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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Notas sobre as conseqüências da idéia de se chegar às Índias pelo Oeste

1) A idéia de chegar às Índias pelo Oeste, tal como foi proposta por Colombo, não era novidade. A Escola de Sagres, durante o reinado del-rei D. João II, já tinha certeza matemática de que encontraria terra por lá.

2) Quando Cristóvão Colombo teve seu plano de navegação recusado, este decidiu oferecer seus serviços ao nascente Reino da Espanha, que tinha acabado de completar a sua Reconquista. Como uma forma de demonstração de poder, a rainha Isabella empenhou as jóias da Coroa, de modo a financiar a viagem. Terras foram descobertas - por conta disso, Portugal reclamou, já que por força das bulas papais incumbia a Portugal servir a Cristo em terras distantes. Por força dessa questão diplomática, houve o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494.

3) Como a maior parte das terras do continente americano fica a oeste do Cabo Bojador, a maior parte da América coube a Espanha - no entanto, o plano de chegar às Índias pelo Oeste não foi abandonado. Portugal, no norte da América, tentou descobrir a passagem noroeste, coisa que se faz atualmente com o uso de navios quebra-gelo. Um explorador francês lançou a idéia, ainda no século XVI, da construção do Canal do Panamá - tanto é verdade que os franceses começaram a construção, mas ela não foi pra frente por força das doenças tropicais. Os EUA sucederam a França na construção e conseguiriam fazê-lo com o apoio do sanitarismo, que havia se tornado uma espécie de ideologia.

4) Graças a essa construção, o eixo econômico deslocou-se finalmente para o Pacífico, para as Índias.

5) Os capitalistas americanos, baseando-se na falsa premissa de que liberdade econômica gera liberdade política, investiram pesado na China, o que fortaleceu ainda mais o regime comunista chinês, a tal ponto que o Canal do Panamá acabou fortalecendo esse poder.

6) Como o Brasil, durante o governo Lula, reconheceu a China como uma economia socialista de mercado, isto acabou deslocando o eixo econômico do Centro-Sul para o Centro-Norte, por conta de ser mais próximo do Canal do Panamá. A mudança da capital para Brasília marca exatamente a mudança desse eixo, dessa forma de se pensar o Brasil geopoliticamente falando

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016 (data da postagem original).

Notas relevantes a respeito de uma nova fronteira agrícola que foi aberta

1) O jornalista João Batista Olivi, em recente reportagem ao Canal Rural, disse que a região de Boa Vista, em Roraima, é a mais nova fronteira agrícola aberta.

2) Uma vez colhida a soja por lá, a soja segue até o porto de Georgetown, na Guiana, e em um dia de barco atinge o canal do Panamá.

3) Como esta parte do Brasil fica no hemisfério norte, este seria um bom lugar para se estar e empreender, pois o regime da produção e da colheita é o do Hemisfério Norte. São duas safras por ano lá mais duas safras por ano no Hemisfério Sul, a ponto de gerar quatro safras por ano.

4) Eis aqui alguns dados estratégicos a respeito da nova fronteira agrícola aberta. Afinal, geopolítica deve ser pensada com base em informações estratégicas, de modo a se pensar o país como se fosse um lar em Cristo, já que servir a Ele em terras distantes pede que se conheça o potencial de cada lugar tomado como se fosse um lar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

Notas sobre o efeito da rede social no âmbito familiar, quando bem usada

1) Aqui em casa, eu repassei muitas informações importantes aos meus pais. A tal ponto que eles criaram um perfil no facebook e estão sempre buscando informações relevantes.

2.1) Com isso, dentro de casa, uma rede interna corporis acabou se formando, onde as informações são cruzadas.

2.2) Se por um lado, eu acabo informando meus pais onde eles não sabem, por outro eu acabo sendo esclarecido de certas coisas contidas nas informações que recebo, dado que alguns elementos que se dizem de "direita" (mas que são tão esquerdistas quanto os esquerdistas, nas suas posturas) tendem a induzir os sensatos ao erro, por força de seu doutrinarismo e de seu conservantismo maldito. Por conta disso, eu deleto essa gente que não presta.

