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sábado, 3 de setembro de 2016

Tomar o fato social como se fosse coisa pode ser abusivo

mistake - erro.

1) Em língua inglesa, entende-se por verdade tomar o fato social como se fosse coisa.

2) Ocorre erro quando há um abuso desse fato; coisas convenientes e dissociadas da verdade são tomadas como se fossem coisa - e por força disso fazem a descrição de uma falsa realidade, tomando por coisa um objeto fabricado de tal modo a retratar uma falsa realidade, coisa própria de um ídolo.

3) Se a verdadeira fé leva à verdadeira ciência, coisa que é produzida a partir do estudos dos ícones, então a falsa fé leva a uma falsa ciência que descreverá, mesmo corretamente, objetos que nos apontam para o falso, que são os ídolos.

4) Esse abuso é mais grave do que erro natural, não provocado. E esse abuso é alimentado através de falsificações genuínas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2016.

A lei da oferta e da demanda não é uma lei

1) A maior prova de que a "lei" da oferta e da demanda não é uma lei está neste argumento: ninguém será punido, sob a alegação de que não a conhece. Mesmo que a pessoa perca dinheiro, por fazer uma leitura errada do que ocorre no mercado, ela não vai se sentir penalizada - na verdade, só tenderá a ganhar mais experiência de modo a que faça uma leitura melhor. Os únicos que se sentirão punidos são aqueles que mais prezam o dinheiro do que a Deus, o que leva a uma certa neurose, a um fechamento da alma à verdade - é o que acontece comigo, quando boto o dinheiro à frente das coisas mais importantes.

2) Além disso, mesmo que a pessoa tenda a pagar mais caro ou mais barato, por conta de um produto estar em falta ou em abundância no mercado, esse ajuste não é automático: as pessoas precisam perceber isso e fazer os ajustes necessários, de modo que mantenham seus ganhos e sustentar o seu padrão de vida. E pode haver o senso de se conservar as coisas do jeito como se encontram, dissociadas da "verdade" econômica, e mesmo assim não haver prejuízo, pois tudo isso necessariamente pede escolha humana. Dentro deste ponto, a prática de conservantismo não é pecado capital - ele só passa a ser "pecado" se o dinheiro é mais amado do que o Deus vivo.

3) Não é à toa que é um falso dogma, dado que é uma verdade de fé decorrente do "deus" do dinheiro, que é o contrário daquilo que decorre do Deus verdadeiro. Além disso, como Jesus advertiu, não podemos ter dois senhores - e a lei da oferta e da demanda é um indício de que a pessoa está em conformidade com o Todo que vem desse falso senhor; se o dinheiro é mais amado do que as pessoas e mais amado do que a eventualidade, então a economia é impessoal, dissociada da realidade das relações sociais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2016 (data da postagem original).

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Estudar criticamente as coisas nos leva a conhecer o que não se vê, as nuances das coisas

1) O conservadorismo está na moda. Mas ninguém vai estudar criticamente as coisas, de modo a perceber as nuances que separam o conservadorismo do conservantismo.

2) O liberalismo está na moda. Mas ninguém vai estudar criticamente as coisas, de modo a perceber as nuances que separam o liberalismo do libertarismo.

3) A moda só alimenta a vaidade. A tal ponto que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

4) Por isso que não dou importância a esses palpiteiros de facebook que ficam a pregar doutrinarismo. Afinal, o estudo da realidade, fundada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, pede o estudo dessas nuances, pois se trata de um estudo cauteloso, coisa que exige que o Espírito Santo seja o meu guia de modo a apreciar retamente todas as coisas. Se a pessoa não fizer exame de consciência antes e depois de cada escrito, ela só falará asneira.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2016.

