentalidade das formas nasce dessa conformidade com o todo.

5) Ainda que a lei dos homens prescreva uma forma fora da conformidade com o todo de Deus, esta forma não pode e não deve ser usada, pois viola a lei natural, já que ela nos afasta da amizade com Deus. São as formas jurídicas anti-éticas, pois da árvore envenenada da lei pervertida virão atos jurídicos pervertidos, que são os frutos dessa lei.

6) Exemplo disso são os casos em que a lei me força a pagar por um tributo de modo a custear o assistencialismo governamental. Ela perverte a caridade. E há casos em que a lei torna a esmola ilegal, de modo a haver mais dinheiro para o governo através da tributação.

7) Esta lei é inconstitucional, imoral e corrupta. Por isso, não deve ser obedecida.