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domingo, 22 de janeiro de 2017

Notas sobre arquitetura e nacionidade

1) A arte de ligar o plano do Céu ao plano da Terra se chama pontificado. É mais do que ciência, pois envolve um certo tino persuasivo racional e espiritual de modo a que as pessoas troquem a má consciência fundada no conservantismo insensato pela boa e reta consciência decorrente do conservadorismo, que se alimenta da experiência e do trabalho acumulado do conservantismo sensato ao longo das gerações, de modo a edificar uma santa e servente tradição.

2) O pontificado é governo e é também a primeira construção que liga a Terra ao Céu. É a verdadeira arquitetura - se uma ponte pode atravessar um rio de uma margem à outra com segurança, então qualquer construção que tenha dentro de si a função de ser ponte que ligue a Terra ao Céu pode ser chamada de arquitetura.

3) Se Arquitetura é sinfonia em pedra, então a nacionidade decorre de todo o acumulado de todas essas sinfonias, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.

4) Ao longo das eras, as formas vão sendo readequadas de modo a que essência se mantenha, fundada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se a beleza tem conexão de sentido com aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, encontrá-la nos arquitetos formados na cultura de servir liberdade para o nada é uma grande tolice. Afinal, a mentalidade revolucionária se alimenta precisamente disso, dessa liberdade voltada para o nada, fundada na pretensão de que o Homem quer assumir o lugar de Deus, nem que tenha de declarar que Deus está morto, como disse Nietzsche.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2017.

Como a Roma dos Césares, chamada de Babilônia, se tornou a Roma dos papas, a cidade eterna, o lugar da sede de Pedro, Nosso Primeiro Papa

1) No tempo dos primeiros cristãos, a Roma dos césares era chamada de Babilônia - além de ser uma metrópole marcada pela impessoalidade, o paganismo favorecia o relativismo moral, o combustível do conservantismo e da tirania.

2) Para se converter uma Babilônia em Roma, você precisa fazer com que a água se transforme em vinho. E quando se faz isso sistematicamente no micro, a Babilônia vira Roma, no sentido católico do termo - e o macro é o que é feito no micro sistematicamente.

3.1) Para transformar a água em vinho, não existe outro caminho que não pescar homens, de modo a que larguem a insensatez, o pecado e passem a conservar o que é conveniente e sensato - e é de tanto conservar o que é conveniente e sensato que teremos a plena sensação de conservar aquilo que decorre da dor de Cristo, pois estaremos vendo a Cristo em tudo o que é bom, verdadeiro e sensato.

3.2) Se a propriedade é fruto de trabalho acumulado, então tudo o que é apropriado decorre do constante acúmulo de se conservar do que é conveniente e sensato em Cristo. E não existe outro trabalho mais salvífico do que provar o sabor das coisas e ver o que é bom e o que não é, pois esta a verdadeira essência do saber.

3.3) Para que esse trabalho possa render frutos, o Espírito Santo deve ser teu guia, neste trabalho - se ele não for teu guia, então é gnose, pois sabedoria humana dissociada da divina só alimenta a vaidade, que é o motor do conservantismo, enquanto mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2016.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Notas sobre uma fala do Bolsonaro

1) Bolsonaro disse, certa ocasião, que FHC tinha que ser fuzilado. Além de ser comunista, ele é favorável à liberação das drogas. Neste sentido, ele comete alta traição

2) Se FHC for fuzilado, então o avô dele, que propôs fuzilar a Família Imperial, será fuzilado junto, simbolicamente falando.

3) Se isso acontecer, mataremos a República, simbolicamente falando, já que é o regime onde a alta traição é a ordem do dia. E aí eu não precisarei mais criticar o Bolsonaro para o resto da vida. Será o maior serviço à nação que ele poderia prestar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2016.

A intervenção civilizatória transcende a mera intervenção urbana

1) Mais do que intervenção urbana, a tomada espiritual e simbólica de Brasília - e sua conseqüente assimilação àquilo que vai ser restaurado por força de Ourique - é intervenção civilizatória.

2) Isso é algo muito mais profundo do que mera arquitetura e urbanismo, pois abrange os símbolos, que precisam ser retrabalhados de modo a se aproveitar o que já existe e fazer com a que a verdadeira história do Brasil seja retomada naquilo que é virtuoso e verdadeiro, que nasceu no dia 25 de julho de 1139.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2017.

Como transformar uma Babilônia numa Roma?

1) Para se restaurar o senso de nacionidade, é preciso que Brasília seja tomada. Esse misto de Babilônia, Sodoma e Gomorra precisa ser tomado e os povos de cada província precisam ser libertos desse cativeiro que se opera desde lá.

2) Instalada a capital de volta ao seu lugar original, Brasília terá que ser refundada no dia 25 de julho, sob o nome de Nova Ourique, pois tomar o Brasil como um lar é uma batalha espiritual, já que os bárbaros, os muçulmanos, estão batendo à nossa porta.

