1) Um suserano é um microcosmos do soberano.
2) Se a família comum é um microcosmos da Família Imperial, da monarquia, então o pai de família é um microcosmos do Rei. Se ele se mostrar sábio e influente, haverá gente que voluntariamente servirá a ele, gente que o acompanhará onde quer que este vá, pois será um microcosmos do general. Ou seja, ele é suserano de muitos vassalos - isso é uma prova de que a vida é mesmo feudal e decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.
3) Se essa cultura de cosmos e microcosmos se tornar viva, isso na prática restaurará o senso de fragmentação política, posto que ela se dará no alto dos céus. Como isso se dá na carne, isso volta a ser realidade.
4) É da fragmentação política que surge o princípio da subsidiariedade. Como acessório segue a sorte do principal, então aquilo que o conjunto das famílias não puder fazer será feito pelo prefeito local, que é o primeiro cidadão da localidade, um microcosmos do Rei e seu fiel representante. Da mesma forma, aquilo que não puder ser feito pelo conjunto dos municípios será feito pela figura das províncias. E aquilo que não puder ser feito pelo conjunto das províncias será feito pela Coroa, que representa a União das províncias, uma verdadeira federação.
5) Essa configuração política precisará do trabalho de muitos anos de modo a ser construída. E de homens sucedendo uns aos outros.
6) O movimento monárquico não é uma ideologia, tal como estão fazendo. É um movimento evangelizador, um apostolado - se o Crucificado de Ourique não for o centro de todas as coisas, não haverá restauração, pois isso deve se dar na carne até restaurar o senso de fraternidade nacional, que é um microcosmos da fraternidade universal, coisa que decorre de Deus. E isso é nacionismo.