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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Notas sobre o legado histórico, jurídico e político da Rerum Novarum para o mundo cristão

1) Se a História é luta de classes, então cada classe tem a verdade que quiser, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, estratégias para a tomada do poder são criadas, uma vez que essas classes, para terem a hegemonia, necessitam ter tanto o corpo temporal e espiritual de uma nação ao mesmo tempo. Se cada classe tem sua verdade e cada uma tem sua estratégia para a tomada do poder, então nada mais lógico e insensato afirmar que cada classe tem sua ideologia.

3) Se a verdadeira política decorre da Aliança do Altar com o Trono estabelecida em Ourique, então a verdade não precisa ser minha e nem sua para que seja nossa, uma vez que Cristo está em nós, por força da eucaristia, e entre nós por força da vida gregária que se dá em comunidade. Por isso mesmo conciliar as diferentes classes da nação, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo em razão de uma trabalhar em função da outra, é um dos propósitos do nacionismo. Melhor a concórdia do que o conflito.

4) As lições da Rerum Novarum pedem um novo tipo de estudo histórico de modo a que se chegue a verdadeira justiça - e a verdadeira justiça no âmbito da sociedade pede a concórdia, a conciliação e não o conflito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2017.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Rastreando a origem do chavão liberal

1) O chavão liberal de que o Estado é sempre um problema só faz eco num lugar onde a chefia de Governo e a Chefia de Estado se encontram na mesma pessoa: o presidencialismo. Como o presidencialismo tem sua razão de ser nos EUA, então esse chavão tem seu sentido naquela sociedade, naquela realidade.

2) Ao longo da História do EUA, maus presidentes governaram aquele país. E maus presidentes fizeram o peso do Estado ser sentido por Todo o povo.

3) Esses que querem ser americanos trouxeram esta nefasta estrutura para o Brasil, sob a alegação de que "monarquia é atraso e república é progresso". Já são 127 anos convivendo com este regime importado e artificial. Só tivemos problemas com ele.

4) Isso só confirma o argumento do colonialismo imaginário, o que reduz o horizonte de consciência das pessoas, pois estamos pensando o Brasil com olhos de quem é americano e não de quem toma o Brasil como um lar em Cristo por força daquilo que foi edificado em Ourique.

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Análise da barafunda salvacionista que foi criada

1) Como vou me aliar com alguém que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade? Como vou me aliar com alguém que trata Nossa Senhora, a Virgem Maria, como uma mulher qualquer, ao invés de ser a Mãe do meu Senhor, do meu Salvador? Mesmo que haja um inimigo em comum, a tendência é que a Aliança seja traída.

2) O pressuposto de uma Aliança deve ser santo, conforme o Todo que vem de Deus. Veja quem ama e quem rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e você terá um aliado fiel. É por força do idem velle, idem nolle que vem a solidariedade - e é da solidariedade que vem o senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo. Sem valores sólidos fundados na amizade com Aquele que é a verdade em pessoa, nada faz mais sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Liberais, como os comunistas, negam a liberdade fundada na verdade (apliquemos àquilo que conhecemos por força de Ourique)

1) Aquele a quem o mundo chama de "liberal" fala que a culpa é sempre do Estado. O comunista fala que a culpa é sempre da sociedade.

2) Afinal, a função do Estado é governar a nação em nome da sociedade que toma o país como um lar em Cristo, tendo por força aquilo que foi edificado em Ourique. Cristo fez de D. Afonso Henriques Rei de modo a dar ao povo português um senso de liberdade por conta de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus - e esse senso de liberdade encontra seu sentido quando serve a Cristo em terras distantes.

3) O trabalho de todo sucessor de D. Afonso Henriques é fornecer os meios necessários de modo a que o povo tome o país como um lar em Cristo por força dessa missão que recebemos em Ourique. E isso é governar - função de Estado. E o principal encargo de quem é sujeito à autoridade e proteção desse augusto soberano é contribuir com o governo, de modo a que ele continue seu trabalho, que favorece a um objetivo salvífico, fundado em Cristo.

