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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Para se discordar do que falo, é preciso se olhar para o que mais amo, pois o que escrevo se funda no fato de que quero amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, apesar das minhas imperfeições

1.1) Você pode discordar de mim, desde que tenha fundamento. Se vir que você tem fundamento, é porque vejo o próprio Cristo apontando os meus erros, por conta de estar conservando o que é conveniente e dissociado da verdade de maneira involuntária. É preciso olhar para o que mais amo: a verdade, fundada no fato de se conservar a dor em Cristo - Ele morreu no meu lugar para que fosse livre n'Ele, por Ele e para Ele. Como escrevo tendo por fundamento o que Ele amou e rejeitou, o discordar deve se pautar neste fundamento.

1.2) Se vir que discorda de mim por ideologia, por conta de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo Jesus, eu te dou um block do qual você não vai sair nunca mais. E mais do que isso: você estará terminantemente proibido de participar de eventuais palestras minhas ou de comprar um livro meu. Talvez seus filhos e netos consigam, quando os direitos autorais estiverem expirados, após 70 anos da minha morte, mas você com certeza não, pois lugar de conservantista é no quinto dos infernos.

2.1) O lugar mais quente do inferno é reservado a todos aqueles que conservaram o que é conveniente e dissociado em tempos de crise, a ponto de serem obstinados nisso.

2.2) O país está cheio dessa gente - e erradicar esse mal a fio de espada ou a bala seria a melhor coisa a se fazer, quando se trata de restaurar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, por força de Ourique.

3.1) Já dizia Santo Agostinho: é preciso olhar para o que a pessoa mais ama; se ela ama a verdade, conservará a dor de Cristo, pois foi do sangue cordeiro derramado que temos liberdade; se a pessoa ama a si mesma até o desprezo de Deus, conservará o que é conveniente e dissociado da verdade, pois estará em conformidade com um falso todo que leva ao nada. De que adianta um ego pontifex nulo, um construtor de pontes que levam ao abismo?

3.2.1) É por isso que não trato conservantistas com afagos, muito menos com cortesia. 

3.2.2) O discordar não pode ser exercido com fins vazios, de maneira peremptória. Se a pessoa discorda do que falo, sem ter estudado tudo o que escrevi, então você pode ver nela o próprio demônio em pessoa, pois não olhou para o que mais amo.
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2017.

Notas sobre a Globo e o poderoso processo de descapitalização moral que promove por meio da pornografia

1) No início dos anos 2000, a Globo exibiu o seriado Presença de Anita. A pornografia explícita da série afetou uma jovem menina de 9 anos chamada Larissa, que mais tarde adotou o nome artístico Anita - e não muito tempo depois começou a fazer sucesso quando começou a exibir o útero a Deus e ao mundo de modo a ter uns trocados a mais na conta bancária.

2) Se hoje todo mundo está rachando a lenha por conta do fator Anita, então a culpa é da Globo, que não só promove pornografia na TV aberta como também a retroalimenta, por meio de vítimas dessa pornografia, que passaram a viver uma vida em conformidade com o todo que vem disso, que leva ao nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2017.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Coisas que faria se tivesse minha câmera comigo nos tempos de faculdade

1) Certa ocasião, eu vi uma pessoa fotografando o folheto da missa no colo, usando um tablet, de modo a poder ler o folheto da foto que tirou, de modo a poder acompanhar a missa. Conhecedor da inssatez reinante nesta terra, eu pude perceber que, se o tablet não tiver função de texto, a foto certamente sairá uma porcaria - e o trabalho dele e nada são a mesma coisa. Mas ele me deu uma idéia muito boa: ontem, quando levei minha câmera para fotografar o presépio, eu decidi fazer um experimento de fotografia.

2) Peguei o folheto da missa e fotografei da mesma forma que ele. As fotos saíram muito boas - admito que poderiam ter saído melhores, não fosse o fato de a Igreja estar lotada, por força da missa do galo, e ficar meio que espremido para fazer o trabalho, pois preciso de espaço para manipular o papel e fotografar. Como disse, o que fiz não foi algo realmente sério - foi só um experimento, o qual vou reproduzir quando tiver algum livro emprestado.