3) Se eu tivesse uma famíla grande que soubesse usar a rede da forma como se deve, que é para se informar, uma verdadeira cultura de conhecimento acaba se distribuindo por todo o âmbito familiar, seja na própria casa ou nas casas dos nossos outros parentes que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

4) Se as circunstâncias me fossem favoráveis - a ponto de ter um ir e vir seguro, a ponto de não ser alvo de tentativa de assalto -, eu poderia perfeitamente obter o e-mail dos meus pares e repassar as informações que recebo para eles, de modo a que possam se informar melhor. Com isso, nasce uma pequena comunidade, que é a dos amigos, que é tão próxima quanto a da família.

5) É graças a essa riqueza gerada por essas redes que a verdade vai se propagando mais rápido, tão rápido quanto a velocidade da luz. Basta ter uma ter uma vida reta, uma fé reta e uma consciência reta, além de saber usar a rede social como uma ferramenta, bem como circunstâncias favoráveis que você fará um bom trabalho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016. 

Notas sobre minha experiência como aluno em sala de aula, em tempos de rede social (ou como a rede social favorece a nefasta cultura da patota)

1) Quando estava na faculdade, o pessoal usava o orkut para se informar das coisas sem sair de casa. Como na época eu morava longe da faculdade e não havia rede social pelo celular, eu acabava terminando que nem marido traído: eu era sempre o último a saber, dado que ninguém me contava as coisas. Se eu ficasse doente, eu terminava me ferrando.

2) No curso de polonês, os colegas de minha turma sabiam das coisas através do what's app. Como não tinha what's app, eu não recebia a informação antecipadamente - a tal ponto que eu ia à paróquia desnecessariamente, dado que ninguém me fazia a caridade de me informar.

3) É por conta dessas coisas que atualmente estou preferindo cursos online a cursos presenciais, já que colega de turma, estas atuais circunstâncias, mais atrapalha do que ajuda. Nos cursos online eu aprendo no meu próprio ritmo e não fico refém dessas palhaçadas - afinal, ninguém colabora comigo de modo a passar a informação necessária, dado que ninguém se importa com quem se encontra na mesma situação que você, que é a da sala de aula.

4) Ao mesmo tempo em que rede social favoreceu a uma maior circulação de informação, ela favoreceu ao mesmo tempo a cultura da impessoalidade, a cultura do sigilo, mesmo que naturalmente não haja. A tal ponto que aquele que não sabe das coisas, por não ter tempo de se dedicar à rede social, termina sendo prejudicado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

Notas sobre a importância de um Código de Honra dos Estudantes nas escolas

1) Nos EUA, as escolas possuem um Código de Honra dos Estudantes - e nele você vê os direitos e deveres próprios do coleguismo, estando numa sala de aula. Para quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, este Código de Honra decorria do fato de que devemos nos amar uns aos outros, tal como Cristo nos amou. Por força disso, não era preciso que isso fosse escrito.

2) Por conta do fato de a ética protestante, fundada da não crença em fraternidade universal, ser uma realidade sociológica, este Código de Honra precisa ser necessariamente escrito, pois virou uma regra de conduta que precisa ser melhor observada, dado que as pessoas não estão se importando com quem se encontra na mesma situação que a dela, em sala de aula. E em tempos de rede social, de individualismo exacerbado, as escolas deveriam ter um Código de Honra dos Estudantes, justamente para se combater a nefasta cultura de patota.

3) Se eu fosse dono de escola, eu criaria um. E quem não fosse um bom colega terminava suspenso, dado que é ato de indisciplina. E da indisciplina sistemática, por força disso, terminaria expulso do colégio. Afinal, para estar em sala de aula, é preciso ser gente primeiro  - e as pessoas estão deixando de ser isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro de 31 de agosto de 2016.

As grandes corrupções nascem das pequenas corrupções

1) É fato verdadeiro que as grandes corrupções nascem das pequenas.

