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terça-feira, 16 de julho de 2019

Do abrasileiramento como um sistema de emulação

1) Se a emulação é um sistema fechado, fundado no homem, pelo homem e para o homem, então a tendência é que o homem, enquanto animal que erra, tenda a se tornar o animal que mente a cada geração.

2) Quando o Brasil foi alijado da missão de servir a Cristo em terras distantes, em 1822, no lugar dela foi criado todo um sistema político pautado na mentirosa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, de que foi explorado. Tudo o que remontava a Portugal e a Cristo foi desligado e desmontado.

3) A maior prova desse desligamento está no fato de que os personagens da nossa literatura vivem no mais puro autoengano, pois se o paradigma do país, o homem médio, é o animal que mente, então a emulação está tão avançada que, para desmontá-la, será preciso que se ensine a História de Portugal como ponto de partida para se compreender o que realmente somos. Cristo é a razão de ser das coisas - por isso, precisamos entender o que fomos para destransformar o que nos tornamos: um verdadeiro horror metafísico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de julho de 2019.

Mais notas sobre imitação e emulação

1) A conformidade com o Todo que vem de Deus é essencialmente imitação do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem em tudo o que fez e viveu, levando-se em conta o que ele faria se ele vivesse uma circunstância de vida mais ou menos parecida com a minha vida, na minha circunstância particular, o que pediria um profundo exercício imaginativo da minha parte, contanto que eu não perca a amizade d'Ele por conta do pecado.

2) A imitação é um sistema aberto porque os cristãos ao longo dos tempos e dos lugares viveram diferentes tipos de circunstância, a ponto de provar o sabor de diferentes coisas e ficar com o que é conveniente e sensato. Por isso mesmo que as coisas vão se revelando com o passar com o tempo, uma vez que a verdade é a filha do tempo, a ponto de renovar todas as coisas.

3.1) A emulação tem profunda relação com o mecanicismo. Quem é rico no amor de si até o desprezo de Deus tende a programar as coisas de modo que todos busquem a liberdade sem a verdade, a ponto de se tornar uma norma social obrigatória.

3.2) A ausência da verdade como fundamento da liberdade leva à gnose, ao fechamento da alma para a amizade com Deus. Quando isso atinge a sociedade sistematicamente, isso vira ideologia, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de julho de 2019.

Sobre fazer ciência social a partir de simuladores

1) Para se aprender a dirigir, a forma mais segura de se praticar é no simulador. Para se aprender a trabalhar com madeira, você faz o seu treinamento num ambiente de realidade virtual onde você pratica carpintaria de maneira simulada.

2) O simulador é não é uma fuga da realidade, mas a imita de tal maneira a te preparar bem para ela. Ao aprender a dirigir, você pode sofrer um acidente no processo e morrer; ao lidar com madeira pela primeira vez, você tende a desperdiçar material, por falta de experiência prática.

3) Quando jogo meus jogos de estratégia, que são em geral simuladores sociológicos e históricos, meu objetivo é captar os elementos de realidade que o simulador está tentando imitar, ainda que de forma mais ou menos perfeita. Só por isso, já é o suficiente para poder meditar sobre a experiência.

4) Para o professor Olavo, a realidade é a base para se provar o sabor das coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato. Considerando que o Rio de Janeiro não é um lugar seguro para se expor e experimentar as coisas, então não vejo outro caminho que não fazer estudos tendo por base os simuladores. Assim, amplio meus conhecimentos de história, de filosofia, de direito e de economia, facilitando o processo de digestão de tudo o que li nos livros.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de julho de 2019 (data da postagem original).

Reflexão sobre dação em pagamento e fungibilidade dos bens

1) Para haver fungibilidade, é preciso que as coisas sejam do mesmo gênero, quantidade e qualidade.

2) Dação em pagamento é dar coisa diversa de dinheiro. Em vez de real, a pessoa dá dólar. A lei brasileira mesma não considera dólar como dinheiro, mas uma commodity.

3) Dólar é caro e difícil de ser conseguido naturalmente, pois não é qualquer pessoa que tem. Por isso mesmo, infungível.