3.1) Eu sei que o Instituto Liberal daqui do Rio tem a trilogia Direito, Legislação e Liberdade, do Hayek - e consegui-la na estante virtual tem sido meio complicado. Quando pegar esse livro emprestado, vou colocá-lo no colo e vou fotografá-lo da forma como fazia antigamente, sem o uso de suporte em v, tripé ou mesmo peso de papel, pois não dá tempo, visto que estas coisas demandam tempo, muito tempo. O trabalho não vai ser aquela maravilha, mas o que importa é conseguir aquilo que é difícil de ser conseguido. Eu já tenho experiência no uso da luz - e minhas fotos estão ficando melhores a cada dia. Se eu conseguir fotografar com uma qualidade aceitável, então já terá valido à pena. A câmera que eu tenho é muito boa - e com ela, eu faço coisas incríveis.

3.2) Se tivesse essa câmera que tenho comigo há 7 anos na época em que cursei faculdade, eu poderia fotografar muitos livros usando essa técnica; passaria uma tarde sentado numa poltrona da biblioteca do Gragoatá, poria o livro no colo e ficava fotografando o livro até concluir o projeto. Tirava pelo menos 4 fotos, antes de passar de uma página a outra. Quando voltasse pra casa, colocava as fotos para serem processadas no snapter e voltava à biblioteca no dia seguinte. 
 
3.3) Ou então eu poderia fazer um empréstimo e faria fotografia em casa até concluir o projeto - isso se estivesse fazendo as coisas no meu quarto, aqui no apartamento dos meus pais em Jacarepaguá. Isso se admitirmos as minhas circunstâncias atuais de vida; na época em que cursei faculdade, eu morava em Bangu e não havia a menor condição de fazer isso que me proponho fazer; um mundo de distância separa meu antigo bairro de Niterói, onde fica a UFF, a universidade onde me formei em Direito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2017.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Imagens falam mais que mil palavras

Arremedo de presépio, posto no Santuário de Fátima
Presépio da Paróquia Nossa Senhora de Fátima no Pechincha, um pouco antes de ser abençoado pelo Mons. Jan Kaleta

Presepadas que já vi na minha paróquia (coisas de br sem noção)

É possível fazer um retrato da sociedade brasileira desde a própria paróquia. O comportamento de um é uma amostra de que milhares, ou mesmo milhões de pessoas, fazem o mesmo. Por isso, deixo aqui uma lista de algumas presepadas que aconteceram comigo ou que pude presenciar ocorridas em minha paróquia. Não são muitas pessoas fazendo isso, mas dá uma idéia de como a Igreja vai mal das pernas, mesmo numa paróquia considerada excelente (pois, pelo que vejo na Internet, há coisa muito pior do que isso que descrevo).

1) Enquanto tentava fotografar a Rafinha, a gata da paróquia, uma criatura vê que estou tentando fotografar a gata. Ela chama a Rafinha, que vai ao seu encontro e estraga a foto. Certamente a criatura queria aparecer na foto junto com a gata.

2.1) Um tipinho pega o tablet, coloca o folheto no colo e fotografa o folheto da missa, de modo a acompanhar a missa pela foto tirada do folheto. Isso é o cúmulo do exibicionismo - parece que o sujeito quer dar uma de descolado. Quando levo minha câmera, eu fotografo o folheto um pouco antes de a missa começar, levo as fotos pra casa, processo no snapter e faço os destaques de modo a meditar sobre as escrituras.

2.2) Eu tenho levado a câmera por várias razões: a primeira é que moro numa rua de ladeira - como tendo a transpirar muito, o papel fica todo molhado de suor, inviabilizando a digitalização do documento; a segunda é que, quando fazia catequese, teve um sujeito mal-educado da Pastoral do Acolhimento que arrancou o folheto da minha mão de modo que fosse aproveitado na missa da noite. Só fui ter acesso a esse mesmo folheto 3 anos depois. Era sobre a parábola dos trabalhadores de última hora, que me serviu de base para vários pensamentos meus sobre distributivismo. A insensatez do br atrasou minha pesquisa por três anos.