4) Se o Estado fosse o problema - então Cristo seria o problema, posto que fez o Rei de Portugal vassalo d'Ele. E isso é falácia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Notas sobre um novo tipo de chavão: a culpa é sempre do Estado

1) Pela minha experiência, muitos dos que discordam de mim são incapazes de dizer as razões pelas quais se fundam esse discordar - e quando mostro que a crença deles está errada, o orgulho e a vaidade acabam se revelando, posto que são incapazes de dialogar comigo de maneira séria, tendo amor pela verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) É justamente porque são incapazes de motivar suas razões que muitos tendem a repetir o velho argumento libertário-conservantista de que o Estado é sempre um problema - o que não passa de chavão. Como esse argumento leva a um desarmamento cultural e espiritual que prepara o terreno para o desarmamento das armas de fogo, uma vez que isso é anarquista e leva a uma liberdade voltada para o nada, eu acabo expondo a natureza revolucionária dessa gente, que é tão esquerdista quanto os esquerdistas, pois conserva o que é dissociado da verdade: o amor ao dinheiro como se fosse um meio salvífico em detrimento do amor que deve ser dado ao Deus verdadeiro, que mandou seu Filho muito amado para nos salvar do pecado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Notas sobre o trabalho evangelizador na rede social

1) Há gente que fala a seguinte asneira: no meu perfil, eu publico o que eu quiser. Isso é a marca do amor de si dissociado do amor de de Deus - essa publicará o que é conveniente; em muitos casos, esse conveniente está necessariamente dissociado da verdade, o que levará a palavra dita no perfil a ser servida com fins vazios.

2) Quando eu uso o mural, eu não publico o que quero, mas o que é bom e necessário, uma vez que mato meu eu todos os dias de modo a que Deus faça as coisas por mim, já que, como escritor, eu sou instrumento d'Ele. Falar a verdade é servir liberdade - é ato de poder, é prerrogativa. Não posso publicar o que quiser, sob o risco de falar um bando de asnices.

3) Este país está preso na falsa liberdade, na má consciência. E é meu dever combatê-la.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.

Notas sobre o colonialismo imaginário promovido pelos conservantistas disfarçados de conservadores

1) Aristóteles falava que havia certos homens com alma para serem livres e outros com alma para serem escravos.

2) O maior indício de uma alma voltada para a escravidão está na forma como ela conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a tal ponto que pretende importar certas coisas usadas nos EUA, de modo a que o Brasil seja parecido com aquele país.

3.1) Essa gente conservantista está praticando um verdadeiro colonialismo imaginário - e vai desenvolvendo teses de conservadorismo, enquanto doutrina política, totalmente fora da conformidade com o Todo que vem de Deus e fora daquilo que foi edificado em Ourique, que é o que realmente deve ser conservado, já que o Brasil, por força de seu destino, tem um passado nobre - e é isso que deve ser honrado.

3.2) Isso vai acabar edificando liberdade para o nada, a tal ponto que manterá estas estruturas falsas (a República e a Aliança do Altar com o Trono rompida, por força do golpe que instituiu este nafasto regime) convenientes e dissociadas de nossa vocação histórica e espiritual.

4.1) Como os comunistas, todos eles têm quase o mesmo discurso - e discurso único leva a um testemunho único, o que é nulo de pleno direito.

4.2) Por isso que não podem ser levados a sério - nada sabem de História do Brasil e não estão fazendo o que deve ser feito: que é conhecer a História do Brasil desde Portugal, de modo a conhecer nossas origens.

4.3) Essa gente é apátrida porque vai contra o espírito luso e católico que fundou esta pátria. Quase todos os que seguem essa linha anglo-americana são de fé protestante, pelo que pude perceber.

4.4) Por isso que é uma tolice fazer aliança com eles, pois a linha de "conservadorismo" deles não tem relação com a realidade desta terra.

4.5) O fim dessa pretensa aliança é utilitário: é a luta contra o inimigo comum - o comunismo. Mas ela não se funda na verdade, num Deus verdadeiro. E alianças com fins utilitários cairão por terra, posto que eles também são parte da mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017.