4.1) Por outro lado, o dólar, por ter poder de compra maior que o real, abre a porta para você poder comprar coisas na América. E tomar o país como um em Cristo implica relacionar-se com as pessoas daquele local e servir a elas de modo a conseguir dólares.

4.2.1) Neste ponto, a infungibilidade pode se transformar em fungibilidade, desde que você tome dois lugares como um mesmo lar em Cristo. Você está agindo como um diplomata perfeito de tal maneira a criar pontes que favoreçam a integração dos EUA com o Brasil.

4.2.2) Este trabalho de integração não cabe só ao governo - o senso de tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo leva a uma vocação, a uma cultura fundada na santificação através do trabalho.

4.2.3) Isso leva a uma formação de uma comunidade de tal maneira que os membros dela sejam nativos de dois ou mais idiomas. Mais do que isso, eles também aprendem muitas coisas sobre História e Geografia de seus ancestrais, assim como da cultura e da língua deles. Por conta de haverem aprendido muito, tornam-se polímatas.

4.2.4) Essas coisas não podem ser ensinadas nas escolas de hoje em dia, dado que alienam e destroem a beleza que pode decorrer do casamento de pessoas de nacionalidades diferentes que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.5) Afinal, a escola está comprometida com o senso de tomar o pais como se fosse religião, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele - o nacionismo tende ao universal. Por isso mesmo, ele é mais um dos filhos da Santa Madre Igreja Católica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de julho de 2019.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Nacionismo é como plantar uma semente de modo que dê bons frutos - reflexão sobre isso

1) O senso de tomar o país como um lar em Cristo é uma semente. A semente para dar fruto depende de todo um terreno preparado para receber aquela semente.

2) Para haver plantio direto, é preciso que a Igreja Católica seja a instituição com maior credibilidade junto ao povo, fazendo com que os políticos se comprometam com o Reinado Social de Cristo-Rei, a ponto de o senso de se conservar a dor de Cristo ser a base para se dizer o direito na sociedade, de tal maneira que o inocente não seja injustamente condenado. Exemplos de países onde o plantio direto é possível: Argentina e Polônia.

3.1) Em países onde o secularismo é muito forte - como é o caso dos EUA, da França ou mesmo do Brasil do governo Bolsonaro -, você vai precisar plantar o nacionismo nas escassas comunidades paroquiais onde o sacerdote se preocupa em realmente ensinar a palavra de Deus, a ponto de fazer com que a Igreja militante faça as coisas de modo a ocupar os espaços na política e reverter todo esse estado odioso de coisa que a maçonaria implementou por aqui.

3.2.1) Para quem é nativo do Brasil e conhece a realidade local desde dentro, uma excelente paróquia é tudo de que necessitamos - precisamos morar o mais perto possível de uma excelente paróquia local. Com o tempo, podemos mapear quais são as melhores paróquias da diocese, de modo a semear esse senso.

3.2.2) Agora, quando se trata de servir a Cristo em terras distantes, você vai precisar tomar primeiro como um lar em Cristo um lugar onde o catolicismo é forte de tal maneira que a porta da América seja aberta pra você.

3.2.3) A comunidade brasileira na América tem os vícios inerentes do Brasil moderno: a maçonaria promoveu o relativismo religioso de tal maneira que o protestantismo começou a corroer o tecido social. Isto é um fenômeno de meados do século XX até os anos 80, quando começou a surgir a onda migratória para a América em busca de um melhor padrão de vida, uma vez que a riqueza como sinal de salvação ficou bem enraizada entre nós, a ponto de colonizar nosso imaginário e fomentar má consciência entre nós.

3.2.4) É por essa razão que a comunidade brasileira na América não é o melhor termômetro para se tomar o referido país como um lar em Cristo: esta comunidade foi moldada à imagem e semelhança de toda a sandice revolucionária decorrente de 1822, a ponto de negar a missão de servir a Cristo em terras distantes - ela foi imaginada para cumprir um propósito maléfico. Por isso, você vai precisar do pulmão oriental do nacionismo, a Polônia, uma vez que o pais mais ocidental da Europa foi tomado pela maçonaria, a ponto de levar todo o Ocidente a ser traído e tomado de assalto por todos aqueles que buscam a liberdade, a igualdade e a fraternidade, mesmo que isso custe a morte de países inteiros.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2019 (data da postagem original).