3.1) Nesta missa de Natal e em outras missas especiais, eu tenho observado que, quando o Pai Nosso é rezado em latim, algumas pessoas, por não compreenderem a língua, aproveitam para fazer uma social e botar o papo em dia, criando uma pequena conversa paralela enquanto a oração é rezada - no Pai Nosso em Latim, só o padre e o coral rezam em latim, pois eles estudaram.

3.2) Quando o Pai Nosso é rezado no vernáculo, uns dão as mãos, outros abrem as mãos tal como o sacerdote faz e alguns dizem amém após o Pai-Nosso, quando na verdade a oração continua. O resultado é que acabam dizendo "amém" duas vezes - isso é fruto de catequese deficiente.

4.1) Tem momentos em que acho que Camus tem razão, quando este diz que o absurdo é o primeiro conceito, a primeira essência, a primeira verdade. Basta ver o totem que botaram no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal - aquele arremedo de presépio. Não só isso como também estas presepadas que ora descrevo, praticadas por alguns santinhos de pau oco da paróquia, cuja piedade, diante do presépio, é postiça. Em vez de verem a beleza do presépio que há na paróquia Nossa Senhora de Fátima, recentemente adquirido, muitos na verdade vêem aquele arremedo de presépio que instalaram no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Portugal, que retrata muito bem a feiura do que há lá dentro do coração de cada serzinho que está a fazer presepada na paróquia que freqüento, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Assim, como as pedras falarão, o verdadeiro presépio falará por si só, por força do conservantismo dos pecadores, que estão a negar Cristo em cada ato praticado, pois suas ações contrariam o discurso praticado (basta verem esta postagem, para mais detalhes: http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/12/imagens-falam-mais-que-mil-palavras.html)

4.2.1) Não é à toa que a porta do inferno é larga - larga não só para os maus, mas também para os tolos, para os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

4.2.2) Se tivesse que puxar da memória os conceitos de verdade formal e verdade real que aprendi no Direito, então eu posso dizer o seguinte: a verdade formal da constituição de 1988 diz que eles são brasileiros porque nasceram no Brasil. No entanto, a verdade real, que se dá na conformidade com o Todo que vem de Deus, aponta que brasileiro é quem toma o país como um lar em Cristo não só por força do que houve em Ourique, mas também por conta de tudo o que Ele fez quando esteve entre nós. Se não conservarmos a dor de Cristo, não seremos livres n'Ele, por Ele e para Ele, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. E o verdadeiro brasileiro não precisa ser necessariamente nascido aqui - até porque o que nasceu aqui não se universalizou, a ponto de honrar a herança que recebemos. E neste ponto, muitos dos aqui nascidos são apátridas, são verdadeiros filhos pródigos - a começar pelos descendentes de D. Pedro I, que inventou a mentira que o Brasil foi colônia de Portugal, rompendo toda aquela fundação que houve em Ourique. 

4.2.3) Aquilo foi a verdadeira expulsão do paraíso - e Sousândrade, neste ponto, está errado. Para ele, a expulsão do paraíso se deu com a queda da monarquia e a conseqüente proclamação da República. E como bem disse o professor Loryel Rocha, a monarquia de 1822 é que serviu de transição para esta república maldita, anticristã por excelência.

4.2.4) Se, para Dante, o lugar mais quente do inferno é para quem conservou o que é conveniente e dissociado da verdade em tempos de crise, então estamos todos nele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2017.

sábado, 23 de dezembro de 2017

A proposta suprema

1) Quando uma mulher recebeu a visita do anjo, seu prometido a aceitou mesmo grávida, pois soube que em seu ventre nasceria algo que pudesse quebrar até mesmo a sua desconfiança.

2) Quando fugiram das espadas romanas tiveram a certeza que tudo de que precisavam lhes seria entregue.

3) Quando O Rei nasceu envolto à um cocho, mostrou que todos podem ser grandes mesmo tendo origem humilde.

4) Quando a Estrela trouxe-lhe três reis, mostrou que até os mais abastados podem ouvir O Seu Chamado.