2) Em ambiente de sala de aula, turmas heterogêneas tendem a ser fragmentárias, a ponto de formarem verdadeiras patotas. Essas patotas, ao invés de repassarem informações a quem está na mesma situação que você, elas retêm a informação, criando uma cultura de sigilo onde naturalmente não há, a ponto de prejudicar o progresso estudantil de quem está só comprometido com o estudo, sobretudo quando este está doente ou não pode, por força das circunstâncias, usar da mesma tecnologia de rede social que quase todos usam.

3) O que cria a cultura de exclusão digital não é a tecnologia, mas o efeito corruptor da patota. E esta pequena corrupção produz um efeito gigantesco na alma.

4) De nada adianta lutar contra o atual estado de coisas em que nos encontramos se não combatermos, primeiramente, a corrupção que há em sala de aula, coisa que temos através da cultura de patota. Se minha turma é composta de 30 colegas, então esses 30 colegas são a minha circunstância - e eu devo tratá-los igualmente naquilo que decorrer do curso em sala de aula. Se há alguém que não usa a tecnologia, isso não quer dizer necessariamente que ele não tenha o direito de saber - como colega, eu tenho o dever de informá-lo, de modo a que não fique pra trás. Enfim, o coleguismo deve favorecer uma cultura de caridade - e não posso enxergar o meu próximo como um competidor, enquanto melhor me preparo de modo a servir a quem pede os meus serviços.

5) Enfim, mesmo em âmbito paroquial, existem elementos sociológicos decorrentes da ética protestante que deu origem ao capitalismo - a maior prova disso é a constituição das patotas, coisa que se funda no fato de que as pessoas, no fundo, não crêem em fraternidade universal, fraternidade essa que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Não é só um aspecto econômico - esse dado é também cultural. E isso é odioso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

Se o amarelo é a cor da atenção, então é a partir dela que conhecemos as outras duas: uma que leva ao céu (azul) e outra que leva ao inferno (vermelho)

1) Se o amarelo é a primeira das cores primárias, é através dela, já que simboliza a razão natural que temos, que conhecemos as outras duas: o azul, que simboliza o Céu, e o vermelho, que simboliza o inferno.

2.1) A partir do estado permanente de atenção e de investigação em que nos encontramos, nós conservamos o que é conveniente e sensato - e por conta disso, passamos a percorrer a estrada por onde Jesus andou. E esta estrada termina quando aprendemos a conservar a dor de Cristo - e é a partir desse senso de conservar a memória dessa dor que compreendemos que Ele é o caminho, a verdade e a vida - logo, a verdadeira liberdade. Como essa liberdade edifica ordem e essa ordem é magnificente, então o verdadeiro liberalismo é edificado a partir do conservadorismo.

2.2) E este é, pois, o verdadeiro conservadorismo liberal de que tanto falo - é preciso que se domine muito bem a linguagem de modo a entender bem o que estou a falar. Como a maioria dos "conservadores" de facebook não faz isso, então acabam conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a tal ponto que fazem da tradição que herdamos dos Santos Apóstolos tábula rasa, a ponto de criar uma sola traditio nos mesmos moldes da sola scriptura ou da sola fide, a ponto de edificar má consciência sistemática. Não é à toa que o conservantismo é estar à esquerda do Pai no seu grau mais básico, pois nasce de uma escolha que edifica uma falsa ordem, de uma heresia.

3) Quanto mais aprendemos a conservar o que é conveniente e sensato, mais estamos perto do Céu - logo, tudo para nós será azul, já que o fazemos isso tendo compromisso com a excelência; quanto mais nós conservamos o que é conveniente e dissociado da verdade, mais estamos perto do vermelho, do fogo eterno - logo, nós seremos eternamente devedores, a tal ponto que sairemos desse estado quando pagarmos o único centavo. E o começo disso se dá no arrependimento. E é neste ponto que trocamos o inferno pelo purgatório.

4) Como são três as cores primárias, então esta é a trindade mais básica que devemos conhecer, antes de nos aperfeiçoarmos naquilo que decorre da dor de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.