Notas sobre a importância de se implementar uma diplomacia do feijão com arroz

1) Aqui no Brasil se consagrou a diplomacia do hambúrguer: se você for fluente em inglês, habituado à cultura local (a ponto de ir a Disney incontáveis vezes), e se for capaz de fritar hambúrguer no frio do Maine, então você tem a chance de ser embaixador do Brasil em Washington D.C.

2) A verdade é que - mesmo que eu domine o polonês, que eu esteja habituado à cultura polonesa (a ponto de ir à Igreja todo santo dia) e que eu seja capaz de fazer pierogi para os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento em Varsóvia - isso não me preparará para servir a Cristo em terras distantes, se o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem não for a base para ser representante do meu país perante uma autoridade estrangeira, enquanto agente acreditado.

3) Infelizmente, eles estão a fazer humor negro a partir de coisas sagradas, de coisas fundadas na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

4.1) Para que eu me torne diplomata do meu país, eu preciso ter tomado aquele país para o qual serei enviado como meu lar em Cristo. Preciso conhecer sua cultura, sua política, seus costumes a ponto de ajudar os católicos locais a combaterem a heresia reinante da América, já que a América foi forjada a partir de uma revolução maçônica, a ponto de toda a sua cosmovisão ser pautada pela cultura de que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados, nos termos de uma visão protestante.

4.2.1) Se eu ajudar os católicos locais a conquistarem espiritualmente a América, aí poderei restaurar a verdadeira América Portuguesa, a ponto de libertá-la do jugo maçônico e expandi-la sem disparar um único tiro, uma vez que darei causa para que tomem a América Portuguesa e a América Anglo-Saxã como um mesmo lar em Cristo. Como estrangeiro, receber um título de nobreza por conta de ter cooperado com os católicos locais já é um indício de que sou uma autoridade entre a comunidade local, a ponto de ser chamado a ser chefe da comunidade brasileira local nesta parte da Lusitânia Dispersa, pois estarei ajudando a edificar pontes de modo que a América troque suas bases maçônicas por bases católicas. É ganho sobre a incerteza.

4.2.2) Mais do que essa insensata diplomacia do hambúrguer - que não alimenta o corpo, nem a alma -, eu prefiro a diplomacia do feijão com arroz. A primazia da realidade, de que todas as coisas devem estar sujeitas à realeza de Cristo, precisa se tornar o fundamento da liberdade não só deste continente, mas em todo o mundo.

4.2.3) Para haver uma América unida em Cristo, por Cristo e para Cristo, é melhor que o continente seja inundado pelo oceano da misericórdia, de tal maneira que a verdade seja descoberta apesar de toda essa onda de consevantismos sistemáticos, que são verdadeiros tormentos para os que vivem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2019.

Do deuteronômio e da conseqüente arquitetura voltada para o bem comum


1) O deuteronômio é a segunda lei, visto que a primeira se perdeu por conta do conservantismo dos judeus, que preferiram adorar um bezerro de ouro a adorarem Aquele que os tirou da escravidão do Egito.



2.1) Cristo, o segundo Adão, veio dar pleno cumprimento à segunda lei.



2.2) É do pleno cumprimento à segunda lei que temos uma arquitetura fundada no princípio de que devemos a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próprio como a nós mesmos.



2.3) Como arquitetura é segunda construção em grego e como Cristo era carpinteiro, construtor, então esta arquitetura gerou uma ordem urbana onde a cidade dos homens tende a imitar a cidade de Deus, a Jerusalém Celeste. Eis o medievo.



3.1) O segundo é o último do primeiro - por isso os últimos, os trabalhadores de última hora, os relegados à segunda classe, serão os primeiros a servirem a Cristo em terra distantes.



3.2) Os católicos que tomam o Brasil como um lar em Cristo, não obstante todos esses atos de apatria acumulados ao longo do tempo, salvarão este país da deriva em que se meteu, bem como deste naufrágio civilizacional em que nos metemos.



José Octavio Dettmann



Rio de Janeiro, 15 de julho de 2019.