1) A questão do risco e da incerteza na economia está fortemente relacionada à impessoalidade.
2) Quando você está servindo de maneira impessoal, o risco tende a ser maior, pois haverá mais chance de haver conflito de interesse qualificado pela pretensão resistida. Logo, o Estado terá de intervir a partir do momento em que a economia impessoal passa a ser a base da vida humana. E é assim que começa a publicização do Direito Privado.
3) Se o risco maior leva a lucros maiores, isso implica necessariamente custos maiores - pois o Estado tenderá a ser maior, justamente porque o Deus do dinheiro vive necessariamente da negação da fraternidade entre nós.
4) Numa ordem onde a verdade, aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, é conhecida e obedecida, o risco é zero, pois você confia no seu próximo. Se você serve bem ao seu próximo, a recompensa virá, dentro do tempo de Deus, que é generosidade.
5) Mesmo numa ordem de conhecidos, o único risco que há se dá por força das circunstâncias - pode haver mal desempenho das colheitas, um desastre marítimo e outras coisas que não dependem da ação humana - e isso é força maior. Contra a força maior, a única solução possível é seguro, de modo a mitigar os prejuízos.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2016 (data da postagem original).
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