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sábado, 2 de dezembro de 2017

Sendo polímata, o mesmo homem pode ser múltiplo, desde que fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus

1) Se fosse agricultor, eu iria pedir a Deus - por intermédio da Nossa Santa Mãezinha - chuva, se o solo estivesse muito seco. Se o tempo estivesse muito nublado, inviabilizando a prática da fotografia, eu iria pedir sol. Sol e chuva não são antagônicos; são complementares, a ponto de gerar vida - tal como o homem e a mulher, em sagrada união a Deus por meio do matrimônio.

2) Para cada clima, para cada estação, uma atividade diferente.  E neste caso a conformidade com o Todo que vem de Deus pede que sejamos necessariamente polímatas, uma vez que as múltiplas atividades são fungíveis, pois se o clima não é favorável a uma atividade, então você pode praticar outra, se tiver condições de fazê-lo.

3.1) Uma pessoa eternamente grata a Deus jamais reclama nem murmura. E essa murmuração pode ser explicada pelo fato de a pessoa se dedicar a somente a um tipo de atividade, quando na verdade dispõe de tempo livre para fazer outras atividades, quando não há clima favorável.

3.2) Afinal, um único homem pode ter vários dons: um bom agricultor pode ser um bom fotógrafo, um bom escritor, um bom carpinteiro, um bom marceneiro. Basta rogar a Deus que lhe conte mais um pouco sobre si mesmo e aí poderá fazer bem qualquer trabalho, inspirado pelo poder do Espírito Santo. Pois a quem pedir muito, muito lhe será dado - e se muito lhe é dado, muito lhe será cobrado.

3.3) Na relação criador-criatura, Deus é capaz de dar sistematicamente diversos dons e habilidades de modo que uma mesma pessoa possa cumprir sua missão em múltiplos fronts. E dar sistematicamente é distribuir - e isso tem um fundo sobrenatural. E neste ponto, a troca torna-se heterônima, pois troca-se ignorância por sabedoria, coisa essa que vem de Deus. Só os que buscam liberdade fora da liberdade em Cristo é que vêem troca autística, uma vez que não vêem o que não se vê, pois Deus também é uma pessoa e nos criou por amor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2017 (data da postagem original).

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