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domingo, 14 de agosto de 2016

A vida de peregrino é crucial para maximizar o desenvolvimento de sua sociedade local

1) É muito interessante para um governante viajar com freqüência para outros países de modo a aprender os costumes de cada povo. Ao comparar os hábitos de cada povo com o seu, ele perceberá que é muito interessante convidar certos povos a tomarem o país desse governante como se fosse um lar também, já que o costume estrangeiro e o caráter virtuoso podem favorecer o desenvolvimento da sociedade local desse governante. Se esse costume, que se funda no caráter, for nobre, edificante, então é admirável, conforme o Todo que vem de Deus - e esses povos convidados ensinarão ao povo desse governante os seus respectivos costumes e o povo local ensinará o seu costume a eles. Aquilo que é defeituoso, ao final do processo, será corrigido, já que é próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus ficar com o que é conveniente e sensato.

2) Vamos supor que no território desse país do governante que visitou um país estrangeiro haja um deserto cuja colonização tem sido difícil e o país para o qual este governante foi fica num deserto e o povo de de lá aprendeu a prosperar nesse lugar. Para fazer do deserto uma terra produtiva, como fizeram em Israel, o governante não só trará a tecnologia como também trará alguns imigrantes de modo a fazer com que a terra deserta seja tomada como se fosse um lar em Cristo.

3) A rigor, o multiculturalismo não é ruim, se você achar um jeito de fazer as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - por isso, a evangelização dessa terra para onde esse governante foi é a semente de uma futura imigração, pois você ensinará almas desse lugar de modo a tomarem o seu país como se fosse um lar em Cristo - e isso faz do nacionismo um nobre tipo de colonização, pois você estará servindo a Cristo em terras distantes. O problema é promover o multiculturalismo fundado no relativismo religioso e cultural, dizendo a falácia de que todos têm direito a sua verdade e que todas as religiões são igualmente boas. Isso enfraquece a força da sua civilização, pois não assimilará o que é bom e permitirá que os radicais islâmicos, que são heréticos e apóstatas, destruam o que há de bom de sua civilização.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2016.

sábado, 13 de agosto de 2016

Notas sobre ser empreendedor em tempos de marxismo cultural

1) O simples fato de você impessoalizar, no sentido de democratizar, os seus serviços faz com que sua iniciativa deixe de ser privada, reservada, e passe a ser pública, sujeita às regulações do Estado. E a coisa se torna ainda mais perigosa se o Estado é tomado como se fosse uma segunda religião, em que compete com a religião verdadeira na batalha pelas almas habitantes da terra local.

2) Num mundo onde a opinião do mais ignorante tem o mesmo do que aquela emitida pelo mais esclarecido, a solução - para pessoas como eu, que têm aversão à ignorância - é restringir os serviços somente àqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) É como plantar carvalhos. Eles demoram pra crescer, mas geram resultados de longo prazo. Em tempos em que o país é tomado pela estratégia gramsciana, é preciso que se empreenda já plantando carvalhos, ao invés de couve, que cresce rápido e gera poucos frutos, a ponto de inviabilizar a produção futura a longo prazo, por conta do crescimento dos custos, já que vivemos numa economia de caráter inflacionário, em que o governo manipula o dinheiro.

4) Enfim, empreender em tempos de marxismo cultural pede que se imite a Igreja Católica em seus primórdios: pescando homens de um a um, até que haja uma comunidade inteira dependente de seus serviços  Nesse sentido, a monarquia é estável, pois toda a clientela será parte de sua família - é por conta disso que existem empresas centenárias: todas elas começaram de uma economia familiar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2016.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Por que devemos estudar a realidade?

1) Se devemos estudar a realidade, então isso significa estudar a nossa condição de pecadores e de que não somos nada sem Deus. E neste ponto a Antropologia, para ser realmente entendida, necessita muito que se estude Deus primeiro, pois é a partir dos propósitos do Criador que se compreende a criatura, feita à imagem e semelhança de Deus.

2) Estudar a realidade é admitir o fato de que existem coisas geniais e bestiais no mundo. E isso implica admitir que milagres existem e que absurdos também existem.

3) Milagres são autoprobantes e estão numa categoria muito acima daquela em que a razão é capaz de explicar - por isso mesmo, é preciso crer primeiro para só depois entender - e é neste ponto que o Espírito Santo atua de modo a apreciarmos retamente todas as coisas, o que é um atributo próprio da bondade de Deus, pois é a bondade em pessoa.

4) O absurdo está muito abaixo do nível da ordem natural das coisas e da reta razão, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se é do absurdo que extraímos os primeiros conceitos e os primeiros elementos necessários a se conservar o que é conveniente e sensato, fundamento para se chegar à verdade, então há por trás do absurdo uma lógica que precisa ser estudada, pois o louco perdeu tudo, exceto a razão fundada em sabedoria humana dissociada da divina. E neste ponto, tanto Albert Camus quanto Chesterton estão corretos.

5) Dizer que o pecado não existe é fugir da realidade. E fugindo da realidade, você nega o extraordinário do milagre e o ordinário do absurdo. E isso é absurdo!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2016.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Do jornalismo e da literatura como formas de apreensão da lógica do absurdo

1) Camus costuma dizer que o registro do absurdo, do fato da realidade que é fora da ordem natural das coisas, é a primeira forma de se apreender a lógica que há por trás dele.

2) É, pois, do absurdo que extraímos o primeiro conceito, a primeira verdade. É da experiência de se lidar com absurdos que nós conservamos o que é conveniente e sensato e rejeitamos o que conveniente e dissociado da verdade.