O anatocismo se funda na abstração e isso é fora da realidad

1) Embora o anatocismo seja perfeitamente lógico, do ponto formal, ele não respeita o princípio da eventualidade, da incerteza das relações sociais - e o que torna as relações sociais incertas são as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis, já que viver é um eterno risco. Logo, a lei da oferta e da demanda não é automática, dado que as relações sociais não são impessoais, pois os homens não são escravos do dinheiro e muito menos do Estado tomado como se fosse religião.

2) Pensar as coisas dessa forma leva a economia formal a ser tomada como uma espécie de abstração - e o que é abstrato é impessoal. E o que é impessoal leva ao conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida, o que favorece a uma maior intervenção estatal na economia, a tal ponto onde tudo estará no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. Logo, o que é abstrato tende a ser planejado.

3.1) A Escola Austríaca faz suas análises com base na abstração.

3.2) Embora seja logicamente possível, ela não é realista, uma vez que a oferta e a demanda se regulam por força da eventualidade, observando as circunstâncias tanto do produtor quanto do consumidor.

3.3) Além disso, as relações do mercado são relações entre pessoas, são relações sociais - e a base da vida em sociedade, dessas relações sociais, é amizade, fundada no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

4.1) Onde o dinheiro tem mais valor do que esses laços, a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus fica impossível, senão uma loucura.

4.2) Por isso mesmo, a escola austríaca só é correta numa ordem errada, onde se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. E é por força disso que se edifica liberdade para o nada, onde o dinheiro financia tudo, criando um verdadeiro relativismo moral.

5.1) Onde a lógica foge da verdade, ela certamente acabará edificando liberdade com propósitos vazios, pois nega a fraternidade universal, coisa que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, assim como a verdade que há por trás das ações humanas  E por conta disso, a economia passa a ser a uma engenharia social fundada em sabedoria humana dissociada da divina.

5.2) Por força disso, por conta dessa influência kantiana, que foi um pensador anticristão, a escola austríaca é herética. E neste ponto, o pensamento do Angueth está correto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2016.

Por que Dilma não foi presa em flagrante?

1) Durante meus anos no Direito, eu aprendi uma coisa - se o presidente comete um crime, ele não pode ser preso, por força da imunidade constitucional. Ele precisa ser destituído de seu cargo primeiro, de modo a que ocorra prisão em flagrante, pois o cargo impede o correr do prazo.

2) Ora, Dilma cometeu crime de obstrução à justiça, pois houve materialidade e autoria; além disso, ela, estando livre, vai prejudicar a devida aplicação da lei penal, dado que pode receber um cargo e ter foro privilegiado, pois ela não foi condenada à inabilitação, em violação flagrante à Constituição. Ela perdeu o cargo no dia 31/08/2016 - portanto, era para ter sido presa nesse dia, pois o prazo começou a contar nessa data - e presa em flagrante por força daquilo que cometeu durante o momento em que era presidente.

3) Afinal, o que a Polícia Federal está esperando? O Natal?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2016 (data da postagem original).

Como uma economia de mercado descristianizada favorece o totalitarismo?

1) O princípio de se fazer o bem sem olhar a quem implica que devemos ver no outro a figura de Cristo. E isso deve ser sistemático. Logo, generosidade sistemática leva ao distributivismo.

2) Numa sociedade descristianizada, onde todo mundo tem a verdade que quiser, isso acaba edificando liberdade para o nada, dado que estou financiando atividade alheia sem me preocupar se o sujeito está fazendo uma atividade conforme o Todo que vem de Deus ou uma atividade revolucionária. Logo, por conta disso, estarei com o sangue de inocentes nas mãos, por força da minha irresponsabilidade. É bem provável, numa economia impessoal, que esteja financiando até mesmo abertura de clínicas de aborto por força disso, dessa odiosa impessoalidade, onde amamos mais o dinheiro do que a Deus.

3) Não é à toa que uma economia de mercado feita numa nação descristianizada só alimenta a cultura de conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida. Como isso leva à judicialização sistemática, isso levará a regulação sistemática - logo, tudo estará no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2016.

