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domingo, 19 de outubro de 2014

O conservantismo é filho do proselitismo


1) A palavra do senhor não pode ser servida de maneira vazia.

2) O maior indício disso é quando a palavra é pregada de tal modo a bloquear as mentes dos indivíduos, nos afastando da graça de Deus, pois acabamos não admirar os feitos mais notáveis d'Ele, ao longo dos tempos. E isso geralmente é feito quando a crença de Deus se reduz à uma crença de livro, insincera e hipócrita.

3) Quando se serve a palavra de Deus de modo vazio, isso se chama proselitismo.

4) E é do proselitismo que nasce o conservantismo.

5) Quem está possuído pelo demônio da falsa consciência não é conservador.  Pois não é o Espírito Santo quem guia o pregador - é o demônio, através da heresia e da apostasia, quem conduz as ovelhas para a morte vã e infame.

6) Esses conservantistas são os herdeiros do quinhentismo - e devem ser combatidos com todas as forças. Pois eles manterão a república. 

sábado, 18 de outubro de 2014

A teoria dos dois corpos do Rei é herética e cismática

1) A teoria dos dois corpos do Rei, em que o Rei é o guardião temporal e espiritual de uma nação, se funda numa sabedoria humana dissociada da divina e é feita de tal forma que se negue a autoridade da Igreja Católica, pois Cristo é a razão pela qual existe uma República Christiana.

3) Ela segue a tendência dos tempos de Maquiavel, em que a política será separada da ética e da moral, coisas que decorrem da conformidade com o todo que vem de Deus. 

3) Esses tempos de Reforma Protestante e de pragmatismo político foram cruciais para a decadência da Europa ao longo dos séculos, pois o progressismo revolucionário se alimentou dessas lições, via Antônio Gramsci.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2014 (data da postagem original).

Como a santidade dos bons reis ensina o seu povo a ficar conforme o todo de Deus?


1) Quando Cristo quer dar uma missão a um povo específico, ele faz uma pessoa rei de seu povo. É fato verdadeiro que a santidade de muitos decorre do exemplo de um: o rei que serve a Cristo regendo bem a seu povo, de tal modo a que o país seja tomado como um lar em Cristo.

2) Esse rei rege seu povo, de tal modo a ensinar a este de que é preciso servir a Cristo em terras distantes ou em algum outro trabalho para o bem da Cristandade. Quando seu sucessor assume, ele continua o seu legado e seu poder é limitado por conta da lei natural, que se dá na carne, e na consciência de que o povo tem essa missão histórica, coisa que ele aprendeu e assimilou ao longo das gerações que testemunharam a fiel regência e serviço do antecessor, que se deu em Cristo. Quando o povo tem consciência de sua missão histórica, ele consente ser governado pelos que são bons líderes, que regem servindo seu povo, ao dizer sim a Deus e à conformidade com o todo que decorre d'Ele, continuando o legado do antecessor, gerando uma tremenda estabilidade política. O melhor líder que você pode encontrar é geralmente alguém que descenda de um grande líder que esteja disposto a dizer sim da mesma forma que o pai disse a Cristo.

4) É desse senso de missão que Deus transfere ao povo o senso de se tomar o país como um lar. O bom rei rege servindo em confiança ao povo, ensinando e prevenindo de tal modo a que um eventual mau soberano perverta o senso de se tomar o país como um lar a tal ponto em que o país seja tomado como se fosse religião, dando causa a um processo constante de corrupção que culminará numa república revolucionária (teoria dos dois corpos do Rei). 

5) Pois o poder moderador só pode ser exercido somente pelos nobres de alma e por quem tem consciência histórica de se tomar o país como um lar em Cristo.

A continentalização das almas começa do exemplo de um sábio


"A melhor maneira de se corrigir os erros do Mundo, de modo a mudá-lo pra melhor, é ajudar as pessoas a enxergarem a realidade - e isso se dá escrevendo ou conversando sobre coisas edificantes" (Heitor Serdieu Buchaul)

1) Estou há cinco anos escrevendo sobre a necessidade de não se confundir nacionidade com nacionalidade, conservadorismo com conservantismo e salvação com salvacionismo. 

2) O caminho não tem sido fácil, mas graças ao bom Deus eu tenho alguns alunos voluntários, os quais têm me sido uma bênção (Vito Pascaretta, Sara Rozante, Nivaldo Marschalk Filho, Cristina Froes e mais recentemente Gilmara Farias-Pio) e já houve quem se interessasse em comprar o livro quando ficar pronto.

3) Meu colega Luiz Eduardo Grinberg já me chamou para escrever um livro com ele e outras 2 pessoas em janeiro do ano que vem 

4) Nesses 7 anos de trabalho duro online, as recompensas foram muito boas. Com o tempo, acredito que meu mural ficará cheio de alunos como os do Olavo. Quem sabe um dia eu tenha 600 alunos voluntários, como o Felipe Moura Brasil? 

