1) A questão da lei da oferta e da demanda surge num contexto de tecnicismo - algo muito comum aos tempos do século XIX. E foi nessa mesma época que surgiu o positvismo, onde a lei tende a prevalecer sobre o costume.
2) Só num ambiente em que se dá muita primazia às ciências naturais é que vemos as coisas se reduzirem a lei tal como são as leis da física. Trata-se de um tipo de gnose, pois ignora a questão da fraternidade universal e da conformidade com o Todo que vem de Deus.
3) Embora a troca seja um fenômeno regular e constante, ela deve ser olhada com os olhos voltados para a Lei Eterna - o homem é criatura e está sujeito à Lei Eterna de Deus. Se o fenômeno da troca for tomado como se fosse coisa, então ela será reduzia a uma lei e isso vira um mecanicismo. E a economia se torna uma técnica de manipulação - e isso favorece a uma intervenção maior no Estado na economia, justificando o argumento de que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2016 (data da postagem original).
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