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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A Reconquista das Universidades deve se dar de fora para dentro

1) Há quem diga que falar em empreendedorismo dentro do âmbito das nossas universidades é "matar o espírito acadêmico".

2) Se matar o espírito acadêmico implica matar a pseudociência fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que mata a razão de ser das nossas universidades, então é isso que devemos fazer.

3) Devemos empreender intelectualmente aos nossos pares de modo a que amemos e rejeitemos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - se Cristo é a verdade, então devemos amar a sabedoria decorrente da verdade, daquilo que é decorrente da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) As universidades nasceram para serem empreendedoras nisso. O fato de se restaurar a cultura do empreendimento é algo que faz parte do próprio processo de restauração do cristianismo nas universidades, fazendo com que as instituições voltem seus olhos à cultura que as criou - pois sem Cristo elas não são nada, a não ser fonte de sabedoria humana dissociada da divina, base para todo empreendimento vil e totalitário cujo estrago estamos a testemunhar.

5) Essa cultura renovatória deve vir de fora para dentro - para haver pensadores universitários inovadores, é preciso que haja pensadores fora dela que façam um trabalho intelectual sério e independente, tal como faz o professor Olavo de Carvalho. 

6) O fato de ele ser um empreendedor intelectual independente deve ser imitado - e a imitação disso leva ao distributivismo desse comportamento, que por sua vez leva a uma cultura de se colaborar sistematicamente com o trabalho deste educador, por conta do bom serviço que ele presta, pois preparar as almas para o bom combate é algo que deriva da caridade, algo que está nos planos de Deus. Só após uma cultura sistemática de imitação dos virtuosos é que teremos um exército capaz de reconquistar as universidades, tendo como armas de edificação sistemática o dom da palavra, o dom da sabedoria, a prudência e a sensatez. E isso é um trabalho que demanda gerações - base para a formação de uma nova tradição fundada nisso.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

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