3) O Rio de Janeiro será a sede da corte, o lugar do Poder Moderador e da Justiça - a cidade de Nova Ourique será a cidade em que o presidente do Conselho de Ministros exercerá sua administração, fiscalizada pelo legislativo.

4) Se nós somos herdeiros dos Habsburgo, Nova Ourique será a sede de um Novo Sacro Império Romano - e a Antiga Babilônia virará uma Roma virtuosa, conjugada com o Rio de Janeiro, que fica fazendo às vezes de Constantinopla, preservando o legado original, sobrevivente.

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2017.

Onde é o meu lugar na política?

1) Enquanto vigorar a competência da União para legislar sobre direito civil, penal, trabalhista - assim como em qualquer matéria de direito fundada no interesse nacional -, meu lugar será em Brasília, e isso é necessário. Por mim, este lugar horrível tem que ser implodido e refundado numa cidade mais digna de ser habitada - e aqui o arquiteto deve servir ao Crucificado de Ourique em terras distantes. Dos escombros de Brasília nascerá uma Nova Ourique.

2) O dia em que vigorar para as províncias do Império a competência para se legislar sobre direito civil, penal, trabalhista - assim como qualquer matéria de direito comum visando o desenvolvimento das províncias enquanto escolas que fazem o Brasil como um todo ser tomado como se fosse um lar em Cristo -, meu lugar será no Rio de Janeiro, que é a minha casa, o coração do meu Brasil, pois aqui é onde encontro o verdadeiro Brasil, enquanto capital do Império e do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2017.

1964: O fim da História do Brasil, do falso Brasil tomado como se fosse verdadeiro

1) Se pararmos pra pensar, o Brasil parou em 1964 - se aditirmos a tese de Fukuyama como verdadeira, esse é o fim da História deste espectro que chamam de Brasil, mas que não tem nada a ver com aquilo que foi edificado em Ourique. A longa guerra entre positivistas e comunistas não teve fim, mesmo com a Lei Geral de Anistia, de 1980. A guerra civil já está durando mais de 50 anos.

2) Se a Lei de Anistia de 1980 era a pedra angular sobre a qual foi erigida a Carta Constitucional de 1988, então a referida ordem constitucional caiu por terra, pois comunista é o islâmico radical que destrói tudo pelo caminho, enquanto o positivista é o islâmico moderado que coopta a todos por meio do relativismo moral, semeando má consciência, por meio do conservantismo.

3) Marighella foi um assassino da pior espécie, é verdade, mas Deodoro criou um regime corrupto e genocida que matou tanto quanto o comunismo e que levou milhões de almas para o inferno por conta da má consciência sistemática, ao falsificar a História nacional. A espada de Deodoro está manchada de sangue inocente que ele ajudou a matar - o sangue daqueles que ele não viu nascer, mas que condenou à morte de antemão ao derrubar a monarquia e edificar este regime maldito. E isso é tão nefasto quanto aborto.


4.1) Os militares, desde 1889, nunca foram o lado do bem - são a ala mais moderada do inferno, a chamada direita da esquerda, que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, pois essa ala é a que menos fede a enxofre, mas fede. Logo, tão esquerdistas quanto os esquerdistas.

4.2) Digo isso em termos de História Política - em termos de História Militar, tanto em operações militares quanto em obras de engenharia, eu não tenho razões para condenar o Exército Brasileiro - como já foi dito, nenhuma instituição brasileira trouxe mais benefício para o país quanto o Exército, principalmente no período do governo de exceção (1964-1985). Esta é a ressalva que sou obrigado a fazer.

5.1) Como monarquista, tomo meu país como um lar por conta daquilo que foi edificado à direita do Pai.

5.2) E por estar à direita do Pai, posso progredir tanto materialmente quanto espiritualmente na conformidade com o Todo que de Deus, criando um mecanismo de capitalização moral fundado na Ética Católica e no espírito no distributivismo, praticando sistematicamente o ato de dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César, o que impede que o Estado seja tomado como se fosse uma segunda religião, de modo a matar a religião verdadeira.

5.3) Afinal, a riqueza é uma graça destinada à salvação de outras almas, por isso que ela deve ser distribuída a todo irmão necessitado, pois ela não é um sinal de salvação predestinada, feita de tal modo a sermos mesquinhos ou avarentos. Se a riqueza vem com trabalho honesto, então ela é conseqüência de algo feito que agradou a Deus, dado que este mesmo Deus não escolhe de antemão quem vai pro Inferno ou vai pro Céu.

5.4) Obras são feitas para serem avaliadas dentro de um propósito salvífico - se isso agrada a Deus, então o obreiro será salvo, pois salvou a seus semelhantes servindo a Cristo em terras distantes. Por isso que o distributivismo é a ordem econômica daquilo que foi fundado em Ourique, como se o próprio Cristo tivesse percebido o que viria pela frente, não muito tempo depois.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2017.