1) O conservantismo sensato, prudente, leva a conservar a dor de Cristo, que é o verdadeiro conservadorismo.
2.1) O conservantismo que condeno nos meus artigos é a forma imprudente, fundada no amor de si até o desprezo de Deus, que está à esquerda do Pai, no seu grau mais básico, ainda que chamem isso de direita.
2.2) Embora eu tenha dado muita ênfase ao combate da vertente insensata - que é esquerdismo no grau mais básico, ainda que muitos se digam de direita nominalmente falando - isso que meu amigo João Damasceno falou é perfeitamente possível e válido. Em meu blog há uma ou outra postagem sobre isso.
3) Enfim, é conservando o que é conveniente e sensato que a pessoa aprende a conservar a dor de Cristo, a ponto de ser um conservador - membro da Igreja militante, que age no mundo de colaborar na tarefa de construir o bem comum de modo a fazer com que o país seja tomado como um lar em Cristo, o que certamente prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu - e isso é trabalho salvífico, além de civilizacional.
4.1) Eu não entendo porque certas pessoas ficam fazendo do termo "conservadorismo" um chavão e não entendem a riqueza que há por trás disso.
4.2.1) O que essas pessoas fazem é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, relativizando toda a moral e esvaziando o significado da palavra "conservador".
4.2.2) Esse "samba do crioulo doido" leva a uma espécie de ecumenismo, que mais favorece o projeto da mentalidade revolucionária.
4.2.3) E esse tipo de ecumenismo, que chega a ser messiânico, leva a uma fé metastática, pois conservar o que é conveniente e dissociado da verdade é um verdadeiro câncer da alma.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 3 de maio de 2018.