5) Pelo menos é assim que se começa: você começa com um, com dois - e daqui a pouco você é tomado como se fosse rei de uma cidade de 30 mil almas, como é a cidade dos olavettes. Em termos práticos, um pequeno município - e como ela é fundada no saber e tem uma realidade muito diferente daquela que encontramos neste imenso bananal, o pequeno município praticamente virou uma cidade-estado, uma antiga Atenas virtual.

6) Com o tempo, as pequenas cidades-Estado virtuais, as verdadeiras universidades de fato, se multiplicam. O que faço, cedo ou tarde, levará a isso, com a graça de Deus.

7) O trabalho de converter este imenso bananal num verdadeiro castelo continental levará gerações e necessita da ocupação de espaços. Mas tenho a esperança de que as coisas, em Deus fundadas, terão bom rumo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

De que maneira o Cristo Crucificado de Ourique pode ser distribuído a outros povos?


1) Sem Ourique, não há a lembrança do verdadeiro constitucionalismo, que se dá na carne. 

2) A teoria do Estado mais natural e mais conforme o todo que se pode conceber se funda justamente nas missões que recebemos do Crucificado, de modo a servir melhor a Ele e à cristandade. 

3) Portugal recebeu a tarefa de servir a Ele em terras distantes - o Império Austro-Húngaro, a tarefa de ser o agente garantidor da aliança do altar com o trono no continente europeu.

4) Para cada povo, Jesus deu ou dará um papel específico. Em algum momento específico da história ele aparecerá para cada povo com um papel específico, com uma missão específica, de modo a se servir para o bem da cristandade. E enquanto esse povo bem servir a Ele nesse papel, o país pode ser tomado como um lar e como um modelo de nacionismo para a Cristandade.

5) Por isso, o verdadeiro internacionismo vale dos exemplos das nacionidades comparadas - ele se valerá da constantes aparições de Cristo Crucificado pelo mundo afora, tal como se deu em Ourique.

6) Essas missões aparecerão no tempo d'Ele, de Cristo. Por isso, todo povo deve pedir à Nossa Senhora, de modo a que Ele apareça para dar uma missão que dê sentido a um país de modo a ser tomado como se fosse um lar, tal como se deu em Ourique. Essa missão aumentará a fé de um povo inteiro

7) Se os apelos à Maria Santíssima forem recorrentes e sistemáticos, então o Cristo Crucificado aparecerá a outros povos do mundo, com missões específicas para cada povo, como se deu com Portugal, em Ourique.

Não há Brasil sem Ourique

1) O Brasil não existiria se não houvesse Portugal. E para se entender o Brasil, é preciso entender porque Portugal foi aos mares e em que circunstância.

2) Se você começar de 1500, você perde esse contexto edificador. Não podemos tomar 1500 como marco zero (quinhentismo).

3) 1500 é um desdobramento de uma tradição que nasceu em Ourique em 1139. Foi com a chegada de Cabral que se começou a fincar as raízes desta nobre tradição dentro do continente americano. 

4) Então, não falemos em descobrimento, mas de desdobramento da nação portuguesa na América, por força de Ourique. E é por conta disso que tomaremos nosso país como um lar, com base na pátria do céu. Pois sem Ourique não há Brasil, pois somos conseqüência disso.

5) Em Ourique, Cristo Crucificado deu a el-Rei D. Afonso Henriques, nosso primeiro Rei, a tarefa de que os portugueses deveriam servir a Ele em terras distantes. A necessidade de se tomar o país como um lar deve se pautar nesta missão, pois este constitucionalismo se dá na carne e dele não se pode desviar.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2014 (data da postagem original).

Da natureza exuberante como causa para se tomar o país como se fosse religião

1) Vocês Já perceberam que o único argumento que a maioria dos brasileiros que se dizem "patriotas" tem é o da exuberância natural? Pois não há mérito nisso - se levarmos o fato de que o Japão, a Indonésia, os Estados Unidos têm desastrs naturais, eles teriam que pedir desculpas permanentes ao mundo pelos seus eventuais infortúnios

2) O brasileiro poderia se orgulhar de ser brasileiro se oferecesse uma educação cidadã primorosa as suas crianças, se oferecesse aos turistas ruas limpas e bem planejadas, se construísse um congresso limpo, em que corrupção fosse exceção e não regra (isso se faz através do voto consciente e da fiscalização incessante da atividade parlamentar e das instituições democráticas). Mas não: o brasileiro só quer saber de carnaval, parada gay, futebol e bolsa família. 

3) Assim, só sobra mesmo o que Deus deixou. E corre o risco de que, daqui a pouco, nem isso mesmo reste.

(Sara Lopes)