1) Eu estava aqui meditando
sobre a Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses, do Jaime Cortesão.
2) Se Jaime Cortesão aponta que a grandeza de Portugal está no sentido
de se casar o interesse nacional à causa universal de Cristo, então
certamente houve um ponto de contato entre a nacionidade e a
nacionalidade.
3) A partir do momento em que a sabedoria humana começou a influir
demais, de modo a afastar a sabedoria divina, a nacionalidade - o
interesse em se consolidar a soberania do Estado português a todo e
qualquer custo, através da riqueza do príncipe - prevaleceu sobre a
nacionidade, esvaziando a força vitalizadora que fazia Portugal se
lançar sobre o mar e fincar a civilização nos confins da Terra, o que faria com
que Portugal perdesse seu sentido como pátria, já que Cristo nos enviou
em missão para isso.
4) Duas foram as causas: a obsessão pelo sigilo, pelo monopólio dos
mares e o instinto forte de sobrevivência, já que Portugal era um país
pequeno, em face do poderio espanhol. Esse instinto de sobrevivência tornou-se uma
obsessão, uma doença do espírito, o que dá causa para se confundir o país tomado como um lar como se fosse uma religião.
5) A partir do momento que se toma a soberania até as últimas
conseqüências, cuja medida se dava através da riqueza do príncipe,
tem-se o patrimonialismo na sua modalidade mais pervertida - e é isso que caracteriza os abusos e as tiranias por
que passamos. Isso é um vício endêmico de nossa civilização.
6) Esse vício inerente aperfeiçoou-se na República e por isso temos o que temos.
7) Examinando
do ponto de vista histórico, a monarquia não é o atraso, pois o pecado
decorreu da circunstância e tinha aspecto acidental. Com o acúmulo
desses pecados com o passar do tempo e com a pregação sistemática da
mentira como verdade, coisa essa que se deu no Iluminismo, temos aí a gênese da
nossa tragédia.
8) A República, por causa dessa pregação sistemática que lhe deu origem,
é pecado mortal e sistemático - por isso, devemos afastá-la.
Estas são algumas reflexões que tive, mas ainda não estão maduras.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2016 data da postagem original).
Nota: o texto foi originalmente escrito em 2014, mas eu o mantive inédito. Só agora eu decidi publicá-lo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2016 data da postagem original).
Nota: o texto foi originalmente escrito em 2014, mas eu o mantive inédito. Só agora eu decidi publicá-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário