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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Críticas a uma fala do professor Loryel Rocha

1.1) Há quem pergunte o que é conservadorismo, na verdade. 

1.2) Para o professor Loryel Rocha, essa palavra simplesmente não existe para a Coroa portuguesa, pois o termo correto é "tradição". A monarquia inglesa mesma é tradicional, mas é anticristã, a tal ponto que a Coroa está omissa com relação aos assassinatos de Charlie Gard e Alfie Evans por força da eugenia.

2.1) O próprio Loryel Rocha já havia mencionado que as palavras designam coisas. 

2.2) Muitos confundem conservadorismo com conservantismo. Aliás, os conservantistas fazem aquilo que o diabo mais gosta: confundir, pois se valem do fato de que as pessoas não dominam a linguagem, a tal ponto de serem dominadas por ela.

3.1) Se Portugal é uma nação cristã - que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de ir aos mares de modo a servir a Cristo em terras distantes -, então essa é uma nação conservadora, pois conserva a dor de Cristo tão profundamente que o primeiro cidadão de seu Reino se torna senhor dos senhores ao ser o servo dos servos em Cristo, sacrificando seu ego de tal maneira a de se tornar vassalo de Cristo e legar essa imitação sistemática a seus sucessores.

3.2) D. Afonso, nosso primeiro Rei, neste ponto se tornou o modelo perfeito de todo aquele que deseja ser um bom governante, a ponto de fazer o mundo português ser tomado como um lar em Cristo e ser uma escola que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. É nele que se começa toda uma tradição de monarquia fundada em serviço a Cristo e à fé, a ponto de promover a conformidade com o Todo que vem de Deus entre as nações mais estranhas.

4.1) O maior problema de uma monarquia de direito divino ocorre quando o vassalo de Cristo é tomado como se fosse religião, perdendo seu vínculo de vassalagem com o Rei dos Reis a ponto de se tornar um senhor sui juris, forjando uma espécie de absolutismo monárquico. É o que acontece no sebastianismo.

4.2) Se o vassalo de Cristo é liberado de seu compromisso, então todo o corpo social que está sujeito à sua proteção e autoridade, o Reino, é excomungado junto com ele, pois todos os que estão a ele vinculados imitarão este falso soberano no amor de si até o desprezo de Deus, como aconteceu no caso de D. João II, a ponto de fazer da conquista dos mares uma vã cobiça, já que Cristo não estava sendo contemplado, como foi bem apontado em Os Lusíadas, de Camões. E a excomunhão do Reino de Portugal já aconteceu antes, por conta dos pecados do Rei.

4.3) Outro exemplo disso se dá quando o infame príncipe-regente D. Pedro trai seu pai e secede o Brasil de Portugal. Tomou para si o título de ungido, fundou um império à revelia da tradição portuguesa e falsificou toda uma história e criou toda uma falsa tradição a ponto de nos levar à apatria sistemática. E neste ponto, o Brasil se tornou, desde 1822, uma nação anticristã, comprometida com toda a sorte de movimentos revolucionários, o que pavimentou o caminho para essa desgraça em que vivemos, que é a República.

5.1) Enfim, de nada adianta falar em tradição se não há amor à verdade, ao verbo que se fez carne de modo que a Criação fosse restaurada na sua inteireza, na sua conformidade com o Todo que vem de Deus.

5.2) A maior prova disso que é os astecas tinham o costume tradicional de fazer sacrifícios humanos - e justificar essa barbárie implica em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar sistematicamente à esquerda do Pai.

5.3.1) O comunismo mesmo é um movimento gnóstico e já é uma tradição que já dura há pelo menos 200 anos (ao menos, 6 ou 7 gerações).

5.3.2) A essência desse movimento revolucionário é a mentira e a negação de Deus sistematicamente. Tentarão converter a missão providencial fundada em Ourique num imperialismo, numa invasão sistemática de todos os cantos do mundo fundada no amor de si do rei português até o desprezo de Deus - ou seja, numa vã cobiça. E já estão sustentando esta tese já aqui no Brasil: de que o Brasil foi invadido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2018 (data da postagem original).

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