Situações de jogo que encontro no Patrician II - Quest for power:
1) Lübeck, sede das minhas atividades, está demandando cerâmica. Na cidade vizinha, que fica a menos de um dia de barco, a cerâmica custa em torno de 250 dinheiros; em Gdansk, o centro produtor de cerâmica por excelência e que fica a um dia de barco de Lübeck, o preço está em 180 dinheiros. Faço a compra e volto para Lübeck.
2) Quando Lübeck não tem esse bem a oferecer, eles costumam pagar 360 dinheiros.
3) Enfim, quando uma pessoa é experiente e conhece as praxes comerciais dos mais variados centros comerciais que compõem a Liga Hanseática, ela tende a manipular o sobe-e-desce dos preços - eis o fundamento da especulação.
4) O sobe-e-desce dos preços depende da oferta e da demanda. A compra dos produtos pelo menor preço possível e a venda pelo maior preço possível é uma questão de oportunidade. Quando o vendedor troca a circunstância X (compra pelo menor preço possível) pela circunstância Y (venda pelo maior preço possível), ela está fazendo uma troca intertemporal e maximizando o financiamento de sua atividade. Como está a almejar o dinheiro, então essa manipulação do tempo passa à margem da oferta e da demanda - e ao passar à margem da oferta e da demanda e ao manipular o tempo com a especulação, ele está a praticar economia de ordem pública - e com isso, a impessoalidade, base para se edificar liberdade para o nada. Se o comprador tivesse a oportunidade de ver como é a praxe do mercador, ela perceberia que se sentiria lesada - algo que costumamos ver na usura.
5) A economia impessoal tende a ser abstrata, pois ela visa muito a conhecer o que cada cidade produz de bom, a escolher o melhor momento de comprar e o melhor momento de vender. É uma economia de manejo - e ela não olha para o que o povo está precisando, mas para as melhores condições de venda. Trata-se uma economia técnica, fundada em números e não em pessoas. Se os números governam o mundo, então o dinheiro é tomado como se fosse um Deus e o Estado tende a ser tomado como se fosse religião.
6) O germe do Renascimento Comercial levou necessariamente ao ressurgimento da usura e à descristianização da sociedade, no longo prazo.
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