Notas sobre o conceito de anatocismo no Direito Civil e no Direito Comercial

1) Dois são os fundamentos do anatocismo.

1.1) O primeiro se dá por força de um juro devido e não pago. Por conta do fato de se amar mais o dinheiro do que a Deus - o que é um indício sociológico claro de que não existe senso de fraternidade universal na comunidade onde a relação de empréstimo é praticada -, arbitra-se um juro punitivo, por força da mora, que será cobrado por força daquilo que foi convencionado em contrato. E isso não é justo, pois forçará a pessoa a exercer arbitrariamente as próprias razões, por conta da desconfiança, o que é crime - e isso servirá de base para outros crimes, como a extorsão, que é cultura de desconfiança sistemática. Como isso gera conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida, o direito civil tende a prevenir o conflito e vedar essa prática.

1.2) A segunda se dá por força do que já foi pago.

1.2.1) Se num mês A eu tinha R$ 1.000,00, então no mês B eu terei R$ 1,100,00, por força de um empréstimo desse capital com juros de 10% ao mês e que foi efetivamente pago. Como isso me gerou um enriquecimento, fundado numa causa justa, então, por força da ganância - que me leva a falsos entendimentos acerca da realidade -, eu tendo a querer chamar ainda mais dinheiro, por força desse dinheiro empestado sistematicamente - e esse novo valor logo estará disponível agora para ser emprestado ao próximo que tomar os meus serviços, valendo-se do princípio da integralidade do capital, já que o ato de emprestar sistematicamente acaba se tornando uma atividade profissional, feita com o intuito de se ganhar mais dinheiro, pouco importando se o meu tomador é bom ou mau pagador - o que caracteriza uma atividade comercial, uma atividade de trato sucessivo.

1.2.2) Como esse serviço está sendo feito sistematicamente, tal qual uma máquina - já que estou dando mais ênfase ao fato de ganhar dinheiro, aos bens presentes, do que em ajudar pessoas, o que me levaria a receber os bens futuros decorrentes da boa ajuda (o que seria arriscado, dado que me forçaria a conhecer as pessoas que tomam o meu dinheiro e assim participar do negócio) -, então haverá juros sobre juros, por força do princípio da impessoalidade, uma vez que estou mais interessado no dinheiro no que nas pessoas que estou ajudando - e se um empréstimo não me é devidamente pago, eu acabo arbitrando anatocismo, juro punitivo por força da maneira como administro o negócio, fundado no fato de que o capital deve ser integralizado de modo a gerar muito mais empréstimos, já que vivo disso.

1.2.3) Se o empréstimo é feito de maneira impessoal, fundado no amor ao dinheiro, então ele tende a ser sem causa - por isso mesmo, a atividade empresarial feita dessa forma acaba gerando liberdade para o nada, resultando em grave prejuízo para a ordem publica e para os meus semelhantes sistematicamente, pois, como agente da atividade bancária, não estou interessado em participar dos empreendimentos alheios, o que é negação da fraternidade universal.

2) A prática da usura, do anatocismo, está fundada no princípio de que dinheiro chama dinheiro - logo, o empréstimo perde sua dimensão de investimento, sua finalidade produtiva, sua causalidade e passa a gerar conflitos de interesse, já que a economia se tornará impessoal e as relações sociais se tornarão parasitárias, por força desse amor ao dinheiro. E isso edifica liberdade para o nada, a ponto de relativizar tudo o que há de mais sagrado, de modo a que as pessoas possam bem viver em comunidade. Não é à toa que o comunismo nasceu dessa cultura parasitária, uma vez que é ressentimento.

3) Não é à toa que o anatocismo nasce da impessoalidade, que nega o princípio da causalidade - e isso nega a justiça. Como serve liberdade para o nada, então eu vejo meu semelhante como um escravo e não como um irmão, pois não vejo nele a figura de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2016.