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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Coisas que faria se tivesse minha câmera comigo nos tempos de faculdade

1) Certa ocasião, eu vi uma pessoa fotografando o folheto da missa no colo, usando um tablet, de modo a poder ler o folheto da foto que tirou, de modo a poder acompanhar a missa. Conhecedor da inssatez reinante nesta terra, eu pude perceber que, se o tablet não tiver função de texto, a foto certamente sairá uma porcaria - e o trabalho dele e nada são a mesma coisa. Mas ele me deu uma idéia muito boa: ontem, quando levei minha câmera para fotografar o presépio, eu decidi fazer um experimento de fotografia.

2) Peguei o folheto da missa e fotografei da mesma forma que ele. As fotos saíram muito boas - admito que poderiam ter saído melhores, não fosse o fato de a Igreja estar lotada, por força da missa do galo, e ficar meio que espremido para fazer o trabalho, pois preciso de espaço para manipular o papel e fotografar. Como disse, o que fiz não foi algo realmente sério - foi só um experimento, o qual vou reproduzir quando tiver algum livro emprestado.

3.1) Eu sei que o Instituto Liberal daqui do Rio tem a trilogia Direito, Legislação e Liberdade, do Hayek - e consegui-la na estante virtual tem sido meio complicado. Quando pegar esse livro emprestado, vou colocá-lo no colo e vou fotografá-lo da forma como fazia antigamente, sem o uso de suporte em v, tripé ou mesmo peso de papel, pois não dá tempo, visto que estas coisas demandam tempo, muito tempo. O trabalho não vai ser aquela maravilha, mas o que importa é conseguir aquilo que é difícil de ser conseguido. Eu já tenho experiência no uso da luz - e minhas fotos estão ficando melhores a cada dia. Se eu conseguir fotografar com uma qualidade aceitável, então já terá valido à pena. A câmera que eu tenho é muito boa - e com ela, eu faço coisas incríveis.

3.2) Se tivesse essa câmera que tenho comigo há 7 anos na época em que cursei faculdade, eu poderia fotografar muitos livros usando essa técnica; passaria uma tarde sentado numa poltrona da biblioteca do Gragoatá, poria o livro no colo e ficava fotografando o livro até concluir o projeto. Tirava pelo menos 4 fotos, antes de passar de uma página a outra. Quando voltasse pra casa, colocava as fotos para serem processadas no snapter e voltava à biblioteca no dia seguinte. 
 
3.3) Ou então eu poderia fazer um empréstimo e faria fotografia em casa até concluir o projeto - isso se estivesse fazendo as coisas no meu quarto, aqui no apartamento dos meus pais em Jacarepaguá. Isso se admitirmos as minhas circunstâncias atuais de vida; na época em que cursei faculdade, eu morava em Bangu e não havia a menor condição de fazer isso que me proponho fazer; um mundo de distância separa meu antigo bairro de Niterói, onde fica a UFF, a universidade onde me formei em Direito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2017.

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