3) Dentro desta linha, o jornalismo, enquanto uma fonte de observação, registra os absurdos e os denuncia, de modo a que sejam depois analisados a posteriori por todos aqueles que se dedicam à atividade intelectual independente, de modo a conhecer a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Ainda que não haja registro jornalístico, a literatura pode suprir isso, pois é a possibilidade de um absurdo vir a acontecer na realidade, coisa que pede um bom senso especulativo, o que é próprio de um filósofo. Uma boa literatura é capaz de antecipar em anos fatos jornalísticos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/as-possibilidades-de-acao-politica.html

O bom jornalismo prepara o caminho para uma análise histórica séria

1) Uma revista jornalística é feita de fatos flagrantes (o termo "flagrante" vem de coisa ardendo, pois onde há indício de fumaça há fogo). E não há nada mais sensacionalista do que exibir a figura de um prédio em chamas, servindo liberdade para o nada, de modo a ganhar ainda mais audiência.

2) Por isso, nunca compre uma revista jornalística pela sua natureza de revista jornalística. O verdadeiro valor de uma revista jornalística se dá quando os fatos se tornam ruínas, monumentos do passado. E como documento, eles são uma fotografia do que de fato aconteceu - e ao investigarmos as ruínas, nós chegaremos às causas da verdade, a longo prazo.

3) Nenhum jornalismo será sério se não se tiver a consciência de que o registro dos fatos ardendo em brasa viva pode dar causa a uma investigação mais profunda. Todo jornalista é um historiador do tempo presente, o historiador de primeira mão, um historiador do imediato, já que ele produz a fonte primária, uma vez que ele vê a casa pegando fogo e tem o dever de comunicar as coisas a quem interessar possa, por imperioso dever de caridade com todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo a que o lobo não acabe com as ovelhas do rebanho do bom pastor - por isso mesmo, ele precisa fazer um registro preciso e minucioso do que aconteceu, de modo a que o perito das ruínas, o do passado consolidado, investigue as coisas, de modo a descobrir a verdade sobre as coisas, já que a verdade é filha do tempo e se revela depois dos fatos acontecidos, uma vez que as ruínas do monumento estão postas sob documentos, posto que são monumentos que nos apontam para conformidade com o Todo que vem, coisa que leva à verdade.

4) O registro do testemunho solitário, de primeira mão, é sempre necessário para se chegar à verdade. E o jornalista que se presta a esse trabalho o faz sistematicamente, diuturnamente, se estiver com a alma formada na fé cristã, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Matéria original postada no Rio de Janeiro, em 1º de julho de 2014.

Matéria republicada no Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2016.

Nada que decorra de uma ordem revolucionária pode ser bom

1) Nada que decorra de uma ordem revolucionária pode ser bom.

2) Os pretensos "historiadores" que disserem que "a República no Brasil trouxe coisas positivas" que me deletem, pois vocês se declararam mortos - e eu não quero mortos em vida, zumbis subservientes a esta falsa e infame realidade. Tal realidade não é conforme o Todo que vem de Deus - e quem profere tal opinião não o faz a serviço da caridade ou da verdade, mas tão somente para atender a uma vaidade, a uma sabedoria humana dissociada da divina, coisa que é tão nefasta quanto as universidades marxistas.

3) Historiador formado em universidade não pode ser parâmetro para se medir um que seja sério e que aprendeu as coisas por esforço próprio, como foi o meu caso. Pois os sérios desde cedo estudam por conta própria, sem precisar de professor. Esses aprendem a amar o Brasil através da sabedoria dos antigos, pois é através deles que aprendem a carregar a cruz da pátria como sendo sua.

4) Ser historiador é uma vocação - jamais será profissão. Servir à verdade é sacerdócio. Quem serve bem tem o que comer e terá direito à vida - quem mente e corrompe tem mais é que perecer. Do mesmo modo, o jornalismo.

5) Nenhuma faculdade te ensinará aquilo que você sozinho buscará por si mesmo, se você atender a este chamado de Deus. Pois os títulos não medem a grandeza de um homem - na verdade, eles são um sintoma de uma sociedade doente, cada vez dissociada de sua fé fundacional e que está se tornando cada vez injusta e impessoal.

6) Pobre do país que confia demais nos títulos de bacharel do que no chamado que decorre da verdade, do Cristo Crucificado de Ourique. Esses que me compreendem precisam aprender desde cedo que a cruz é de chumbo e que precisa ser carregada com todo o amor e carinho. Quem não aprende isso automaticamente se declarou apátrida por escolha.

José Octavio Dettmann

Postagem original feita no Rio de Janeiro, em 24 de junho de 2014.

Matéria republicada no Rio de Janeiro, em 11 de agosto de 2016.

Examinando uma opinião geralmente disseminada

1) Há quem diga que, entre o videogame e a realidade, é preferível a realidade ao videogame.

2) Eu concordo com esta opinião - no entanto, ela não me parece realista, pois moramos em cidades dominadas pela criminalidade, onde o consumismo e o ritmo da vida moderna não favorecem que experimentemos a sensação de vastidão de mundo real, coisa que nos leva a uma verdadeira apeirokalia, ou perda do senso de belo, das boas impressões que acumulamos ao longo de uma vida bem vivida e que nos levam ao senso de conformidade com o Todo que vem de Deus. Essas coisas favorecem à vida contemplativa e à imaginação - e a perda disso reduz o horizonte de consciência das pessoas, a ponto de torná-las estúpidas, insensatas, insensíveis e materialistas, o que favorece a  construção de uma ordem totalitária, tirânica.

3) Por isso mesmo, é preciso tomar cuidado com essas coisas antes de afirmar algo peremptoriamente, sem examinar as nossas circunstâncias.

4) Eu sei que, perto da realidade, o videogame é uma gambiarra. Mas, como estamos numa guerra cultural, a cultura do improviso é a chave da sobrevivência.