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sábado, 28 de abril de 2018

Notas sobre a perversão de um bem concreto e em um bem imaginário - o caso da comida

1.1) A comida, como um bem concreto, tem o propósito de manter o corpo, de tal maneira a estar livre de doenças.

1.2) É também um conforto para a alma, pois coisas que possuem boa qualidade são feitas com amor e carinho, já que os consumidores desses alimentos são vistos como irmãos de Cristo por quem os produz - e como a conformidade com o Todo que vem de Deus é motivo de excelência, então o alimento é usado como uma forma de evangelização, pois a pessoa toma o país como um lar em Cristo mais facilmente, a ponto de servir a Ele nestas terras que consagram Jesus como o Rei do lugar, tal como ocorre na Polônia, hoje em dia.

2.1) Para quem vê a riqueza como um sinal de salvação, a qualidade é o que menos importa - o que importa é o ganho sobre a incerteza, já que a sociedade é dividida entre eleitos e condenados e ninguém está interessado em amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo, mas em ter parceiros que conservem junto com ele o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se tornar um projeto de poder onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2) Num ambiente de incerteza, a comida não alimentará, nem trará conforto para a alma. Ela pode ser usada como um veneno de forma a matar os condenados - no caso, os mais pobres.

2.3) Se a riqueza é vista como um sinal de salvação, isso fará da agricultura um negócio, a ponto de se especular com a comida. E se a comida não atingir o preço desejável, então ela será descartada.

3.1) Outra forma de especulação da comida pode ser feita através da publicação de relatórios científicos falsos, que são vendidos como se fossem verdadeiros, quando são divulgados na imprensa.

3.2.1) Isso faz a comida ser consumida como se fosse um remédio, pois a pessoa está buscando o salvacionismo do corpo, a boa saúde pela boa saúde.

3.2.2) E como todo bom hipocondríaco, o sujeito consumirá toda a sorte de alimento, desenvolvendo uma verdadeira gastrolatria, fazendo que a comida adquira um caráter de bem imaginário, fundamental para o salvacionismo do corpo, tomado como se fosse religião e fundado no amor de si até o desprezo de Deus. E nesse ponto a comida atinge um grau de ídolo como os amuletos e mandingas dos tempos antigos.

4.1) Se a riqueza é vista como sinal de salvação, o consumismo é estimulado. E o consumismo, estimulado pela propaganda, estimula desejos desordenados, feitos de tal maneira a fazer com que um bem concreto adquira um caráter de bem imaginário, fazendo com que ele perca a sua real utilidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, perdendo seu caráter salvífico.

4.2.1) Não é à toa que a comida consumida tal como um hipocondríaco consome um remédio é um verdadeiro veneno - e se considerarmos que usam defensivos agrícolas tóxicos para os humanos, então ela passa a ser usada como arma de destruição em massa.

4.2.2) E neste ponto, fazer da riqueza como um sinal de salvação atinge uma conotação genocida, o que serve aos propósitos do governo mundial, que quer despovoar o mundo.

5) Afinal, a lógica de dividir o mundo em eleitos e condenados é parte do projeto revolucionário de poder.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

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