5) Quando os três reis viram a criança, prostraram-se de joelhos, mostrando que podemos ser poderosos, independentes do tamanho.

6) Quando os três reis presentearam a criança, viram que da sua condição humilde nascera o maior dos todos os imperadores que caminharam sobre a terra.

7) Quando sua mãe entendeu que a sua missão era a prometida por Isaías, deixou-o partir para o cumprimento das profecias.

8) Ao pregar o Novo Pacto, anciãos viram que naquele jovem jaz sabedoria suprema à de Salomão.

9) Quando alertado de sua condição após repartir o pão, o então já homem aceitou de bom grado, pois amou aos homens tal como seu Pai Celestial. 

10) Quando seu último suspiro na Cruz foi dado, seu corpo foi carregado e lavado pelos braços de sua mãe.

11) Quando todos foram céticos, as três mulheres que testemunharam foram dignas de ver pela primeira vez em sua verdadeira forma aquele que fez até mesmo a morte se transformar em nada. 

12) Quando passamos por tribulações, seu espírito nos faz lembrar do sofrimento nos desertos, onde podemos alcançar algo maior que os tesouros do Egito.

13) Diferente dos libertários-conservantistas, quem conserva a dor de Cristo é livre em Cristo, por mais indigno que seja, pois vive a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que procura compreender esse incompreensível e caminhar da mesma forma que Ele, não se importando com a força dos açoites na carne, pois sabe que só o espírito é eterno. Afinal, é isso que nos faz católicos.


Facebook, 23 de dezembro de 2017.

O indulto (ou melhor, insulto) natalino é a impunidade escancarada

O indulto natalino de 2017 (Decreto 9.246 de 21 de dezembro de 2017) é um tapa na cara do cidadão brasileiro.

É um insulto – com o perdão do trocadilho óbvio e inevitável – a todos os brasileiros cansados e desgastados com a criminalidade. Está previsto na Constituição Federal, no artigo 84, XII. Não é atribuição do Poder Legislativo, mas sim, do Presidente da República.

O decreto do indulto funciona como uma lei que anualmente, na época do natal, dispensa milhares e milhares de condenados do cumprimento integral de suas penas, mandando-os de volta para as suas casas. É o papai noel do criminoso, o saldão de ofertas penal. “Quer pagar quanto?”

A cada ano, novas regras (cada vez mais frouxas) são criadas. Se o condenado preencher os requisitos, leva o presentão. Ele vai pra casa e a gente também. Afinal de contas, fica mais perigoso ficar na rua com essa galera à solta - e é melhor não arriscar.

Se as leis e o malfadado decreto são os instrumentos de que a Justiça se vale para trabalhar, então é claro que as decisões com base neles não serão boas. E isso é para se lamentar.

O que mais me chamou a atenção foi o descontão promocional para os não-reincidentes em crimes praticados sem violência ou grave ameaça: basta cumprir um 1/5 (um quinto) da pena e tá tudo certo. UM QUINTO!

O crime de corrupção, embora seja uma espécie de crime-mãe – raiz de diversos outros delitos –, é tecnicamente um crime “sem violência ou grave ameaça”. Entretanto, dele se originam milhares de crimes COM violência, além de pobreza e todo tipo de misérias, mas ele continua sendo não-hediondo, possibilitando a liberação do corrupto com o cumprimento de mísero um quinto de pena. É a impunidade escancarada e jogada na cara do cidadão.

Brasil: TODO DIA UM 7X1 diferente – até no Natal.

Dra. Ludmila Lins Grilo - Juíza de Direito

(https://www.facebook.com/ludmila.linsg/posts/1853071501416724?pnref=story)

Facebook, 23 de dezembro de 2017.

Comentários:

Marcelo Dantas: Bom, antes constituição dos homens e seu legalismo, sou a favor das dez leis mosaicas, do décimo primeiro mandamento deixado por Nosso Senhor Jesus Cristo antes de ser crucificado e a favor da lei natural tomista. Tudo o que é contra isso deve ser motivo de escárnio, pois essas foram coisas foram usadas como prancha onde nos jogar ao mar., para alimentar os tubarões.